Review do Motorola Moto X, um Android que te entende

Avatar de André Luiz
17/10/2013 às 14:32 | Atualizado há 10 anos
Motorola Moto X

Na corrida pelo hardware mais potente, com aparelhos chegando até a 4 ou mais núcleos de processamento, surge correndo por fora o Motorola Moto X, primeiro smartphone da Motorola sobre a tutela do Google, não é por acaso que ele é quase um Nexus. Mas será que ele convence? Com um hardware inferior aos modelos tops de linha, o Moto X além de entregar um desempenho melhor que concorrentes mais caros, ele ainda conta com uma versão do Android quase puro, regalia muito desejada atualmente. Acredita? então confira o review do Motorola Moto X.

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Hardware

Em um primeiro momento, ele possui um hardware de aparelho intermediário mas que graças ao seu exclusivo processador com núcleos dedicados para diferentes tarefas, ele acaba tendo um desempenho de top de linha. Abaixo uma lista com resumo de suas especificações:

  • Processador dual-core de 1,7 GHz
  • 2 GB de memória RAM
  • GPU Adreno 320
  • Câmera de 10 Megapixels com gravação em full HD
  • Câmera frontal de 2 Megapixels com gravação full HD
  • Acabamento traseiro em Kevlar
  • 16GB de armazenamento interno (11 disponível)
  • Tela de 4,7 polegadas com resolução HD 1280 x 720 pixels de AMOLED

Como podem reparar, ele não tem um hardware estratosférico, porém o diferencial fica mesmo por conta dos 2 núcleos dedicados a outras tarefas. Na prática, além de melhorar essas funções dedicadas ele desafoga os outros 2 núcleos para outras tarefas, tornando-se assim um aparelho mais rápido.

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Design e construção

Ele tem um excelente design. Primeiro que é um aparelho pequeno, ainda mais se levarmos em conta a tela que tem 4,7 polegadas. Qual é a mágica? a mesma fórmula utilizada no RAZR i: tela grande com bordas bem finas. Tanto nas laterais como em cima e em baixo da tela, as bordas do Moto X são bem finas deixando o aparelho bem pequeno e fácil de utilizar. Ele tem praticamente o tamanho de aparelhos com tela de 4.3 polegadas.

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Na parte traseira ele tem um ótimo acabamento, porém não é de Kevlar como eu achava e disse no vídeo abaixo. A Motorola apenas diz que é um excelente material. De qualquer modo, é bom e tem a famosa textura que parece borracha. Isso facilita em muito a empunhadura do aparelho e dificilmente ele vai escorregar da mão. Outro detalhe no design na parte traseira é o fato que ele é encurvado e facilita o encaixe na mão. Interessante isso pois ele não é um aparelho fino, tem 10.4 mm. Porém na parte mais fina não chega a 8 mm, graças a essa curva, nem parece que ele é grosso e não incomoda no bolso. Suas dimensões totais são: 129.3 x 65.3 x 10.4 mm.

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Software

Outra boa opção da Motorola: o Android é quase puro. Ele roda a versão 4.2.1. A interface é a Holo que é padrão do Android puro. Ele traz somente um aplicativo da própria Motorola chamado “Assist”. Ele serve para automatizar algumas funções do celular. Por exemplo, através dos sensores (1 processador dedicado, lembra?) ele “aprende” que você está dirigindo, nesse caso, sempre que isso acontecer o aplicativo entrará no modo dirigir e dai você configura o que ele quer fazer, como responder chamadas por SMS, tocar música, etc.

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Quase um Nexus, mas será que Motorola irá atualizar igual a tal?
Quase um Nexus, mas será que Motorola irá atualizar igual a tal?

Outra sacada com os sensores é que ele sabe quando você muda o aparelho de posição. Aproveitando isso, o Moto X tem um sistema de notificações exclusivos que economiza bastante energia. Sabe quando você tira o smartphone do bolso e liga a tela só para ver a hora ou as notificações? no Moto X você não precisa. Ao tirar ele do bolso ele automaticamente liga somente o relógio e as notificações na tela preta, economizando assim bateria. O ato de ligar a tela gasta bastante energia, só para constar.

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Outro recurso com sensores é que, basta chacoalhar o Moto X que ele abre na hora o app de câmera, mesmo estando em Stand-by.

Outra feature bacana é o Motorola Connect. Com ele você consegue acessar seu celular em qualquer lugar através de uma conexão de internet. Basta baixar a extensão para Chrome e começar a controlar remotamente seu celular em algumas funções. É útli se, por exemplo, você esquecer ele em casa. Através do Chrome você saberá quando alguém te ligar ou mandar uma mensagem e, remotamente, responder com outra SMS.

A cereja do bolo em questão de software é o Google Now. Esse aplicativo do Android ganhou novos rumos no Moto X, graças ao seu reconhecimento de voz, o Google Now se transformou em um verdadeiro assistente. Basta pegar o aparelho (mesmo em stand-by) e dizer a frase: “Ok, Google Now”, o assistente abre e basta você perguntar algo que ele procura no google e te mostras. Além disso a comandos pré-estabelecidos para ações dedicadas como: “Ir para…..” e ele abre o Mapas e traça rota, “Temperatura” e ele mostra a temperatura de onde você esteja, “ligar para…” e ele liga para um contato seu.

Pergunte que eu respondo!!
Pergunte que eu respondo!!

O mais interessante é que graças ao processador dedicado, ele reconhece perfeitamente os comandos, sem precisar gritar ou falar muito perto. Ele conta ainda com um sistema de redução de ruidos, que faz com que mesmo em ambientes barulhentos ele entenda os comandos.

Desempenho

Como dito anteriormente, ele possui um desempenho igual ou melhor que muitos aparelhos com processador Quad-core. Comparando com o Galaxy S3, Optimus G e o Nexus 4 ele foi melhor. Só ficou atrás de modelos mais novos com chip Snapdragon 800 como o Galaxy S4 e Xperia Z Ultra.

Na hora de rodar jogos, ele rodou jogos pesados como Asphalt 8 e Modern Combat 4 como se fosse um simples Angry Birds. Sem dúvidas você não terá problemas para rodar jogos e apps durante pelo menos 1 ano à frente.

A bateria do Moto X tem 2200 mAh e a duração é razoável. Com meu uso médio que incui o 4G sempre ativo, mais ou menos umas 2 horas de internet e fotos e vídeos ocasionais, ele durou cerca de 13 horas. Está dentro da média dos modelos mais novos, não creio que dá para melhorar isso em um aparelho desse tamanho.

Tela

A tela do Motorola Moto X é de 4,7 polegadas com resolução HD de 1280 x 720 pixels. Ela segue o padrão da tela do Nexus 4 onde os botões são virtuais e tomam um espaço da tela, isso na prática significa que de área útil ela é menor que, por exemplo, o Optimus G que a tela tem o mesmo tamanho porém tem botões físicos (de toque).

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Ela possui um bom brilho e contraste. Ela é de AMOLED e por incrível que pareça ela utiliza o esquema de cores padrão RGB, para quem não sabe a maioria dessas telas utiliza um sistema chamado Pen Tile, onde o pixels, grossamente falando, são maiores que o normal. A resolução 720p deixa o Moto X com uma densidade de pixels menor que de outros lançamentos com telas full HD: são 312 pixels por polegada enquanto muitos concorrentes já ultrapassaram os 450 ppi. Eu particularmente não acho necessário uma resolução full HD em telas menores que 5 polegadas, isso acaba sacrificando processador e bateria em troca de pouca diferença prática.

Câmera

Nem tudo é perfeito nessa vida, certo? Com exceção do RAZR i (review aqui) nenhum motorola com Android que testei até hoje teve um desempenho bom nesse quesito. Não seria diferente o Moto X. No geral as fotos estão abaixo da qualidade aceitável para um smartphone desse porte. As fotos no geral saem sem vida e com pouco contraste nas cores, ficam em um tom bem frio. Mas para quem leva câmera a sério, a Motorola já começou a liberar uma atualização com melhorias na câmera, em breve postarei algo a respeito, se ficou bom ou não.

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Mas ela tem uns truques na manga. Em primeiro lugar, para acionar a câmera basta dar uma chacoalhada no aparelho, mesmo que esteja em stand-by a câmera irá rapidamente acionar. Outra novidade legal no app da câmera é a opção de gravar vídeos em slow motion, ao estilo iPhone 5S. Falando no app, o modo de acionar as configurações lembra bastante a ROM Avatar baseada na CyanogenMod. Ela possui um anel de configurações que você puxa ele através de um gesto Swype e ali escolhe as configurações. Outro diferencial nesse app é o modo de dar ZOOM. A Motorola aposentou o famoso gesto de pinça e tornou mais prática: para aumentar o ZOOM basta arrast o dedo para cima na tela, para diminuir basta abaixar, eu gostei da ideia.

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Já a filmadora se saiu melhor que a câmera fotográfica. Ele faz vídeos em full HD e entregam um bom resultado. Com pouca iluminação não é lá essas coisas, porém ele tem o recurso HDR que melhora consideravelmente uma gravação com baixa luminosidade.

Vídeo Review

Conclusão

O Motorola Moto X me agradou muito, assim como os últimos lançamentos da Motorola. O que mais me chamou a atenção foi a quantidade de recursos que ele trás na parte de software. A Motorola meio que jogou na cara da concorrência que hardware nem sempre é tudo. Embora ele tenha um bom hardware, com destaque para seu processador de 8 núcleos com “responsabilidades” independentes para cada um, a Motorola entregou um sistema fluido (Android quase puro) mas com recursos bem legais como o reconhecimento de voz, sistema de notificações e outras coisas a mais. Tudo isso por um preço muito competitivo se compararmos com aparelhos da mesma categoria.

Resumindo, se você pretende comprar um Android top de linha e que dure por pelo menos 1 ano mas não quer gastar muito, o Moto X é o aparelho perfeito para você.

Onde comprar:
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André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.