O Nokia 5.3 é um intermediário que hora sua categoria: tem acabamento de intermediário, câmeras satisfatórias mas que não se destacam, hardware de intermediário e tela de baixa resolução. O maior destaque fica por conta do software atualizado, rápido e com garantias de atualizações. Ele até é uma boa escolha na categoria, porém, ele esbarra no preço inferior dos seus concorrentes. Será que vale a pena? É isso que veremos a seguir.
Fala pessoal aqui é o André e hoje vamos falar desse cara aqui: o Nokia 5.3, o segundo smartphone da Nokia no Brasil sobre a tutela da HMD Global. Antes de continuarmos, vocês já podem curtir o vídeo e se for a primeira vez por aqui, assine o canal e ative as notificações.
Construção e acabamento
O Nokia 5.3 tem um corpo construído em plástico, mas mostra um excelente acabamento, bem construído. As bordas laterais são curvadas o que dá uma excelente pegada, que tem o peso de 185 gramas a favor.
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Ele não tem um visual diferenciado, mas no geral é bonito e o desenho do módulo das câmeras traseira é bem agradável.
Hardware, software e bateria
Ele tem como base o processador Snapdragon 665, 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento. Tudo aqui é muito rápido e sem travamentos. O que colabora é seu software. Ele faz parte do programa Android One, sendo assim, ele roda o Android 10 e logo será atualizado para o 11. Além disso, ele tem garantia de 2 anos de atualizações de sistema e mais 3 anos de atualizações de segurança.
Dentre os intermediários no mercado ele é o mais rápido e fluido que testamos.
Um dos pontos positivos é o suporte a redes Wi-fi 5G, que seu concorrente principal Moto G9 Play não tem. Por outro lado, o concorrente da Motorola possui Bluetooth 5.0 contra a versão 4.2 do Nokia.
A bateria de 4.000 mAh se destacou. Consegui fazer fácil um dia completo de bateria mesmo com uso mais intenso e sempre com o brilho no máximo. Para uso moderado, ela deve fazer dois dias para a maioria dos usuários, como promete a Nokia.
De fato isso é bom, já que o carregador de 10W demora cerca de duas horas para uma carga completa. Apenas citando que seu concorrente Moto G9 Play vem com uma bateria de 5.000 mAh e carregador de 20 W.
Tela
Porém a experiência poderia ser melhor se tivesse uma tela melhor. A tela de 6,55 polegadas, de LCD, tem resolução HD+, que acaba deixando ele como uma densidade de pixels baixa. Além disso, no geral, as cores são um pouco lavadas e o brilho não é tão alto. Sobre o sol forte, por exemplo, fica um pouco difícil visualizar as informações.
Por outro lado, o bom aproveitamento de tela e formato 20:9 é bom para quem assiste bastante filmes e gosta de jogar. Sobre jogar, ele teve um bom desempenho dentro de sua categoria.
Outro ponto positivo é a presença do Corning Gorilla Glass 3.
Câmeras
Ele possui quatro câmeras traseiras. No geral, as câmeras estão dentro da média da categoria.
A principal de 13 megapixels possui abertura de f/1.8 e tem um bom desempenho durante o dia. Ela consegue um bom nível de detalhes, alcance dinâmico e boa exposição.
O que gostei é que as cores ficam bem vivas, certo que o constraste foge um pouco da realidade, mas não é nada exagerado e no final deixam as fotos bem bonitas.
Durante a noite os resultados são apenas satisfatórios e á um modo noite que dá uma ajuda. A abertura de f/1.8 achei que seria mais eficiente, mas, novamente, fica dentro da média.
A câmera secundária é uma ultrawide de 5 MP que, no geral, tem resultados bem inferior a câmera principal. Mesmo com boa iluminação as fotos não possuem um bom nível de detalhes e quando há muita sombra, como essa foto de um parque cheio de árvores, as fotos acabam ficando quase que borradas e sem definição. Durante a noite então essa câmera sofre bastante não sendo muito indicado o seu uso.
Já a terceira câmera é uma macro de 2 MP que, sendo bem direto, não serve para nada. Qualidade ruim, foco ruim, e resolução baixa. No geral, você consegue resultados muito melhores na mesma distância com a principal.
Por último há um sensor de profundidade que faz um bom trabalho, errando pouco no recorte. Ele consegue fotos bokeh muito superiores aos Motorolas concorrentes, já que a Motorola não tem um bom trabalho de software nesse campo.
Já a câmera principal tem 8 MP e abertura f/2.0. No geral, gostei das fotos. A exposição fica boa e as cores ficam bem reais, levemente saturadas, mas que ajuda ao invés de atrapalhar dando vida. Inclusive, o modo retrato também se saiu bem, mostrando um bom trabalho da Nokia no software.
Ele grava vídeos em 4K, porém não tem opção de 60 fps em nenhuma resolução, o que não achei legal.
Vale a pena?
O Nokia 5.3 foi lançado por R$ 1.899, na faixa do Galaxy A51. No lançamento não valia a pena, pois o concorrente da Samsung possui tela de AMOLED e alta resolução, hardware ligeiramente melhor e câmeras mais completas.
Porém, hoje (13 de dezembro) ele já está na faixa de R$ 1.500, a mesma faixa do Galaxy M31 e Motorola G9 Play.
Comparando com o smartphone da Samsung, ele só ganha no processador. Porém, o smartphone da Samsung é melhor em tudo: bateria gigante de 6.000 mAh e carregamento de 15W, câmera melhores e com EIS, tela de AMOLED com resolução maior, sistema de transferência de arquivos UFS 2.1 que é bem mais rápido, e tudo isso em um design mais compacto com bordas menores e praticamente o mesmo peso e espessura.
Já comparando com o Moto G9 Play, o Nokia 5.3 tem poucas coisas melhores, como uma câmera ultrawide que o G9 Play não possui e Wi-fi 5G. Mas perde na bateria e carregamento. O problema é que o G9 Play está cerca de R$ 300 mais barato.
Sendo assim, o Nokia 5.3 é melhor escolha somente quando o assunto é software e atualizações. No resto, custando igual ao M31, fica difícil indicar ele.