[Review] LG G8s ThinQ: um topo de linha de respeito, mas cobra muito por isso

O LG G8s ThinQ é o topo da linha para competir com o Galaxy S10+ e o Huawei P30 Pro, será que ele consegue? Confiram e descubram.

O LG G8s ThinQ é o topo de linha da marca coreana no Brasil. Com preço para competir com o Galaxy S10 e Huawei P30 Pro, ele chega com alguns diferenciais bem peculiares e com bons recursos de câmeras. Mas será que é o suficiente?

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Design e construção

O LG é um smartphone muito bem construído com traseira de vidro com Gorilla Glass 5 e frame de metal. No geral, é um smartphone muito bonito e passa a sensação de premium o tempo todo.

A traseira é reta sem nenhuma curvatura, mas, para melhorar a empunhadura, possui as laterais arredondadas.

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Na parte traseira ele tem um leitor biométrico, o que significa, que ele já sai atrás da concorrência por não ter um leitor embutido na tela, padrão de topos de linha hoje.

Também há suas três câmeras traseiras: uma padrão, uma ultrawide e uma com Zoom de 2X.

Na parte frontal, há a sua tela de 6,21 polegadas de OLED e um enorme notch. As bordas não são das maiores, mas poderiam ser menores melhorando o visual. Mas não é nada que atrapalhe.

Lembrando que ele conta com proteção IP-68 contra água e poeira.

Tela

A tela do LG G8s ThinQ é de OLED e possui todas as características boas de uma tela de AMOLED ou OLED. Preto verdadeiro, ótimo contraste e bom brilho. Além disso, você tem várias configurações de cores e também uma opção manual de ajustes.

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No geral, achei as cores mais reais que da Samsung, próximo das telas de LCD (embora prefira telas mais saturadas), principalmente devido aos ajustes manuais. Não achei o brilho muito forte, não é uma coisa gritante, mas o brilho das telas do S10 Plus e do P30 Pro são mais fortes.

Mas, no geral, a tela não deve em nada para a concorrência, pelo contrário, ela irá agradar os que gostam de tela IPS e irá somar as principais características do OLED. Além disso, ela é compatível com 100% do espaço de cores DCI-P3 e possui suporte ao HDR10.

O ponto negativo fica por conta da resolução: é full HD+. A versão sem o S, o G8 ThinQ vendido em outros países, tem tela menor e com resolução 2K.

Toda a concorrência tem resolução maior, embora a diferença seja quase imperceptível em 90% das situações, o LG G8s, em relação à concorrência, fica devendo o leitor biométrico e também a resolução maior.

Câmeras

Vamos ao que mais interessa: suas câmeras. São 3:

  • Principal de 12 MP com abertura de f/1.9 com OIS;
  • Secundária de 13 MP utlrawide com abertura de f/2.4;
  • Terciária de 12 MP com zoom de 2x e aberuta de f/2.6.

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Antes de tudo, vamos deixar claro algo. A LG afirma que o G8S Thinq não é um G8 capado, e sim escolha no mercado. Porém, na parte de câmeras fica bem óbvio a superioridade do G8, pelo menos no papel.

Na câmera primária, o G8 possui abertura de f/1.5, bem maior que a do G8s com seus f/1.9. A ultrawide tem diferença ainda maior: a abertura é de f/1.9 contra f/2.4. E na telefoto, a diferença é pequena de f/2.4 contra f/2.6, porém, no G8 há estabilização ótica.

Os resultados das fotos durante o dia são bons. No geral, em detalhes, as fotos são ricamente detalhadas e ficam excelentes em boa luz, com o sensor de 12 MP capaz de acompanhar as fotos do Galaxy S10.

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No entanto, o sensor principal não tem um alcance dinâmico tão bom. Notem na foto que as luz superexposta no topo do prédio. Fotos onde há incidência direta do sol, as fotos acabam ficando superexpostas, infelizmente.

Durante a noite, a abertura de f/1.9 sofre. Sem hardware para competir, as fotos acabam saindo mais escuras e com mais ruído, já que o software tenta compensar a ausência de luz via software.

A câmera Wide também consegue fotos satisfatórias. O ângulo de visão é sensacional, sendo maior que do S10 e P30. Isso significa muito mais coisas nas fotos. Por outro lado, mais uma vez, a abertura de f/2.4 sofre para fotos a noite, o mesmo acontece com a lente zoom.

Na parte de software, a LG tem um excelente modo manual. Mas o destaque fica por conta do modo Studio. Dentro dele, o usuário consegue tirar fotos mudando o fundo, colocando cores, e outros efeitos de iluminação fotográficas.

O modo retrato faz um bom recorte (usando a câmera de zoom e wide) e possui funciona ao vivo, você consegue ver o nível de desfoque antes de tirar a foto.

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Há ainda o modo smart selfie onde você tira uma foto de um cenário e depois do seu rosto com a câmera frontal, e a câmera faz uma montagem. Outro modo é o triple shot, onde ele tira ao mesmo tempo, uma foto com cada câmera e depois monta um GIF, ou você escolhe a melhor.

Câmera frontal, sensores, Air Motion e muito mais

Como dissemos, o Notch é enorme na tela frontal. Ele abriga uma câmera de 8 MP com abertura de f/1.9 (O G8 tem f/1.7) e uma segunda câmera ToF de abertura f/1.4.

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É o primeiro smartphone com uma câmera ToF frontal, que ajuda na hora de fazer o efeito bokeh, o desfoque de fundo.

No geral, as fotos são realmente boas. Talvez esteja entre as melhores câmeras frontais. Ela tem foco automático e todos os controles manuais e o modo studio que comentei acima.

Dai temos o Air Motion. Basicamente falando, você controla o celular usando as mãos. É legal, bem ao estilo do filme Minority Report, porém…

Sendo direto: é algo que não há porque usar no cotidiano. Basicamente, você pode controlar alguns poucos aplicativos, como apps de música e galeria, girando a mão, ou simulando o movimento de aumentar o volume.

Mas, é muito mais fácil você simples clicar na tela para fazer os comandos. A posição da mão é milimétrica, você precisa quase que ser um robô e manter a posição para usar.

Seria útil na hora de dirigir, porém, como disse, a exatidão dos movimentos torna o uso dentro do carro um pouco perigoso, pois será preciso focar no celular.

É uma tecnologia interessante e pode ser útil no futuro, mas, honestamente, agora é desnecessária. Tudo isso vale para o Pixel 4, que tem uma tecnologia parecida e igualmente pouco usável.

Hardware

Ele vem com hardware potente. Foi o primeiro do Brasil com o Snapdragon 855 – depois veio o Zenfone 6. Possui 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento e slot para micro SD.

Não há muito o que falar, ele vai rodar qualquer jogo que exista hoje na Google Play sem travamentos e com gráficos no máximo.

A bateria possui 3.550 mAh e vem com um carregador de 18 W na caixa. Ele ainda conta com suporte a carregamento sem fio. O desempenho é bom. Consigo um dia de uso com ele facilmente. De tela, consegui boas 11h30, o que está acima da média. Para a maioria dos usuários, conseguirá um dia de bateria facilmente.

Uma melhoria em relação ao G8 padrão, é o som. Ele possui som estéreo, sendo que além do alto falante na parte de baixo do aparelho, possui um alto falante dentro do notch (por isso o notch é enorme).

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A qualidade do som é excelente com suporte ao DTS:X 3D Surround. Porém, achei baixo o volume. Embora não ache que som alto nos alto-falantes de um celular seja algo útil. Já nos fones, a qualidade é impecável, com graves altos e sem nenhum tipo de distorção,

Software

Ele vem rodando o Android 9 Pie com a interface da LG UI. No geral, ela não compromete, náo é das mais bonitas, mas pelo menos vem com modo noturno, funcionando por meio de gambiarras, mas funciona. Até ensinamos aqui.

A interface está mais próxima do Android stock, o que está virando tendência em outras marcas.

Vale a pena?

Custando atualmente a partir de R$ 3.500 chegando perto dos R$ 4.000 em algumas lojas, ou seja, está na faixa de preço do Galaxy S10+ e um pouco mais caro que o Zenfone 6 de 128 GB.

Ele está acima um degrau do Zenfone 6, com tela de OLED; proteção IP68 e câmeras mais versáteis. Já comparando com o Galaxy S10+, ele não tem nada a mais que o concorrente.

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