Review Moto G8 Power: bateria acima de tudo (desempenho abaixo)

Confiram o review do Motorola Moto G8 Power, intermediário com foco em bateria mas que o desempenho poderia ser melhor

No mês passado, a Motorola anunciou no Brasil o Moto G8 Power por R$ 1.599. A Motorola resolveu subir a linha Power de categoria. Ela manteve o foco energético, mas melhorou sua performance e câmeras e, obviamente, aumentou o preço.

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Usei ele por um mês como meu smartphone principal e nesse review vou te mostrar se vale a pena, ou não, comprar esse smartphone.

Design e Tela

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Começando por sua construção, a Motorola manteve o plástico, para tentar manter o preço relativamente baixo. O plástico é brilhante e uma cola para impressões digitais. Acompanha na caixa uma capinha de silicone transparente que melhora um pouco isso.

No geral, embora um pouco gordinho e pesado, ele tem uma boa pegada.

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Visualmente falando, ele deixou o visual das câmeras apelidado carinhosamente de Tampa de bueiro, e adotou o visual da linha One, alinhando as câmeras na vertical. Na traseira, também fica o leitor de impressões digitais.

No geral, ele é visualmente bonito.

A sua tela tem um bom aproveitamento frontal, além disso, saiu o notch em forma de gota para dar lugar a um notch em forma de furo. Porém, é bem pequeno e discreto, diferente do One Vision que é gigante.

A tela é de IPS LCD e mede 6,4 polegadas e vem com resolução FullHD+. Não é a melhor das telas, mas o brilho é relativamente bom e até dá para usar sob o sol. As cores são vivas e o tamanho do display é ideal para quem gosta de consumir conteúdo em vídeo e jogar.

Desempenho

Qualcomm Snapdragon 665 que alimenta o Moto G8 Power é o mesmo processador que alimenta 90% dos smartphones lançados pela empresa em 2019. Ele vem ainda com 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento e entrada para micro SD, porém o slot é hibrido, ou você usa dois chips, ou o micro SD.

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Porém, estranhamente, ele não tem o mesmo desempenho de outros modelos como os da linha Zoom.

Senti lentidão na hora de abrir aplicativos, isso pode ser ao fato dele ter um sistema de armazenamento mais antigo.

E mesmo na hora de jogar, o desempenho em jogos como Asphalt 9 não foi dos melhores, mesmo com uma baixa taxa de quadros por segundo. Por outro lado, Call od Duty rodou bem, assim como o PUBG Mobile, claro, sempre com taxas de frames baixa.

No geral, ele irá rodar a maioria dos jogos, mas com frames mais baixos que outros intermediários.

A Motorola também passou a oferecer uma ferramenta chamada Gametime, que pode bloquear notificações durante a jogatina.

Conectividade e Software

Passando para o quesito conectividade, o Moto G8 Power não tem NFC, nada de pagamentos por aproximação.

Mas o que mais me chamou a atenção, negativamente, é que ele não tem suporte às redes Wi-Fi de 5 GHz, o que deixa o usuário preso às velocidades mais baixas do 2,4 GHz. Fazia tempo que não via um smartphone sem esse suporte.

Por outro lado, ele tem suporte ao Bluetooth 5.0. O que possibilita conectar mais de um dispositivo ao mesmo tempo.

A presença do Android 10 direto da fábrica também é um ponto muito positivo e ajuda a dar mais fluidez ao aparelho. O software chega com as já conhecidas adaptações da Motorola para suportar seus gestos, mas sem grandes enfeites que atrapalham a experiência do usuário e entulham o sistema.

Bateria

A Motorola continuou com os 5.000 mAh do G7 Power. O carregador que vem na caixa é um turbo power de 18W, que demora cerca de 2h30 para carregar totalmente o dispositivo. Para quem tem mais pressa, dá para gerar cerca de 8 horas de uso moderado com 15 minutos de carregamento.

Agora quando o assunto é duração de bateria, o Moto G8 Power se destaca, como esperado.

Eu consegui incríveis 27 horas de uso com 10h de tela ligada, sempre no máximo. Mais que o “dia inteiro” que a maioria dos fabricantes prometem.

Mas, no geral, ninguém fica com 10 horas de tela ligada nesse período, ou seja, ele deverá aguentar fácil dois dias de uso normal.

Câmeras

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Em termos de câmeras, o Moto G8 Power possui 4 traseiras e uma frontal:

Apesar da versatilidade oferecida pelo conjunto, que permite fazer fotos macro, com zoom e grande angular, a qualidade fica abaixo do Moto G8 Plus ou outros intermediários da marca.

A telefoto permite um zoom que tira a qualidade da imagem durante a aproximação, mas é um bom quebra galho quando precisar de uma foto mais aproximada.

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Por outro lado, a câmera ultra-wide, dentro das limitações da categoria de aparelho, consegue boas fotos quando a iluminação está boa. Mesmo que perca níveis de detalhas nas laterais e o alcance dinâmico seja inferior ao da câmera.

A câmera principal de 16 MP é a que terá melhores resultados em todos os aspectos. Durante o dia, com boa iluminação, as fotos são bonitas, com bom contraste e certo nível de detalhamento.

Porém, basta anoitecer ou a iluminação pegar que todas as câmeras mostram suas fraquezas.

Diferente dos outros modelos da marca mais caros, ele não tem o modo noturno que ajudaria nessa hora. As câmeras possuem bastante dificuldade para focar qualquer coisa, o que atrapalha muito.

Passando para a câmera de selfies, são 16 MP Quad Pixel com abertura f2.0, um aumento em relação ao Moto G7 Power e seus 8 MP. O resultado é bom com boa iluminação, trazendo contraste agradável e um bom nível de fidelidade nas cores.

Para quem gosta de vídeos, o Moto G8 Power segue a tradição da nova geração de smartphones e filma em 4K.

Conclusão

A Motorola confundiu um pouco com o Moto G8 Power, custando o mesmo valor ou pouco mais que o G8 Plus, ele fica em uma posição desconfortável. Embora ganhe em bateria, perde em todo o resto para o irmão.

O que mais incomodou no G8 Power foi seu desempenho inferior aos irmãos, mesmo com mesmo hardware e a falta de suporte a redes Wi-Fi 5G.

Porém, se seu foco for bateria, ele arrebenta com os irmãos da família com 2 dias de uso moderado.

Vai pesar mesmo o foco, nesse caso, só indicaria se realmente bateria for algo muito importante.

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