Review Realme 11 Pro+: um celular que supera todas expectativas

Review de 1 minuto

O Realme 11 Pro Plus é um smartphone intermediário premium que se destaca pela sua câmera de 200 MP e pelo seu carregamento rápido de 100 W. A câmera principal é de excelente qualidade apresenta resultados próximos a topos de linha caros como o Galaxy S23 da Samsung. Já seu carregamento é sensacional, você pode tomar um banho e deixar carregando que quando sair já tem carga para o dia todo.

Ele tem um visual diferenciado, sendo um dos celulares mais bonitos que já testei. A traseira é revestida de couro ecológico na cor verde, muito bonito mesmo. Já o aro dele é de plástico, obviamente para cortar custos ele não é de metal; também não tem proteção IP, também para justificar o preço. Mesmo assim, quem olha sabe que é um celular bem premium.

Ele conta com uma bela tela de AMOLED de 6,7 polegadas com resolução Full HD+ e taxa de atualização de 120 Hz e impressões digitais na tela. A tela é muito boa, com brilho razoável em ambientes externos, mas em ambientes internos o desempenho é excelente. A borda curvada garante uma boa imersão no seu uso, além de ajudar na ergonomia.

Na parte de processamento ele tem um processador MediaTek Dimensity 7050 e até 12 GB de RAM, no Brasil você encontrará versões com 8GB + 256GB ou 12GB + 512GB, essa última é que a testamos. Lembrando que a RAM pode ser expandida em até 4 GB usando o armazenamento.

Tudo isso que garante desempenho até para os mais pesados dos jogos, sem engasgos ou travamentos, sempre com FPS nas alturas.

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Só tenho duas reclamações a fazer, que não são tão ruins assim. Primeiro é que a tela em ambientes externos tem o brilho baixo, ficando abaixo de concorrentes como o Galaxy A51 ou Motorola Edge 40 Neo. Já a bateria, mesmo com 5.000 mAh não dura o dia todo se você a usar intensamente. Claro que o carregador de 100W supri isso de alguma maneiras, mas é um ponto que processadores MediaTek estão bem atrás da Qualcomm.

Realme 11 Pro+ tem design diferenciado

O Realmen 11 Pro+ só de bater o olho nele já há aquela certeza que estamos com um aparelho premium. A traseira de couro vegano é o que mais chama a atenção. Ela não pega marca e garante uma pegada excelente, detalhes como o risco no meio imitando um ziper mostra que design é o destaque dele.

A lateral dele é metalizada, porém é só imitação já que é de plástico, mas isso não tira seu mérito. Você só descobre que é de plástico depois de pesquisar muito já que a primeira impressão é que realmente é de metal. Além disso, ele não tem nenhuma proteção IP contra água ou poeira. Essas são reduções de custos para garantir que não tenha valor de um topo de linha.

A tela é curvada nas laterais e a traseira também traz a mesma curvatura. Ele tem exatamente o mesmo “form factory” que a Samsung usava até o Galaxy S20. Eu particularmente acho infinitamente melhor e mais ergonômico que o atual padrão quadradão instituído pela Apple e replicado pelo resto da industria.

Tela de AMOLED de alta frequência

A tela também é, em partes, um ponto positivo desse aparelho. Ela mede 6,7 polegadas e é de AMOLED. Ela tem excelente contraste e nitidez. Em ambientes internos, o brilho também é  muito bom. Porém, em ambientes externos com incidência de luz solar o brilho é bem baixo e dificulta o seu uso.

Isso não deveria acontecer pois ela tem um pico máximo de 950 nits, mas parece que nunca chega nesse pico. Me lembra o Galaxy S20 FE que simplesmente quase que apagava em dias ensolarados.  Concorrentes como o Motorola Edge 40 Neo ou o Galaxy A51 (ou qualquer um da linha S), são melhores.

Por outro lado, ela tem suporte ao HDR10+ e até 120 Hz de taxa de atualização, o que garante um bom uso tanto para filmes e séries como para jogos.

Câmeras do Realme 11 Pro+

Especificações das câmeras:

• Câmera principal de 200 megapixels (f/1.7, 23 mm, 1/1.4″, 0,56 μm, PDAF, OIS), sensor Samsung ISOCELL HP3 SuperZoom
• Módulo grande angular de 8 megapixels (f/2.2, 16 mm, 112˚)
• Sensor macro de 2 megapixels (f/2.4)
• Câmera frontal de 32 megapixels (f/2,5, 22 mm)

A câmera principal de 200 megapixels é o único dos três módulos que realmente cumpre o que promete, os outros acabam que sendo complementos para serem usados somente em necessidades especificas, já que o de 200MP supri a necessidade. Ele tira boas fotos com contraste decente e boa reprodução de cores. Cada elemento da imagem é brilhante e claro. A estabilização óptica funciona muito bem. Não há o que reclamar, chegando a competir de igual para igual com meu Galaxy S23+ na maioria dos casos.

Somente quando eu quis tirar fotos de objetos brilhantes (por exemplo, arbustos verdes ou flores) a foto ficou artificial e supersaturada. Mas esta ainda é uma opinião subjetiva, não uma crítica ao módulo, porque você pode realmente tirar boas fotos com ele.

As fotos noturnas são de boa qualidade, o smartphone capta muita luz.

Existe um modo ultra noturno especial, quando a foto é tirada um pouco mais, mas com maior nível de luz. Depende de você usá-lo. No geral, as imagens ficam bem artificiais nesse modo, lembrando bastante o modo noturno da Motorola.

Por padrão, obtemos fotos com resolução de 12 megapixels. Mas há um modo separado de 200 megapixels que não é tão prático, pois as imagens demoram muito para se formar, mesmo com iluminação perfeita e, consequentemente, a grande chance delas saírem tremidas. Além disso, a faixa dinâmica também é um pouco diferente. No geral, notei que o HDR fica um pouco inferior nesse modo, por outro lado, o nível de detalhes é muito melhor mesmo, pois não sofre tanto com o pós-processamento. Além disso, os arquivos ficam enormes, chegando fácil aos 100 MB.

Mas vale a pena se você quiser tirar uma foto profissional que queira o máximo de detalhes, já para compartilhamento em redes sociais não há a minima necessidade. Abaixo uma comparação de fotos tiradas com o modo Alta resolução e com o padrão de 12 MP. Você só notará as diferenças nas imagens originais, clique nelas para abrir em resolução máxima.

Outra vantagem de ter um módulo principal de 200 MP é a possibilidade de tirar fotos com zoom digital de até 4x sem perda de qualidade, o que acaba eliminando a necessidade de um sensor telefoto. Você pode tirar a foto usando no app, com opções de 2X ou 4x que irá gerar uma foto de 12 MP. A outra opção é tirar a foto com o modo alta resolução e depois dar o zoom que quiser usando um editor de fotos. Esse último, no geral, o motivo pode ser ampliado até 20 vezes (zoom digital), mas quanto maior for o zoom, pior será a qualidade.

Ele tem um sensor macro que, como em 99% dos casos, são totalmente desnecessários. Ainda mais uma câmera ridícula de 2 MP, com detalhes pobres, muito ruído e pós-processamento. Além disso, é difícil tirar uma foto nítida, muitas vezes os resultados ficam um pouco desfocados.

Já a câmera frontal, por um lado, tira boas selfies em um dia claro e ensolarado, mas por outro lado, assim que a luz diminui, o rosto fica pálido e sem cores naturais. Gostaria de ter mais contraste, mesmo quando já é noite. Ao mesmo tempo, as selfies noturnas ficaram muito boas, pois uma moldura apareceu automaticamente para iluminar o rosto.

O realme 11 Pro + grava vídeo em 4K a 30 fps, 1080p a 30/60/120/480 fps, 720p a 960 fps. Às vezes eram ouvidos ruídos durante a gravação de vídeo, a função de cancelamento de ruído não é das melhores, mas no geral é um resultado decente para um dispositivo intermediário.

Hardware, desempenho e bateria

Ele é equipado com o processador Dimensity 7050 que é um excelente chip. Além disso, vem com 12 GB de RAM e 512 GB de armazenamento interno. Existem ainda uma versão com 8 GB + 256 GB e uma vendida só la fora com 1 TB de armazenamento.

Na prática, nada de engasgos, travamentos e etc. Junto com os 120 Hz da tela, tudo é muito fluido. Ele roda qualquer jogo, inclusive muitos com o FPS lá em cima, como no caso de Genshing Impact que conseguiu segurar média de 30 FPS, ou no Aspalth 9 que alcançou picos de 60 FPS.

Já no Fortnite ficou abaixo do esperado, embora tenha ficado na médica dos 25 FPS, o jogo travou bastante e o celular esquentou ao ponto de ficar desconfortável jogar. Mas é algo comum nesse jogo por falta de interesse em otimizar para várias plataformas.

Um problema que os processadores da Mediatek ainda enfrentam, quando comparado com os da Qualcomm, ainda é o consumo energético. Se você começar a jogar, usar a câmera ou outras atividade mais pesadas, a bateria começa a ser drenada rapidamente e dificilmente durará até o fim do dia.

Felizmente, a Realme coloca um carregador de 100 W que em 5 ou 10 minutos já garante horas de carga. E se deixar uns 45 minutos carregando a bateria praticamente bate os 100% de carga.

Software

O smartphone roda Android 13 com realme UI 4.0, e confesso que tenho brincado bastante com as configurações. Existem muitas opções que posso personalizar para atender às minhas próprias necessidades.

Realme 11 Pro+Quase todas as configurações podem ser alteradas ao seu gosto. A realme cuida muito da privacidade do usuário e da proteção de dados, por isso temos a capacidade de proteger nossos dados, salvar e baixar cópias e executar diagnósticos de segurança em todo o dispositivo. Recursos especiais incluem clonagem de realme e controle dos pais. É legal que vários gestos estejam disponíveis para controlar o telefone, além de uma barra lateral funcional com atalhos rápidos.

Você também pode alterar facilmente a tela adicionando um papel de parede e estilo de ícone, tamanho de fonte e modo escuro diferentes. Existem até recursos experimentais nas configurações (modo de áudio Bluetooth duplo, medição de frequência cardíaca com sensor de impressão digital e modo para dormir facilmente)!

A interface é organizada e classificada por categoria e função, por isso é fácil de usar, mesmo para uma pessoa idosa ou criança.

No geral, o telefone é rápido e responsivo. Não notei nenhum atraso durante os testes. E os aplicativos em segundo plano foram ativados instantaneamente e começaram a funcionar como se nada tivesse acontecido.

Ficha técnica do Realme 11 Pro+