Dia 29 de junho de 2007 foi anunciado um aparelho que mudaria o mundo da tecnologia móvel para sempre. O primeiro iPhone com certeza foi uma revolução. Ele oferecia ao usuário uma experiência nova, muito superior a de qualquer outro aparelho que estava sendo vendido no mercado naquele ano. Fabricantes de smartphones como a RIM se desesperaram com a chegada deste gadget por não ter o mínimo de ideia de como o tio Steve Jobs havia colocado tanto poder de processamento em um aparelho de capacidades tão futurística. O primeiro iPhone parecia ser imbatível, pois ainda não havia competição a sua altura tanto em hardware quanto em software. Não existiam empresas que pudessem bater de frente a Apple ou sistema que pudesse ir de contra o destemido iOS. Mas graças a Deus isso mudou.
Em 2007, mais exatamente no dia 5 de novembro, foi anunciado o único sistema móvel que até hoje consegue competir de igual pra igual com o da Apple. O Android já estava sendo desenvolvido desde 2005, mas mesmo em 2007 ele ainda parecia bastante prematuro em sua versão 1.0, apenas na 1.5 foi que ele realmente começou a engatinhar. A partir daí veio a 1.6 e 2.0, nesta ultima, e junto ao laçamento do Motorola Droid (Milestone no Brasil), foi quando aconteceu o grande BOOM do SO móvel do Google, explosão a qual aconteceu novamente com o lançamento de aparelhos como o Galaxy S da Samsung. E assim o sistema móvel do Google foi de uma boa competidor a uma iminente ameaça a empresa de Steve Jobs e ao poderoso iOS.
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Com o aparecimento do Android os consumidores ganharam algo de valor inestimável: opções. Se você quer um smartphone com um sistema de qualidade você pode escolher entre centenas de modelos que estão disponíveis ao redor do mundo. O domínio total que a Apple possuía sobre o mercado de smartphones de qualidade terminou e o que reinava era a liberdade de cada um de poder escolher entre dezenas de empresas e centenas de aparelhos.
Apenas quem sentiu falta daquele tempo em que só havia um foi a Apple. A cada smartphone Android vendido eles viam como um iPhone que não era comprado. E não adiantou lançar novas versões de seu poderoso gadget, pois preços que variam de misérias a fortunas, designs que vão dos celulares de barra aos sliders, hardwares dos mais variados atraem bem mais do que um smartphone, com um design, com um sistema, de uma fabricante. Não é que o iPhone tenha virado um fracasso, mas muito pelo contrário, ele ainda continuou sendo um imenso sucesso que cresce a cada ano, mas dessa vez existe algo que impede este gigante de se erguer mais ainda.
A empresa de Jobs não poderia ficar parada, quer dizer, poderia, mas não ficou. Como não tinha mais capacidade para vencer na inovação então resolveu apelar com um lema: Tudo o que é bom foi copiado de nós. E aí chegamos no momento atual. As grandes aliadas do Google como Samsung e Motorola começaram a ser atacadas. Seus aparelhos foram e estão sendo acusados de copiarem características dos da Apple. Um simples design vago, bonito, mas sem complexidade do iPhone não pode mais ser encontrado em smartphones de outras fabricantes, pois se não acabam sendo alvo de processos judiciais incrivelmente injustos. Imagino se a primeira empresa que vez um celular em formato de barra tivesse patenteado o seu visual, haveria apenas uma fabricante para podermos escolher. Que mundo chato seria.
Assim chegamos ao final de uma história triste, onde a inveja de alguns parece está querendo impedir o crescimento de algo tão bom quanto o sistema móvel do Google. Falta a Apple entender algumas coisas. Por mais que o Galaxy S seja parecido com o iPhone não é por isso que o usuário prefere o da Samsung em vez do seu. Por mais que o Android até mesmo copie algumas funções do iOS, não é por isso que nós ainda preferimos o robozinho verde. É porque nós temos opções, temos poder de escolha e escolhemos aquilo que melhor nos serve. E enquanto houver liberdade para nós podermos decidir qual smartphone com qual sistema iremos comprar, haverão Androids. E ninguém, nem mesmo a Apple, vai nos tirar isso.