O grupo de trabalho sobre TICs do BRICS está preparando uma série de debates que antecederão a cúpula de julho, um processo que lembra a gestão do G20 sob a presidência brasileira no ano passado. A grande diferença é que o BRICS ampliará a discussão sobre inteligência artificial para diversas áreas, visando transformar consensos em políticas públicas. O Brasil propõe uma declaração de líderes sobre governança da IA para o desenvolvimento, abordando a soberania digital e combatendo a concentração tecnológica.
O objetivo dos grupos de trabalho é fornecer subsídios técnicos para as declarações ministeriais, transformando discussões em políticas públicas. No BRICS, essa construção envolverá diversos grupos, cada um analisando os impactos setoriais da IA, um dos principais eixos da gestão brasileira no bloco.
Marcelo Martinez, do Itamaraty, explicou que essa abordagem visa dar ao tema da IA um tratamento amplo e de alto nível. O GT de TICs do BRICS definiu quatro prioridades para seus trabalhos.
Prioridades do GT de TICs do BRICS
O GT de TICs do BRICS estabeleceu quatro áreas prioritárias para suas discussões e trabalhos. Essas prioridades visam abordar os desafios e oportunidades no campo das tecnologias da informação e comunicação, com foco especial no papel da inteligência artificial (IA) e na promoção de um desenvolvimento sustentável e inclusivo entre os países membros.
As prioridades incluem desde a criação de um ecossistema digital equilibrado até a promoção da sustentabilidade ambiental e espacial, além de buscar uma conectividade significativa para todos os cidadãos. Cada uma dessas áreas será tema de debates e seminários ao longo do ano, culminando na cúpula do BRICS em julho.
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Ecossistema Digital e Inteligência Artificial
O GT de TICs pretende abordar mecanismos que equilibrem as responsabilidades do setor privado com o dever dos governos de proteger seus cidadãos. É neste contexto que a IA será debatida, juntamente com questões relacionadas ao direito digital, buscando garantir um ambiente online seguro e justo para todos.
Este esforço é crucial para que os cidadãos possam usufruir dos benefícios da tecnologia sem estarem expostos a riscos desnecessários. A proteção dos direitos digitais e a promoção de um ecossistema digital equilibrado são, portanto, prioridades para o BRICS.
Sustentabilidade Ambiental e as TICs
A relação entre as TICs e a sustentabilidade, incluindo as mudanças climáticas, será um ponto central de discussão. Um seminário está agendado para 2 de abril em Brasília para debater o tema, com a apresentação de cases como a implementação do sistema Cell Broadcast, conhecido como Defesa Civil Alerta, e outras iniciativas de economia circular.
A ideia é mostrar como a tecnologia pode ser utilizada para mitigar os impactos ambientais e promover práticas mais sustentáveis. A troca de experiências e a apresentação de soluções inovadoras são fundamentais para avançar nessa área.
Sustentabilidade Espacial e o Setor Satelital
Considerando o crescimento do setor satelital nas comunicações, a sustentabilidade espacial ganha destaque. O GT propõe reflexões sobre temas debatidos na União Internacional de Telecomunicações (UIT), como as constelações de satélites de baixa e média órbita, buscando otimizar o uso do espectro e evitar interferências prejudiciais.
A preocupação é garantir que o espaço continue sendo um ambiente seguro, acessível e sustentável para as futuras gerações. A nota técnica do GT detalha a busca por princípios que orientem a UIT como reguladora global do uso do espectro de rádio.
Conectividade Significativa e Inclusão Digital
O GT propõe um mapeamento da conectividade significativa, utilizando indicadores consensuais entre os países. O trabalho já desenvolvido no âmbito do G20 poderá ser aproveitado, incluindo parâmetros como acessibilidade financeira, qualidade da conexão, disponibilidade e uso da rede, acesso a dispositivos, letramento digital e cibersegurança.
O objetivo é criar um “snapshot” do cenário atual, medindo o avanço dos países em direção a uma conectividade que realmente faça a diferença na vida das pessoas. A importância de dados estatísticos e indicadores comuns transversais é um ponto de convergência entre o G20 e o BRICS. Uma das melhores maneiras de aprender sobre inclusão digital é com a democratização da inteligência artificial na ponta.
Cronograma de Atividades do BRICS
O BRICS definiu um cronograma de atividades para o Grupo de Trabalho de TICs, culminando com a reunião ministerial em junho e a cúpula dos líderes em julho. Essas datas marcam momentos importantes para a discussão e implementação de políticas relacionadas à tecnologia e comunicação entre os países membros.
As reuniões e seminários programados visam aprofundar o debate sobre os temas prioritários, como sustentabilidade digital, ecossistema digital e conectividade significativa. A expectativa é que esses encontros resultem em consensos e ações concretas para o desenvolvimento tecnológico e social dos países do BRICS.
As principais atividades do GT de TICs incluem um seminário sobre Sustentabilidade Digital em 2 de abril, seguido pela segunda reunião do GT no dia 3, em formato híbrido. A terceira reunião também será híbrida, agendada para 6 de maio.
A última reunião do GT será presencial, nos dias 29 e 30 de maio, em Brasília. Em 2 de junho, ocorrerá a reunião ministerial, onde será assinada a declaração dos ministros de Comunicações do bloco, consolidando os consensos discutidos. A reunião da Cúpula do BRICS está prevista para 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro.
Esses eventos representam um esforço conjunto para promover a cooperação e o desenvolvimento no setor de TICs do BRICS, com foco em temas como inteligência artificial, sustentabilidade e conectividade. O objetivo é fortalecer a posição do bloco no cenário global e impulsionar o crescimento econômico e social de seus membros.
Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.
Segunda: Via Mobile Time
