A Agência Nacional de Frequências da França (ANFR) ordenou na terça-feira (14) que a Apple pare de vender o iPhone 12 em seu território, alegando que o celular emite níveis de radiação eletromagnética acima dos padrões da União Europeia. A Apple contesta as conclusões e diz que o dispositivo está em conformidade com os regulamentos. De qualquer modo, ele está proibido na França e outros países da Europa já estão planejando fazer o mesmo.
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A ANFR testou recentemente 141 celulares e descobriu que, quando o iPhone 12 é segurado em uma mão ou carregado em um bolso, seu nível de absorção de energia eletromagnética é de 5,74 watts por quilograma, acima do padrão da UE de 4 watts por quilograma. O telefone passou por um teste separado de níveis de radiação para dispositivos mantidos em uma jaqueta ou em uma bolsa.
O ministro digital da França, Jean-Noël Barrot, disse que os níveis de radiação do iPhone 12 são “ligeiramente mais altos” do que os padrões da UE, mas “significativamente mais baixos do que os níveis em que estudos científicos consideram que pode haver consequências para os usuários”.
A Apple disse que o iPhone 12 foi certificado por vários organismos internacionais e está em conformidade com todos os regulamentos e padrões aplicáveis para radiação em todo o mundo. A empresa de tecnologia dos EUA disse que forneceu à ANFR vários resultados de laboratório realizados tanto pela empresa quanto por laboratórios terceirizados comprovando a conformidade do telefone.
Anatel já está apurando a radiação do iPhone 12 no Brasil
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou nesta quinta-feira (14) que irá investigar se o nível de radiação emitido pelo iPhone 12 está de acordo com as normas brasileiras, levando em conta o que aconteceu na França.
A Anatel adota o mesmo limite determinado pela regulação europeia de 2 Watts por quilo, na média. Os dispositivos passam por testes antes de receber permissão para venda.
“O assunto chegou ontem ao nosso conhecimento. Estamos nos reunindo com organismos de certificação e laboratórios e organizando uma supervisão de mercado”, afirma a Anatel em nota enviada à Folha.]
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