Desafios da Inteligência Artificial no Varejo Brasileiro

Entenda os avanços da inteligência artificial no varejo e os desafios enfrentados pelo Brasil.
Atualizado há 17 horas
Inteligência artificial no varejo

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A inteligência artificial no varejo está transformando a forma como as empresas operam e interagem com os clientes. No entanto, a adoção dessa tecnologia no Brasil ainda enfrenta desafios significativos, como a falta de infraestrutura adequada e a fragmentação de dados. Apesar do grande potencial da IA para revolucionar o setor, muitas empresas brasileiras lutam com sistemas desatualizados e pouco integrados, limitando sua capacidade de aproveitar ao máximo os benefícios da IA. Carlos Alves, vice-presidente executivo de tecnologia e negócios da Cielo, compartilha suas perspectivas sobre este cenário em evolução.

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Inteligência artificial no varejo: Panorama e desafios

De acordo com dados apresentados na NRF Big Show 2025, um evento global do setor varejista, mais de 20% das empresas expositoras exibiram soluções tecnológicas baseadas em IA. O evento, realizado em Nova York, destacou a IA como uma força transformadora para o varejo brasileiro e mundial nos próximos anos. Mesmo com a crescente percepção da IA como essencial para o futuro do varejo, os números revelam que sua adoção ainda é relativamente baixa no Brasil.

Carlos Alves, que participou do evento, salienta a necessidade de o setor passar de projetos experimentais para implementações mais estratégicas e estruturadas. Uma pesquisa recente da Cielo com varejistas brasileiros revelou que, embora 91% afirmem conhecer a inteligência artificial, com 54% já tendo ouvido falar e 37% dizendo conhecer bem, apenas 18% realmente a utilizam.

Para que a IA avance no cenário empresarial, é crucial superar as barreiras culturais e estruturais. O executivo acredita que as empresas precisam passar por uma transformação que combine dois pilares fundamentais: a estruturação tecnológica e a mudança cultural. É essencial que as empresas adquiram conhecimento técnico ou busquem suporte adequado, já que a implementação da IA pode parecer complexa e distante da realidade do negócio.

Além disso, a ausência de uma cultura voltada à inovação e a necessidade de capacitação contínua reforçam a importância do papel educacional nesse processo. Alves também destaca questões de segurança e riscos operacionais como fatores críticos a serem considerados. A IA já desempenha um papel essencial na prevenção de fraudes e na cibersegurança, mas o avanço da automação exige mecanismos sólidos para proteger dados sensíveis e mitigar ameaças emergentes, como deepfakes.

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A importância da mudança cultural e estrutural para a IA

Para liberar todo o potencial da IA, os varejistas precisam revisar sua arquitetura de dados, construir uma infraestrutura adequada e capacitar suas equipes, garantindo que a IA esteja integrada à estratégia de negócios de forma sustentável. É fundamental estabelecer uma cultura orientada por dados (data-driven), assegurando que a organização tenha a capacidade de coletar, armazenar e interpretar grandes volumes de informações de forma estratégica.

A qualidade e governança dos dados são igualmente importantes para garantir a conformidade com as regulamentações e fortalecer a confiança do mercado. A transformação digital deve ser vista não apenas como uma iniciativa tecnológica, mas como uma evolução nos processos e na tomada de decisões da empresa. Para alcançar esse objetivo, é essencial envolver as equipes desde o início, garantindo que elas entendam a importância da IA e como ela pode impulsionar os resultados do negócio.

Isso pode ser feito por meio de workshops práticos, treinamentos personalizados e experimentação guiada, permitindo que os profissionais se sintam parte da mudança e não apenas espectadores de uma revolução tecnológica. Além disso, a infraestrutura tecnológica precisa ser robusta para suportar o processamento intensivo de dados e a aplicação de aprendizado de máquina.

Outro ponto crucial é o investimento contínuo na capacitação das equipes e na formação de especialistas internos. Isso possibilita que a IA seja implementada de maneira estratégica e alinhada aos objetivos da empresa. A transformação digital não ocorre da noite para o dia e não é algo trivial, mas as empresas que combinam um ambiente propício à inovação com uma base tecnológica bem estruturada colhem os benefícios mais rapidamente.

O futuro da IA e o impacto no mercado brasileiro

Alves menciona uma pesquisa do Gartner que estima que até 2027 os assistentes de IA poderão reduzir em até 25% o uso de aplicativos. De acordo com o executivo da Cielo, a redução no uso de aplicativos tem o potencial de simplificar a experiência do usuário ao centralizar várias funções em um único ponto de acesso. Isso resulta em uma interação mais direta e eficiente com as marcas, diminuindo a necessidade de alternar entre diferentes plataformas e aplicativos.

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Para o varejo, isso significa um aumento na adoção de interfaces conversacionais e assistentes integrados, otimizando processos de compra e atendimento ao cliente. A expectativa é que a integração entre IA e lojas físicas torne as experiências mais interativas e personalizadas, indo desde recomendações baseadas no comportamento do cliente até o uso de realidade aumentada para testar produtos virtualmente.

As lojas físicas já estão passando por uma transformação e assumindo novos papéis como hubs logísticos, espaços de entretenimento e canais de mídia, reforçando sua relevância no varejo omnichannel. O ranking Cielo-SBVC destaca a força do empreendedorismo regional, com marcas locais crescendo e superando R$ 1 bilhão em vendas, mostrando como a tecnologia pode impulsionar negócios de diferentes portes.

A Cielo já utiliza a IA como um recurso estratégico para simplificar a gestão dos negócios e melhorar a experiência dos clientes, e não apenas como uma área isolada de inovação. A Cielo tem utilizado inteligência artificial para aprimorar a experiência dos varejistas e impulsionar a eficiência dos negócios. Alguns dos casos de uso mais bem-sucedidos incluem a manutenção preditiva de maquininhas, onde algoritmos de IA monitoram a saúde dos terminais e identificam falhas antes que impactem as vendas.

Segundo o executivo, a Cielo aumentou em 189% a conversão de uma campanha no Facebook ao otimizar criativos com a IA da VidMob. Além disso, o novo site da Cielo agora utiliza inteligência artificial para oferecer uma navegação personalizada e recomendar produtos e serviços conforme o perfil do usuário. Da mesma forma, Alves também salienta a utilização de machine learning para detectar padrões e anomalias nas transações da empresa, e explica como a IA é utilizada no atendimento ao cliente.

Caso ocorra uma mudança repentina no comportamento de um estabelecimento, a IA aciona um alerta para a equipe técnica avaliar possíveis fraudes ou problemas operacionais. A expectativa é que a inteligência artificial se torne indispensável para atender às necessidades dos consumidores, já que pode agilizar uma gama de processos. A ideia é que o foco principal não seja somente na presença da IA, mas em como ela pode transformar jornadas de compra e experiências de consumo.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

Via Mobile Time

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.