A Apple é amplamente creditada por dar início ao boom dos smartphones em 2007 com o iPhone original. É claro que o iPhone não foi o primeiro smartphone – que surgiu muitos anos antes e, surpreendentemente, não levava o nome de BlackBerry ou Nokia. Vamos entrar na Wayback Machine.
O primeiro celular
Antes de voltarmos ao primeiro smartphone, vamos voltar um pouco mais ao primeiro telefone celular. O primeiro celular portátil foi exibido em 1973 por John F. Mitchell e Martin Cooper, da Motorola, mas os frutos desse trabalho só foram vistos em 1983, quando o primeiro celular da empresa chegou ao mercado.
Esse telefone era o Motorola DynaTAC 8000X (abreviatura de “Dynamic Adaptive Total Area Coverage”). Parecia o que hoje reconhecemos como um telefone fixo, mas na verdade era um telefone celular. Depois de apenas 10 horas de carregamento, você poderá falar por 30 minutos inteiros! O DynaTAC era equipado com display LED e podia armazenar até 30 números de telefone para discagem rápida.
Toda aquela tecnologia sofisticada não era barata. Custava US$ 3.995 em 1984, o equivalente a uns incríveis US$ 12 mil hoje em dia. A Motorola deu continuidade ao DynaTAC original com várias iterações ao longo do final dos anos 80 e início dos anos 90. Os telefones ficaram muito mais móveis, culminando com o StarTAC em 1996, mas nunca foram inteligentes.
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O primeiro smartphone
O primeiro smartphone foi inventado em 1992 pela IBM – chamava-se Simon Personal Communicator. O termo “smartphone” ainda nem existia e o aparelho só estaria disponível para compra por mais dois anos. Mas o IBM Simon tinha muitos dos recursos que esperamos dos smartphones.
Em primeiro lugar, tinha uma tela sensível ao toque. Era uma tela sensível ao toque LCD monocromática de 4,5 x 1,4 polegadas que exigia uma caneta, mas mesmo assim uma tela sensível ao toque. O Simon podia fazer ligações, enviar e receber e-mails e faxes e tinha vários aplicativos. Esses aplicativos incluíam alguns clássicos, como agenda de endereços, calculadora, calendário, relógio mundial e bloco de notas.
A baixa duração da bateria também tem sido uma característica central da experiência do smartphone desde o início. O IBM Simon durou apenas uma hora com carga. Alimentando o dispositivo estava uma CPU de 16 MHz e 1 MB de RAM. Tinha 1,5 polegadas de espessura e pesava mais de meio quilo.
Na época, o Simon se enquadrava na categoria PDA (assistente pessoal digital, mas não desse tipo). No entanto, os PDAs raramente eram telefones reais com conectividade celular, e é por isso que foram colocados retroativamente sob a égide dos smartphones. Toda essa tecnologia de ponta custou aos consumidores US$ 900 (US$ 1,8 mil agora) com um contrato de dois anos com a BellSouth Cellular ou US$ 1.100 (US$ 2,3 mil agora) imediatamente.
Os smartphones já percorreram um longo caminho desde os anos 90, mas as novas tecnologias sempre precisam começar em algum lugar. Daqui a 10-20 anos, as pessoas poderão olhar para os nossos smartphones e dispositivos dobráveis como dispositivos muito rudimentares. Mas tudo ainda será graças ao Motorola DynaTAC, ao IBM Simon e a inúmeros outros dispositivos que mudaram o mundo.
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