Por que não confio mais em laptops ultrafinos e leves

Entenda os motivos pelos quais laptops ultrafinos e leves podem não ser a melhor escolha para o seu dia a dia.
Atualizado há 5 horas
Laptops finos e leves

Outros destaques

Smartwatches da Pebble
Responsabilidade de plataformas digitais
Bússola do iPhone
Bússola do iPhone
Bússola do iPhone
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Laptops finos e leves prometem uma combinação ideal de potência e portabilidade, mas será que entregam o que prometem? A realidade é que, muitas vezes, o design elegante esconde frustrações inesperadas, levando muitos a questionar se vale a pena confiar nesses modelos quando existem alternativas mais robustas no mercado. Este artigo explora as razões pelas quais os laptops mais encorpados podem ser uma escolha mais sensata a longo prazo.

Baterias Menores e a Busca pela Eficiência

Um dos maiores sacrifícios dos laptops finos e leves é o tamanho da bateria. Para compensar, fabricantes investem em chips eficientes e otimizações de software. No entanto, há um limite físico para o que pode ser alcançado. Modelos ultraportáteis podem até ter um bom desempenho em tarefas leves como navegação na web, mas, em atividades mais exigentes, como edição de vídeo, a bateria se esgota rapidamente, especialmente se comparados a modelos maiores, como o MacBook Pro de 16 polegadas, que acomoda uma bateria maior.

Apesar de alguns modelos, como o Dell XPS 13 de 2024, oferecerem uma excelente duração de bateria para o seu tamanho, eles ainda não conseguem competir com a autonomia de um MacBook Pro de 16 polegadas, que possui mais espaço para uma bateria maior. A compensação entre tamanho e capacidade energética é uma realidade inegável.

O equilíbrio entre eficiência e capacidade da bateria é um desafio constante. As fabricantes buscam inovações para prolongar a vida útil da bateria em dispositivos menores, mas a física impõe limites. Para quem precisa de longas horas de uso sem recarregar, um modelo mais robusto pode ser a melhor escolha.

A promessa de portabilidade dos laptops finos e leves esbarra na necessidade de compromissos. A bateria é um dos componentes mais afetados, exigindo que o usuário pondere suas prioridades antes de optar por um modelo ultraleve.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Leia também:

Desempenho X Design: Uma Balança Desequilibrada

Chassis menores significam menos espaço para sistemas de resfriamento eficientes. Isso limita a capacidade do laptop de utilizar toda a sua potência antes de superaquecer. O MacBook Air M2, por exemplo, é completamente silencioso por não possuir ventoinhas. No entanto, essa característica leva a uma redução no desempenho sob cargas de trabalho intensas, como edição de vídeo ou jogos.

Embora o problema do superaquecimento possa ser exagerado, ele ainda representa uma limitação. Ultrabooks com ventoinhas, como o Dell XPS 13 e o HP Spectre x360, conseguem um desempenho melhor, mas seus sistemas de resfriamento compactos ainda lutam para manter o desempenho máximo por longos períodos, resultando em thermal throttling.

Chips mais recentes, como o Intel Core Ultra, o Apple M3 e o Qualcomm Snapdragon X Elite, apresentam melhorias na eficiência energética. No entanto, mesmo esses avanços não conseguem superar a limitação fundamental: laptops finos e leves não conseguem manter um alto desempenho por longos períodos sem superaquecer e, consequentemente, ter seu desempenho reduzido.

O thermal throttling é um mecanismo de segurança que reduz a velocidade do processador para evitar danos por calor excessivo. Embora proteja o hardware, ele impacta diretamente a experiência do usuário, especialmente em tarefas que exigem o máximo do desempenho do laptop.

Teclados e Trackpads: O Impacto da Espessura Reduzida

Na busca por designs ultrafinos, os teclados e trackpads frequentemente são comprometidos. O espaço limitado resulta em teclas com curso muito curto, o que causa uma experiência de digitação desconfortável e pouco responsiva. Um exemplo notório é o teclado borboleta da Apple, conhecido por teclas que travavam e falhavam com frequência. Embora os modelos mais recentes tenham melhorado, muitos laptops finos e leves ainda sofrem com a sensação e durabilidade das teclas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os trackpads também são afetados pelas restrições de espaço. Alguns laptops finos e leves apresentam trackpads rígidos ou pouco responsivos, o que dificulta a precisão de gestos e cliques. Um teclado ou trackpad de baixa qualidade pode parecer um problema menor, mas para quem digita com frequência, pode ser uma fonte diária de frustração.

A ergonomia é um aspecto crucial para o conforto e produtividade do usuário. Teclados e trackpads que não oferecem uma boa experiência podem levar a dores e cansaço, especialmente em longas sessões de trabalho ou estudo.

O equilíbrio entre design e funcionalidade é essencial. Ao optar por um laptop fino e leve, é importante avaliar se os compromissos feitos no teclado e trackpad são aceitáveis para o seu uso diário.

A Ditadura dos Dongles: Portas Limitadas e Adaptadores

Laptops finos e leves não economizam apenas no peso, mas também nas portas. Para manter a estética elegante, fabricantes removem portas essenciais, forçando os usuários a depender de dongles e adaptadores. Por exemplo, o MacBook Air M1 possui apenas duas portas USB-C e uma entrada para fone de ouvido. Para conectar um monitor externo, carregar o laptop e usar um pen drive simultaneamente, é necessário um hub.

Enquanto isso, laptops mais robustos, como o Lenovo ThinkPad X1 Extreme ou o MacBook Pro de 16 polegadas, ainda oferecem uma variedade de portas (USB-A, HDMI e até leitores de cartão SD), tornando-os mais versáteis para profissionais. Dongles não são apenas inconvenientes; são mais um item para comprar, carregar e potencialmente perder. E se você esquecer um em um momento crucial, estará em apuros.

A necessidade de adaptadores adicionais pode anular a vantagem da portabilidade, já que o usuário precisa carregar mais acessórios. Além disso, a dependência de dongles aumenta o risco de falhas e incompatibilidades.

Ao escolher um laptop fino e leve, é importante considerar a necessidade de portas e avaliar se a compra de adaptadores adicionais é um custo aceitável para o seu fluxo de trabalho.

Reparabilidade: Uma Preocupação Crescente

Modelos ultrafinos muitas vezes parecem descartáveis, não por serem baratos, mas por serem construídos para serem substituídos em vez de reparados. Muitos possuem componentes soldados, o que significa que a memória RAM e o armazenamento são permanentemente fixados à placa-mãe. Isso impede a realização de upgrades futuros, forçando o usuário a substituir todo o aparelho caso necessite de mais memória ou um SSD maior.

A substituição da bateria também pode ser complicada. Alguns modelos utilizam cola em vez de parafusos para fixar a bateria, o que torna a troca mais difícil e cara quando ela se desgasta. Além disso, alguns fabricantes restringem reparos por terceiros, obrigando os usuários a recorrerem aos seus centros de serviço autorizados.

A falta de reparabilidade não apenas aumenta os custos a longo prazo, mas também contribui para o descarte prematuro de equipamentos eletrônicos, gerando um impacto ambiental negativo.

Ao escolher um laptop fino e leve, é importante considerar a sua durabilidade e a facilidade de reparo, optando por modelos que permitam a substituição de componentes e a realização de reparos por terceiros.

Laptops finos e leves podem ser atraentes, mas vêm com muitas desvantagens. Superaquecimento, duração limitada da bateria, desempenho comprometido e reparabilidade precária são apenas alguns dos problemas. Some a isso teclados rasos, portas limitadas e a necessidade constante de adaptadores, e o encanto desaparece. Por isso, vale a pena considerar se um pouco mais de volume não compensa no longo prazo.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.