A ressonância magnética, também conhecida como ressonância magnética nuclear, é uma técnica de varredura para a criação de imagens detalhadas do corpo humano que já existe há alguns anos. Saiba como ela funciona!
O exame da ressonância magnética usa um forte campo magnético e ondas de rádio para gerar imagens de partes do corpo que não podem ser vistas tão bem como em raios-X, tomografias ou ultrassom.
Para se ter um exemplo, a ressonância ajuda os médicos a ver as articulações internas, cartilagem, ligamentos, músculos e tendões, difíceis de detectar com o sistema de raio-X, o que torna útil para detectar vários tipos de lesões.
Com essa máquina também pode se examinar estruturas internas do corpo e diagnosticar uma variedade de distúrbios, como derrames, tumores, aneurismas, lesões na medula espinhal, esclerose múltipla, problemas oculares e a parte interna do ouvido, segundo a Clínica Mayo. Também é amplamente utilizado em pesquisas para medir a estrutura e a função cerebral, entre outras coisas.
O Dr. Christopher Filippi, radiologista de diagnóstico do North Shore University Hospital, em Manhasset, Nova York diz, “O que torna a ressonância tão poderosa é que você tem uma visualização do tecido mole requintado e detalhes anatômicos”.
O maior benefício da ressonância magnética em comparação com outras técnicas de imagem (como tomografias e raios-x) é não haver risco de ser exposto à radiação, de acordo com Filippi ao Live Science.
Como funciona a Ressonância Magnética
O corpo humano é constituído principalmente por água. As moléculas de água (H2O) contêm núcleos de hidrogênio (prótons), que se alinham em um campo magnético. Um scanner de ressonância magnética aplica um campo magnético muito forte (cerca de 0,2 a 3 teslas, ou cerca de mil vezes a força de um ímã típico de geladeira).
O scanner também produz uma corrente de radiofrequência que cria um campo magnético variado. Os prótons absorvem a energia do campo magnético e giram. Quando o campo é desligado, os prótons gradualmente retornam ao seu giro normal, um processo chamado precessão.
O processo de devolução produz um sinal de rádio que pode ser medido por receptores no scanner e transformado em uma imagem, explicou Filippi.
Prótons em diferentes tecidos corporais retornam aos seus giros normais em diferentes taxas, de modo que o scanner pode distinguir entre vários tipos de tecido. As configurações do scanner podem ser ajustadas para produzir contrastes entre diferentes tecidos corporais.
Campos magnéticos adicionais são usados para produzir imagens tridimensionais que podem ser vistas de diferentes ângulos. Existem muitas formas de ressonância, a ressonância magnética difusa e a ressonância magnética funcional (rMRI) são duas das mais comuns.
Ressonância Magnética Difusa
Esta forma de ressonância mede como as moléculas de água se difundem através dos tecidos do corpo. Certos processos de doença como um derrame ou tumor podem restringir essa difusão, por isso esse método é frequentemente usado para diagnosticá-los, disse Filippi. A ressonância magnética só existe há cerca de 15 a 20 anos, acrescentou.
Ressonância Magnética Funcional
Além da imagem estrutural, a ressonância também pode ser usada para visualizar a atividade funcional no cérebro. A ressonância magnética funcional, ou ressonância magnética, mede as alterações no fluxo sanguíneo para diferentes partes do cérebro.
É usado para observar estruturas cerebrais e determinar quais partes do cérebro estão lidando com funções críticas. A ressonância magnética funcional também pode ser usada para avaliar danos causados por uma lesão na cabeça ou doença de Alzheimer.
A ressonância tem sido especialmente útil na neurociência, “Isso realmente revolucionou a forma como estudamos o cérebro”, disse Filippi ao Live Science.