Será que Avatar está pronto para se tornar uma franquia blockbuster moderna? Com o lançamento de Seven Havens e a trilogia de filmes que está por vir, o desafio é grande para trazer Avatar para a era atual das propriedades intelectuais. A série original, Avatar: The Last Airbender, marcou uma geração e agora, com novas produções, a expectativa é alta para saber se a franquia conseguirá manter o mesmo impacto e relevância no cenário pop atual.
O Legado de Avatar e o Desafio da Modernidade
Esta semana marca o 20º aniversário de Avatar: The Last Airbender, a animação de ação e fantasia da Nickelodeon que se tornou um dos maiores sucessos do canal. Para celebrar essa data, foi anunciada uma nova série, Seven Havens, uma produção em 2D com duas temporadas garantidas e o envolvimento dos criadores originais, Michael DiMartino e Bryan Konietzko. Assim como as séries anteriores, Havens focará em um novo Avatar, desta vez uma jovem dominadora da Terra que herda um manto manchado após um cataclismo envolvendo sua antecessora, Korra.
A Paramount já manifestou o desejo de manter Avatar como uma franquia multimídia. A verdade é que a franquia nunca desapareceu completamente, mesmo com o hiato entre as séries. Além do remake live-action da Netflix, que está em andamento, inúmeros quadrinhos e graphic novels exploraram o futuro de Aang, Korra e seus amigos. Jogos de qualidade variável também foram lançados, e há um RPG mais ambicioso a caminho. Sem esquecer os livros para jovens adultos focados em Avatares do passado, como Kyoshi e Yangchen.
Seven Havens carrega um peso diferente, sendo um dos primeiros projetos do Avatar Studios. Com o lançamento desta série e do filme animado focado em Aang, previsto para 2026, veremos se Avatar tem o que é preciso para se destacar na atual era da cultura pop, dominada por franquias.
O Impacto Inicial e a Proteção dos Fãs
Quando a série original Last Airbender estreou em 21 de fevereiro de 2005, não havia nada parecido na TV ocidental, especialmente na programação da Nick, focada em comédia. O estilo de arte anime e a ênfase na ação e narrativa cativaram o público jovem da época. Como outros fãs, as crianças dos anos 2000 que fizeram de Avatar uma parte fundamental de suas identidades se tornaram protetoras da franquia, defendendo-a de quem não a compreendia. Daí surgiu a aversão ao filme live-action e o desdém pelas informações sobre a adaptação da Netflix.
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Essa proteção se estende além das adaptações live-action. Muitos fãs se lembram das críticas que as duas primeiras temporadas de Legend of Korra receberam, em parte devido ao fato de terem sido concebidas como uma minissérie. As duas últimas temporadas foram muito superiores e aprofundaram eventos anteriores de maneira interessante, mas a primeira metade da série pode ser frustrante, já que DiMartino e Konietzko não tiveram a mesma liberdade criativa que na série original.
Avatar como Franquia Blockbuster na Era Moderna
Os tempos mudaram desde que Korra terminou em 2014. As franquias se tornaram ainda mais importantes em Hollywood, mas os estúdios nem sempre conseguem aproveitá-las da melhor forma. A transição de filmes para a TV tem resultados diversos, e nem todas as séries de franquias são criadas iguais. Algumas não são feitas como verdadeiras séries de TV, enquanto outras não têm tempo para se encontrar. Korra teve seus problemas, mas teve a chance de evoluir. Hoje em dia, com a facilidade com que projetos são criticados, tanto de forma genuína quanto por má-fé, talvez não tivesse durado muito.
A franquia precisa lidar com tudo isso, além da possibilidade de ter que produzir projeto após projeto se Havens ou o filme fizerem sucesso, ou serem deixados de lado se falharem. Uma coisa que aprendemos na última década é que ninguém é intocável, e é fácil perder o interesse em algo que antes era popular.
- Seven Havens se passará após os eventos de The Legend of Korra.
- A animação será em 2D.
- A série terá a participação dos criadores originais Michael DiMartino e Bryan Konietzko.
A série The Last Airbender teve a sorte de ser a primeira e única de seu tipo em 2005, vivendo em seu próprio contexto. Após seu término, a Paramount continuou a franquia de forma reativa, seja para atender à demanda dos fãs e números de streaming, ou para evitar que a série terminasse de forma negativa, o que poderia afastar novos espectadores. Se DiMartino e Konietzko têm mais histórias para contar neste universo, eles devem ter a oportunidade de fazê-lo com uma equipe igualmente entusiasmada e apaixonada pelo material. No entanto, se a série está voltando apenas para que a Paramount possa mostrar o que tem e promover outra franquia para todas as idades ao lado de SpongeBob e outras marcas do passado, isso prejudicará o legado de Avatar mais do que qualquer projeto live-action.
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