“Coringa: Delírio a Dois” divide opiniões e recebe indicação ao Framboesa de Ouro. O musical psicodélico, dirigido por Todd Phillips, explora a mente perturbada de Arthur Fleck e sua relação com Lee Quinzel. Apesar da estética visualmente impactante, a execução musical e o desenvolvimento da personagem de Lady Gaga são questionados.
Coringa: Delírio a Dois e a indicação ao Framboesa de Ouro: um paradoxo cinematográfico
O filme “Coringa” causou polêmica, com admiradores e críticos debatendo sua abordagem. “Coringa: Delírio a Dois” aprofunda a jornada de Arthur Fleck, explorando sua psicose e a relação complexa com Lee Quinzel. A estética visual impressiona, com destaque para a fotografia e o design de produção. A iluminação reforça o contraste entre o ambiente frio do Asilo Arkham e os delírios do protagonista.
A trama gira em torno da folie à deux, a psicose compartilhada entre Fleck e Lee. No entanto, a falta de profundidade na personagem de Gaga limita o desenvolvimento da narrativa. O longa se afasta da violência explícita do primeiro filme, focando na desconstrução psicológica de Fleck. Ele deixa de ser um anti-herói, tornando-se um homem preso em sua própria narrativa.
Os números musicais, que deveriam representar a mente fragmentada de Fleck, oscilam entre referências clássicas e shows extravagantes. A performance vocal de Joaquin Phoenix causa estranhamento, contrastando com a interpretação visceral de Lady Gaga. O filme propõe uma reflexão sobre a violência e a masculinidade tóxica, questionando a possível glorificação do ressentimento masculino. O roteiro, porém, torna-se didático em alguns momentos. Há filmes que prometem tensão insuportável e prendem sua atenção até o fim, será que “Coringa: Delírio a Dois” se encaixa nesse quesito?
Reinventando a Narrativa: Coringa: Delírio a Dois e a Fragilidade Humana
“Coringa: Delírio a Dois” reinterpreta o primeiro filme, retirando de Fleck o controle de sua história. Ele é exposto ao escrutínio, propondo uma nova leitura sobre violência e masculinidade tóxica. Embora inovadora, a abordagem didática do roteiro compromete a sutileza da mensagem. As sequências musicais, apesar de ousadas, nem sempre se justificam na narrativa.
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O filme se distancia da estrutura do original, mas depende dela para causar impacto. Ao mesmo tempo em que tenta se desviar da adoração a Fleck, o coloca novamente como centro das atenções. Vale lembrar que há diversos filmes que viraram séries com adaptações promissoras. “Coringa: Delírio a Dois” nos deixa com a reflexão sobre uma sociedade que transforma delírios em símbolos, explorando a fragilidade humana de um personagem complexo e perturbador. Talvez seja interessante conferir novos filmes com suspense para aumentar a adrenalina e te deixar na ponta da cadeira.
Filme: Coringa: Delírio a Dois
Diretor: Todd Phillips
Ano: 2024
Gênero: Musical/Thriller
Avaliação: 7/10
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Revista Bula