Crítica filme Maria: O filme Maria, que chegou aos cinemas brasileiros recentemente, narra os últimos dias da icônica cantora de ópera Maria Callas, interpretada por Angelina Jolie. A direção é de Pablo Larraín, conhecido por seus trabalhos biográficos com foco em mulheres do século XX, como Jackie e Spencer.
Crítica filme Maria: O Olhar Melancólico de Larraín
Pablo Larraín, diretor de Maria, possui um estilo reconhecível. Seus filmes, como No, Jackie, Spencer e O Conde, se concentram em figuras históricas e momentos marcantes. Maria completa uma espécie de trilogia, seguindo Jackie e Spencer, explorando a solidão de mulheres de sucesso no século XX. A produção traz uma abordagem melancólica à vida da famosa soprano.
Em Maria, Angelina Jolie interpreta Callas em seus últimos dias, marcados pela solidão e pela incerteza entre realidade e delírio. O filme acompanha a cantora em seu apartamento em Paris, onde enfrenta a depressão e reflete sobre sua vida. A interpretação de Jolie é discutida, com a atriz, segundo a crítica, não conseguindo se fundir completamente à personagem.
A construção da solidão feminina é um ponto central da abordagem de Larraín. Tanto em Spencer, com seus ambientes claustrofóbicos, quanto em Maria, com seus espaços abertos, a sensação de isolamento é transmitida com eficácia. Apesar disso, o roteiro de Steven Knight, segundo a crítica, não consegue dar todo o fôlego esperado à história, repetindo alguns elementos de Spencer e tornando o filme cansativo em alguns momentos.
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A atuação de Angelina Jolie é elogiada esteticamente, mas criticada quanto à capacidade de imersão no papel. A crítica aponta que, em alguns momentos, a personagem é ofuscada pela própria Angelina Jolie, o que prejudica a identificação do espectador. A produção conta ainda com a atuação de Haluk Bilginer como Aristóteles Onassis, ex-amante da cantora.
Crítica filme Maria: Uma Biografia Questionável
Apesar do potencial para indicações em premiações, Maria é descrito como um filme sonolento. A narrativa, que se apoia em delírios para contar a história da cantora, perde fôlego ao retornar ao presente. O roteiro, embora explore a melancolia e a solidão de Maria Callas, é criticado por sua repetição de fórmulas utilizadas em filmes anteriores do diretor e por seu ritmo lento.
A forma como a solidão feminina é retratada é um ponto forte, mas não é suficiente para compensar as falhas no roteiro. A repetição de elementos presentes em Spencer gera a sensação de déjà vu. A lentidão da narrativa, agravada pela falta de imersão da atriz na personagem, acaba afetando a experiência do espectador. A escolha pela estética melancólica, embora tenha seus méritos, não compensa a lentidão da trama.
A produção é apontada como uma cinebiografia que, paradoxalmente, não permite que o público veja a verdadeira Maria Callas. A personagem frequentemente fica obscurecida pela presença marcante da própria Angelina Jolie, impedindo uma conexão emocional mais profunda com a história. Isso é visto pela crítica como um dos principais pontos fracos do filme.
O filme Maria, apesar de seu potencial, acaba se tornando uma experiência pouco satisfatória por causa desses pontos. A melancolia e a languidez presentes na narrativa, embora apropriadas ao tema, não conseguem esconder as deficiências no roteiro e na atuação principal.
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Via CinePOP Cinema