Dead Dog: um filme libanês revela os dramas de um casamento em crise

Dead Dog, filme libanês, retrata a crise de um casamento à distância. Drama minimalista que explora a tradição da emigração masculina e suas consequências emocionais. Saiba mais!
Atualizado há 3 horas
Dead Dog filme Libanês

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Dead Dog filme Libanês, um filme minimalista, explora as nuances de um casamento em crise no Líbano. A diretora Sarah Francis, de Beirute, apresenta um casal de meia-idade que se reencontra após um longo período de separação. O filme, que estreou no International Film Festival Rotterdam (IFFR), aborda a tradição libanesa de homens que emigram para trabalhar e o impacto emocional dessa distância.

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Dead Dog filme Libanês: Uma história de distanciamento em um casamento libanês

Dead Dog acompanha Aida e Walid, um casal que passa quatro dias juntos na casa de família semiabandonada de Walid, no Líbano. A trama explora as complexidades de seu relacionamento desgastado, destacando a falta de comunicação e a crescente desconfiança entre eles. O filme aborda temas como afastamento, confiança e a dificuldade de manter a intimidade em um casamento marcado pela distância física e emocional. Financiado pelo Red Sea Fund e pelo Doha Film Institute, entre outros, Dead Dog oferece uma perspectiva sensível sobre os desafios enfrentados por muitos casais libaneses.

Além de Chirine Karameh, que interpreta Aida, e Nida Wakim como seu marido Walid, o elenco é reduzido. A trilha sonora de sintetizador e as cenas da natureza e do cachorro do casal, Punto, criam uma atmosfera densa e introspectiva. Interlúdios com voice-overs complementam a narrativa, transportando o espectador para diferentes momentos e lugares, adicionando camadas de significado à história. A diretora Sarah Francis explora a profundidade das emoções de forma sutil e minimalista.

A inspiração por trás de Dead Dog

Em entrevista, Francis revelou que a história, embora não seja autobiográfica, se inspira na realidade de muitas famílias libanesas. A emigração masculina em busca de trabalho é uma tradição secular no país, resultando em relacionamentos à distância e desafios para a vida conjugal. A diretora também explicou sua fascinação por temas como transições, espaços temporários e o “entre-tempos”. Em Dead Dog, ela busca capturar um pequeno ciclo de uma história maior, conectando diferentes momentos na mente do espectador. Assim como em seus trabalhos anteriores, como o documentário Fiume o morte!, Francis utiliza recursos sonoros e narrativos para criar uma experiência imersiva e multifacetada.

A escolha por personagens de meia-idade também foi deliberada. Francis acredita que essa fase da vida, muitas vezes sub-representada no cinema, é um momento crucial de autoavaliação e questionamentos sobre as escolhas do passado. A diretora busca retratar as “pequenas batalhas” do cotidiano, explorando as nuances dos relacionamentos interpessoais e os conflitos internos dos personagens. O filme Dead Dog se concentra na dinâmica do casal e na complexidade de suas emoções.

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Música e colaboração na construção da narrativa

A música desempenha um papel fundamental em Dead Dog. A trilha sonora de sintetizador, composta por Rabih Gebeile, e o design de som de Victor Bresse contribuem para a atmosfera introspectiva do filme. Uma canção árabe dos anos 80, “Love Over the Phone“, embala uma cena marcante em que Aida corta o cabelo de Walid. A letra da música, sobre a dificuldade de expressar sentimentos por telefone, ecoa a temática do distanciamento e da falta de comunicação no relacionamento do casal.

Francis destaca a importância da colaboração em seu processo criativo. Ela trabalhou em conjunto com os atores, a produtora Lara Abou Saifan e a editora Zeina Bou Hosn, buscando flexibilidade e receptividade a novas ideias em cada etapa da produção. A diretora valoriza a espontaneidade e a adaptação ao momento presente, combinando a lista de planos pré-definidos com as contribuições da equipe e suas próprias observações. O resultado é um filme que respira autenticidade, como visto na crítica de Tijolo por Tijolo.

O significado do título e a complexidade dos personagens

O título Dead Dog, que em português significa “Cachorro Morto”, gera curiosidade e questionamentos sobre seu significado simbólico. Francis esclarece que o título não se refere a uma metáfora grandiosa, mas sim a um elemento do cotidiano familiar. O cachorro, um animal de estimação querido, se torna um instrumento de manipulação e desconfiança entre o casal. Francis evita criar vilões ou vítimas na história. Ela se preocupa em retratar a perspectiva de cada personagem com cuidado, mostrando que ambos carregam suas próprias experiências e medos dentro do casamento.

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A diretora também celebra a oportunidade de apresentar ao público libanês os atores Chirine Karameh e Nida Wakim, ambos residentes no exterior. Chirine, com uma longa trajetória no teatro, retorna à atuação após um período dedicado à família e à psicologia. Nida, por sua vez, é um ator libanês que vive na Suíça e já atuou em produções na França e no Líbano. Francis espera que Dead Dog impulsione as carreiras de ambos em seu país de origem.

Dead Dog estreou no IFFR 2025, que aconteceu até 9 de fevereiro. O filme oferece uma reflexão profunda sobre relacionamentos, distanciamento e a busca por conexão em um mundo cada vez mais complexo, assim como outros filmes que prometem reflexões profundas.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via The Hollywood Reporter

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.