Dead Dog: um filme libanês revela os dramas de um casamento em crise

Dead Dog, filme libanês, retrata a crise de um casamento à distância. Drama minimalista que explora a tradição da emigração masculina e suas consequências emocionais. Saiba mais!
Atualizado há 7 dias
Dead Dog filme Libanês

Outros destaques

Prêmio Milestone da PGA
Annie Awards 2025
Oscar de Gladiator II
Lista de vencedores do DGA Awards
Leo Woodall em Bridget Jones

Dead Dog filme Libanês, um filme minimalista, explora as nuances de um casamento em crise no Líbano. A diretora Sarah Francis, de Beirute, apresenta um casal de meia-idade que se reencontra após um longo período de separação. O filme, que estreou no International Film Festival Rotterdam (IFFR), aborda a tradição libanesa de homens que emigram para trabalhar e o impacto emocional dessa distância.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Dead Dog filme Libanês: Uma história de distanciamento em um casamento libanês

Dead Dog acompanha Aida e Walid, um casal que passa quatro dias juntos na casa de família semiabandonada de Walid, no Líbano. A trama explora as complexidades de seu relacionamento desgastado, destacando a falta de comunicação e a crescente desconfiança entre eles. O filme aborda temas como afastamento, confiança e a dificuldade de manter a intimidade em um casamento marcado pela distância física e emocional. Financiado pelo Red Sea Fund e pelo Doha Film Institute, entre outros, Dead Dog oferece uma perspectiva sensível sobre os desafios enfrentados por muitos casais libaneses.

Além de Chirine Karameh, que interpreta Aida, e Nida Wakim como seu marido Walid, o elenco é reduzido. A trilha sonora de sintetizador e as cenas da natureza e do cachorro do casal, Punto, criam uma atmosfera densa e introspectiva. Interlúdios com voice-overs complementam a narrativa, transportando o espectador para diferentes momentos e lugares, adicionando camadas de significado à história. A diretora Sarah Francis explora a profundidade das emoções de forma sutil e minimalista.

A inspiração por trás de Dead Dog

Em entrevista, Francis revelou que a história, embora não seja autobiográfica, se inspira na realidade de muitas famílias libanesas. A emigração masculina em busca de trabalho é uma tradição secular no país, resultando em relacionamentos à distância e desafios para a vida conjugal. A diretora também explicou sua fascinação por temas como transições, espaços temporários e o “entre-tempos”. Em Dead Dog, ela busca capturar um pequeno ciclo de uma história maior, conectando diferentes momentos na mente do espectador. Assim como em seus trabalhos anteriores, como o documentário Fiume o morte!, Francis utiliza recursos sonoros e narrativos para criar uma experiência imersiva e multifacetada.

A escolha por personagens de meia-idade também foi deliberada. Francis acredita que essa fase da vida, muitas vezes sub-representada no cinema, é um momento crucial de autoavaliação e questionamentos sobre as escolhas do passado. A diretora busca retratar as “pequenas batalhas” do cotidiano, explorando as nuances dos relacionamentos interpessoais e os conflitos internos dos personagens. O filme Dead Dog se concentra na dinâmica do casal e na complexidade de suas emoções.

Leia também:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Música e colaboração na construção da narrativa

A música desempenha um papel fundamental em Dead Dog. A trilha sonora de sintetizador, composta por Rabih Gebeile, e o design de som de Victor Bresse contribuem para a atmosfera introspectiva do filme. Uma canção árabe dos anos 80, “Love Over the Phone“, embala uma cena marcante em que Aida corta o cabelo de Walid. A letra da música, sobre a dificuldade de expressar sentimentos por telefone, ecoa a temática do distanciamento e da falta de comunicação no relacionamento do casal.

Francis destaca a importância da colaboração em seu processo criativo. Ela trabalhou em conjunto com os atores, a produtora Lara Abou Saifan e a editora Zeina Bou Hosn, buscando flexibilidade e receptividade a novas ideias em cada etapa da produção. A diretora valoriza a espontaneidade e a adaptação ao momento presente, combinando a lista de planos pré-definidos com as contribuições da equipe e suas próprias observações. O resultado é um filme que respira autenticidade, como visto na crítica de Tijolo por Tijolo.

O significado do título e a complexidade dos personagens

O título Dead Dog, que em português significa “Cachorro Morto”, gera curiosidade e questionamentos sobre seu significado simbólico. Francis esclarece que o título não se refere a uma metáfora grandiosa, mas sim a um elemento do cotidiano familiar. O cachorro, um animal de estimação querido, se torna um instrumento de manipulação e desconfiança entre o casal. Francis evita criar vilões ou vítimas na história. Ela se preocupa em retratar a perspectiva de cada personagem com cuidado, mostrando que ambos carregam suas próprias experiências e medos dentro do casamento.

A diretora também celebra a oportunidade de apresentar ao público libanês os atores Chirine Karameh e Nida Wakim, ambos residentes no exterior. Chirine, com uma longa trajetória no teatro, retorna à atuação após um período dedicado à família e à psicologia. Nida, por sua vez, é um ator libanês que vive na Suíça e já atuou em produções na França e no Líbano. Francis espera que Dead Dog impulsione as carreiras de ambos em seu país de origem.

Dead Dog estreou no IFFR 2025, que aconteceu até 9 de fevereiro. O filme oferece uma reflexão profunda sobre relacionamentos, distanciamento e a busca por conexão em um mundo cada vez mais complexo, assim como outros filmes que prometem reflexões profundas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via The Hollywood Reporter

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.