A chefe do Channel 4, Alex Mahon, alertou sobre os perigos da mídia britânica se aproximar do modelo americano de notícias. Uma pesquisa encomendada pela emissora sobre os hábitos de consumo de notícias da Geração Z revelou dados preocupantes. Embora a situação do Reino Unido seja melhor que a de outros países, a tendência é preocupante.
Notícias da Geração Z: preocupações de Alex Mahon
Alex Mahon, em evento do Channel 4-RTS, apresentou os resultados da pesquisa. Ela destacou a diferença entre o Reino Unido e os EUA, onde muitas pessoas buscam informações em plataformas não verificadas ou com interesses econômicos nos algoritmos, priorizando a popularidade à veracidade. No Reino Unido, ainda há espaço para resistir a essa influência negativa, segundo ela.
A pesquisa do Channel 4 encontrou evidências claras de desinteresse democrático e uma crescente inclinação para o autoritarismo, especialmente entre jovens. 52% dos britânicos entre 13 e 27 anos acreditam que o país seria melhor governado por um líder forte, sem o controle do Parlamento e eleições, comparado a 40% daqueles entre 45 e 65 anos.
Mahon atribui isso à “policrise” enfrentada pelos jovens: preocupações com o clima, instabilidade econômica, tecnológica e geopolítica. A influência de figuras populares como Andrew Tate e Jordan Peterson sobre os jovens, especialmente homens, também foi citada. Pela primeira vez, a divisão ideológica é mais marcada pelo gênero do que pela educação, com mulheres jovens mostrando visões mais liberais em relação à igualdade de gênero, imigração e justiça racial.
O relatório aponta que 45% dos homens jovens sentem que a promoção da igualdade de gênero resultou em discriminação contra os homens. Mahon descreveu a relação dos jovens com as notícias como “social, ubíqua, ambiente e contestada”. Há sinais conflitantes sobre o consumo de informação, com jovens preferindo clipes de IA a livros, mas consumindo podcasts longos com facilidade. Um exemplo citado foi a entrevista de Trump com Joe Rogan, com 54 milhões de visualizações no YouTube.
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Soluções para o consumo de notícias da Geração Z
Apesar dos desafios, Mahon se mostrou otimista com a capacidade do Reino Unido de lidar com a situação. Ela sugeriu a introdução de selos de confiança, a expansão da regulamentação para que as notícias de serviço público tenham maior destaque em plataformas de mídia social e o treinamento de modelos de linguagem avançada para identificar notícias de serviço público. Para ela, a verdade objetiva e as notícias validadas devem ser consideradas um bem público.
A necessidade de garantir a presença dessas informações em novas plataformas é crucial, ao invés de vê-las como compensação para falhas de mercado regulamentadas em plataformas antigas. A pesquisa destaca a importância de um debate amplo sobre o futuro do jornalismo e o acesso à informação confiável, especialmente para a Notícias da Geração Z. A influência das redes sociais e o consumo de conteúdo em plataformas digitais exigem novas estratégias para combater a desinformação.
O desafio atual envolve a necessidade de equilibrar a liberdade de expressão com a responsabilidade de combater a proliferação de fake news e a polarização política, questões que impactam diretamente a formação da opinião pública. A busca por soluções inovadoras e a cooperação entre órgãos reguladores, plataformas digitais e veículos de comunicação são essenciais para garantir um ambiente informativo mais saudável e transparente.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Deadline
