Diretor Christophe Ruggia é condenado no caso Adèle Haenel de assédio sexual

Caso Adèle Haenel: diretor Christophe Ruggia condenado por agressão sexual. Saiba mais sobre o julgamento e o impacto do #MeToo na França.
Atualizado há 4 horas
Caso Adèle Haenel

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Em um caso emblemático do movimento #MeToo na França, o diretor Christophe Ruggia foi considerado culpado de agressão sexual contra a atriz Adèle Haenel, conhecida por seu papel em Portrait of a Lady on Fire. A sentença inclui dois anos de prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica e mais dois anos de pena suspensa. A promotoria havia pedido cinco anos de prisão, com três em regime aberto. Os advogados de Ruggia consideraram a decisão “injustificada” e anunciaram que irão recorrer.

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Em 2019, Haenel tornou pública a acusação de agressão sexual contra Ruggia em entrevista ao site investigativo francês Mediapart. Ela acusou o diretor de assédio e abuso sexual durante três anos, a partir de quando ela tinha 12 anos e ele 36. Na época, Ruggia a escalou para o longa The Devils (2001), no qual Haenel interpretou o papel principal. O filme, que aborda a história de um irmão e uma irmã que recorrem ao incesto, incluía cenas de nudez e sexo entre os jovens atores.

O Caso Adèle Haenel e o Julgamento de Christophe Ruggia

“Você se aproveitou da influência que tinha sobre a jovem atriz”, declarou o tribunal, citando depoimentos de outros adultos presentes no set de The Devils que relataram se sentir “desconfortáveis” com o comportamento “inapropriado” de Ruggia em relação a Haenel. Ruggia negou as acusações. Durante o julgamento, Haenel demonstrou sua raiva contra Ruggia, gritando para ele “calar a boca!” quando o diretor, em sua defesa, sugeriu que tentou protegê-la na adolescência e a aconselhou sobre como evitar o bullying na escola.

Haenel foi uma das primeiras atrizes francesas a apresentar acusações de agressão sexual após o movimento #MeToo. Na época, ela recebeu pouco apoio público da indústria cinematográfica francesa. Em 2020, Haenel deixou o 45º César Awards, o “Oscar francês”, em protesto. A atriz se revoltou com a premiação de Roman Polanski como melhor diretor por An Officer and a Spy. Vale lembrar que Polanski continua foragido da justiça americana por agressão sexual a uma menor na década de 1970, além de enfrentar outras acusações de agressão sexual, que ele nega. Gritando “Vergonha!”, Haenel saiu da cerimônia, seguida pela diretora de Portrait of a Lady, Céline Sciamma.

Em 2023, Haenel anunciou sua aposentadoria do cinema, citando a complacência e indiferença da indústria francesa ao movimento #MeToo como motivo. Desde então, a indústria francesa mudou de postura em meio a uma onda de acusações. Casos como o da atriz Judith Godrèche contra os diretores Benoît Jacquot e Jacques Doillon; as múltiplas acusações de agressão e má conduta contra o ator Gerard Depardieu; e a recente condenação do presidente do Conselho Nacional do Cinema (CNC), Dominique Boutonnat, por agressão sexual ao seu afilhado, contribuiram para essa mudança.

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A Academia César alterou recentemente suas regras, suspendendo o direito de voto de membros que enfrentam acusações de violência criminal, particularmente de natureza sexual. Além disso, proibiu que esses membros sejam indicados à premiação. A repercussão do caso de Adèle Haenel influenciou mudanças significativas na indústria cinematográfica francesa, gerando debates e reflexões sobre o tratamento dado às mulheres no cinema.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via The Hollywood Reporter

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André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.