Já ouviu falar de “Gina”? A cineasta austríaca Ulrike Kofler, conhecida por seu trabalho como editora em filmes como Corsage, está lançando seu segundo longa como diretora. “Gina” promete emocionar ao contar a história de uma garota de 9 anos que enfrenta dificuldades familiares. O filme, que teve sua estreia no Festival de Cinema de Glasgow, aborda temas como pobreza e trauma geracional sob a perspectiva de uma criança.
A Perspectiva Infantil em ‘Gina’
Ulrike Kofler, que também dirigiu e co-escreveu What We Wanted, traz agora Diretor de Gina, um drama familiar que acompanha a vida de uma menina de nove anos, interpretada por Emma Lotta Simmer. A jovem atriz faz sua estreia nas telas vivendo Gina, que cuida de seus dois irmãos em uma casa onde a mãe, jovem e grávida, luta para garantir o sustento. A situação familiar é agravada pelas visitas frequentes dos serviços de proteção à criança.
Kofler, mãe de dois filhos, incluindo um filho adotivo, optou por mostrar o mundo pelos olhos de Gina. A intenção é destacar como a pobreza, os problemas sociais e os traumas são transmitidos de geração em geração, sem perder a esperança de que a mudança é possível. O elenco conta ainda com Gerti Drassl e Uschi Strauss.
O filme teve sua estreia no Reino Unido como parte do foco no cinema austríaco no Festival de Cinema de Glasgow, que se estendeu até 9 de março. Em entrevista, Kofler compartilhou detalhes sobre sua abordagem ao tema da pobreza geracional e como foi trabalhar com crianças para transmitir a perspectiva de uma criança.
Ao ser questionada sobre como abordou Gina e a decisão de contar a história a partir de uma perspectiva raramente vista, Kofler explicou que sempre foi essencial para ela narrar a história pelos olhos da criança. A cineasta revelou que, durante o processo de escrita do roteiro, detalhes como o gênero da criança e o número de irmãos foram se desenvolvendo gradualmente, mas a perspectiva infantil sempre foi o foco central.
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O Processo de Criação e o Elenco Infantil
Para garantir a autenticidade da perspectiva infantil, Kofler e seu diretor de fotografia, Robert Oberrainer, decidiram posicionar a câmera na altura das crianças o máximo possível. Essa escolha técnica visava proporcionar ao público uma imersão maior na visão de mundo de Gina.
A diretora também compartilhou detalhes sobre o processo de seleção do elenco infantil, destacando a importância do trabalho da diretora de elenco Rita Waszilovics e do assistente de elenco Paul Ploberger. Kofler revelou que foram avaliadas entre 200 e 300 crianças até encontrarem Emma Lotta Simmer, que nunca havia atuado antes. Emma, ao ver um aviso de teste em sua escola, pediu aos pais para gravarem um vídeo com o celular, e assim conquistou o papel. Os atores que interpretam os irmãos mais novos de Gina são irmãos na vida real, o que contribuiu para a dinâmica familiar autêntica.
Sobre o trabalho com as crianças e o desenvolvimento de suas relações com os adultos, Kofler enfatizou a importância de um longo período de preparação. Ela mencionou que passou um verão inteiro se encontrando com as crianças, fazendo ensaios e atividades recreativas, como ir nadar. Esse processo permitiu que todos se aproximassem e desenvolvessem uma relação de confiança.
A cineasta respondeu também a perguntas sobre as dificuldades de abordar temas tão sérios como alcoolismo e pobreza com crianças. Kofler explicou que esses temas foram amplamente discutidos, mas que também houve momentos de diversão no set. Emma, inclusive, comentou que, ao voltar para casa após as filmagens, sentia-se feliz por ter uma família estruturada.
O Suporte à Criança no Set
Para facilitar a compreensão da história por parte das crianças, foi criado um roteiro adaptado. Além disso, a produção contou com o apoio de dois preparadores infantis, Christine Hartenthaler e Paul Ploberger, que estiveram presentes durante todo o processo, incluindo a preparação para o filme. Kofler ressaltou a importância do apoio dos pais, que estiveram frequentemente no set. Contrariando a opinião de alguns de seus professores de cinema, a diretora considera que a presença dos pais foi fundamental para o bem-estar e o desempenho das crianças.
Ao ser questionada sobre cenas particularmente desafiadoras, Kofler mencionou apenas uma situação em que a atriz mirim teve dificuldades. Em uma cena em que a mãe de Gina gritava com a menina, Emma expressou que não conseguiria suportar a agressividade. Para contornar a situação, a equipe optou por gravar a cena com a atriz Marie-Louise Stockinger apenas simulando os gritos, sem emitir som, e o áudio foi adicionado na edição.
Kofler também compartilhou detalhes sobre o desenvolvimento visual de seus filmes, mencionando o uso de mood boards e a associação de imagens e desenhos às cenas do roteiro. A diretora explicou que as sombras presentes no filme surgiram intuitivamente como parte da atmosfera geral, mas que, posteriormente, ela passou a vê-las como um símbolo das gerações passadas que lançam suas sombras sobre as futuras.
Por fim, Kofler revelou que está trabalhando em novos projetos, incluindo a edição de filmes com Marie Kreutzer e a escrita de uma história baseada em um caso real de culpabilização da vítima. Para saber mais sobre temas como pobreza, você pode conferir mais sobre o assunto.
Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.
Segunda: Via The Hollywood Reporter