Os fãs do Batman estão passando por uma fase de escassez de filmes live-action. A sequência de The Batman foi adiada para outubro de 2027, criando um intervalo de cinco anos e meio entre os filmes. O projeto Batman: The Brave and the Bold, dirigido por Andy Muschietti, também parece estar parado. James Gunn afirmou que os projetos do DCU só avançam com os roteiros prontos. Mas será que essa demora tem outra explicação?
Dois Batmans no cinema: Uma discussão sobre o futuro do herói
Há rumores de que a DC está repensando o papel do Batman no DCU. A ideia de que Robert Pattinson, de The Batman, seja o Batman oficial do DCU, ao invés de introduzir uma versão diferente em The Brave and the Bold, foi até mesmo considerada por Gunn. Será que essa decisão seria acertada?
Essa seria uma decisão ruim. Apesar de adorarmos a versão de Pattinson, ele não combina com outros heróis do DCU como o Superman de David Corenswet e o Green Lantern de Aaron Pierre. Por que dois Batmans são melhores do que um único no cinema?
As limitações do universo do Batman de Matt Reeves
Apesar do sucesso de The Batman, a visão sombria e noir de Matt Reeves não se encaixa perfeitamente em um universo compartilhado como o DCU. É difícil imaginar esse Batman ao lado de heróis como Superman e Mulher-Maravilha, ou na Liga da Justiça. Reeves chamou seu universo de “The Batman Epic Crime Saga”, destacando seu tom sério e realista.
Mesmo dentro do universo do Batman, essa versão apresenta limitações. É um Batman muito específico, preso a uma visão sombria de Gotham e seu submundo. Os quadrinhos da DC oferecem várias interpretações do personagem – Batman sombrio, Batman camp, Batman aventureiro – enquanto a saga de Reeves é exclusivamente sombria. Muitos vilões icônicos do Batman, como Mister Freeze e Poison Ivy, mal se encaixam nessa realidade.
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A abordagem de Reeves funcionou em The Batman, The Penguin e em quadrinhos como The Riddler: Year One. Mas essa visão limitada torna o Batman de Pattinson inadequado para o DCU de Gunn. O tom mais leve e fantasioso do DCU, visto em Creature Commandos e nos trailers do Superman, contrasta com o realismo de Reeves.
Embora possa ser divertido ver o Batman de Pattinson no DCU, seria forçar uma peça quadrada em um buraco redondo. Este Batman não é um jogador de equipe, enquanto o DCU precisa de um Batman que seja. Há espaço para diferentes versões do personagem.
O DCU precisa de um Batman mais “quadrinhos”
O DCU necessita de um Batman que conviva com heróis como o Superman de Corenswet. Um Batman em uma Gotham com vilões coloridos e criminosos. Um Batman com uma Bat-família completa. Em resumo, um Batman mais próximo dos quadrinhos tradicionais, menos preso à escuridão e ao pathos.
Precisamos de um Batman que possa fazer parte da Liga da Justiça. Pattinson é ótimo, mas não é como o Batman de Ben Affleck, que comandava seus companheiros e superava situações difíceis com facilidade. O DCU precisa de um Batman que abrace personagens como Robin, Batgirl e Nightwing.
Batman: The Brave and the Bold se inspira nos quadrinhos de Grant Morrison e foca na dinâmica pai/filho entre Bruce e Damian Wayne. Isso exige um Batman mais velho e acolhedor, não o vigilante solitário e jovem que vimos em The Batman. A menos que Gunn descarte a história de Damian Wayne, usar Pattinson não faria sentido.
O público está precisando de uma mudança nas aventuras cinematográficas do Batman. Filmes do Batman ficaram cada vez mais sombrios e violentos. Nolan os transformou em filmes de James Bond com vigilantes mascarados. Snyder nos deu um Batman que marca criminosos e se afoga no álcool. Reeves foi ainda mais longe, criando uma visão de Gotham quase infernal. A que ponto paramos de fazer filmes do Batman para crianças?
Novamente, não se trata de criticar a visão de Reeves, mas de argumentar que há espaço para mais de uma versão do Batman. O DCU não precisa do Batman solitário de Pattinson, mas sim de uma versão que se encaixe em The Brave and the Bold e que atraia um público maior. Uma versão não precisa anular a outra. Elas podem coexistir.
Historicamente, a DC era relutante em permitir múltiplas versões de personagens em live-action. Mas depois de The Flash (2023), com três Batmans, essa filosofia parece ter mudado. O público está preparado para um multiverso de super-heróis, como visto em Spider-Man: No Way Home (2021). É hora de estabelecer o Bat-Verse.
Embora Gunn tenha considerado usar o Batman de Pattinson, não parece haver planos sérios para isso. É mais sensato que o DCU tenha sua própria versão, com sua própria história. E se o resultado for mais filmes do Batman nos cinemas, melhor ainda.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via IGN