Entrevista com Michael Bay sobre seu novo filme de parkour

Michael Bay compartilha detalhes sobre seu novo filme de parkour e os desafios da produção.
Atualizado há 1 mês
Michael Bay parkour
Michael Bay parkour

Michael Bay, o mestre dos filmes de ação, está de volta e, como sempre, cheio de energia. Desta vez, ele nos apresenta “We Are Storror”, um documentário eletrizante sobre parkour que estreou no South by Southwest Film Festival. Em uma entrevista exclusiva, Bay fala sobre o filme, a situação atual de Hollywood, os memes de Michael Bay parkour no TikTok e como Ben Affleck acertou em cheio o final de “Armageddon”. Prepare-se, porque conversar com Michael Bay continua sendo uma explosão!

Direto de Miami, Michael Bay não é fã de entrevistas agendadas. Ele liga quando está pronto para conversar, o que, vamos combinar, combina perfeitamente com seu estilo. O diretor de sucessos como “A Rocha” e a franquia “Transformers” está promovendo seu novo documentário sobre parkour, “We Are Storror”. E claro, ele não se esquiva de responder perguntas sobre Hollywood, os memes do TikTok e o final emocionante de “Armageddon”, que faz marmanjos chorarem há 27 anos.

A energia de Michael Bay e o novo documentário ‘ilegal’

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Bater um papo com Bay é como assistir a um de seus filmes de sucesso: pura energia, otimismo e um humor jovial (e palavrões, muitos palavrões). Aos 60 anos, ele continua com a mesma voz que esperamos de Michael Bay: a de um cara pronto para explodir tudo. “Ah, você mora em Austin?”, ele pergunta. “Eu já incendiei uma casa lá uma vez!”.

E por falar em manter a jovialidade, esse é um dos temas centrais de “We Are Storror”. O filme acompanha um grupo de sete atletas de parkour do Reino Unido que documentam suas aventuras ao redor do mundo há 18 anos. Com imagens novas e de arquivo, o documentário conta a história dessa irmandade que salta de telhado em telhado, e que agora, perto dos 30, começa a perceber que o corpo não responde mais como antes. Fãs de documentários sobre esportes radicais vão se lembrar de “Free Solo” e “Fly”.

O resultado é exatamente o que se espera de Bay: emocionante e cheio de ação, mas também focado nos personagens e em suas emoções. É um de seus melhores trabalhos e, como ele mesmo explica, foi quase tão assustador de fazer quanto para a equipe de parkour pular de prédios.

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Em entrevista ao The Hollywood Reporter, Bay falou sobre a produção de “We Are Storror”, a situação de Hollywood, os memes do TikTok e o final de “Armageddon”. Ele confessou que até para ele está difícil emplacar um filme em Hollywood hoje em dia. Por isso, decidiu fazer um projeto “ilegal”. “Literalmente”, diz Bay, “eu não podia estar envolvido”.

A origem de ‘We Are Storror’

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Segundo Bay, foram cinco anos até o filme chegar às telas. Tudo começou quando ele viu uma reportagem no “60 Minutes” sobre wingsuits e chamou os atletas para seu escritório. Ele queria saber se eles topariam voar por Chicago em “Transformers 3” ou “4” (na verdade, foi o 3). Depois, durante a produção de “Esquadrão 6” (2019), ele pediu para encontrarem a melhor equipe de parkour do mundo, e foi assim que ele conheceu o Storror.

Bay percebeu que eles eram atletas de elite, apesar de parecerem apenas caras que faziam vídeos para o YouTube. Ele acompanhou os treinos deles por quatro meses e viu a dedicação e o risco envolvidos. “Imagine um jogador da NFL que só pode derrubar uma bola na carreira. Ou um jogador de baseball que tem que acertar todas as bolas”, compara Bay.

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Durante a pandemia, Drew Taylor, do Storror, procurou Bay para propor um filme. Bay topou, mas sabia que seria um desafio. Afinal, nem todo mundo sabe o que é parkour. Ele queria mostrar os personagens e o “porquê” deles fazerem isso. “É isso que as pessoas querem saber, porque eles estão brincando com a morte”, explica Bay.

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Habituado a filmar acrobacias com segurança e proteção, Bay se viu em uma situação diferente. Os atletas não usavam equipamentos de segurança e, pior, tudo o que eles faziam era ilegal. Por isso, ele não podia filmar. Teve que licenciar as imagens e pedir conselhos a Jimmy Chin, codiretor de “Free Solo”, sobre como filmar sem atrapalhar os atletas e evitar acidentes.

Ele não podia estar no set e não queria compactuar com o que eles estavam fazendo. As questões legais eram enormes e levaram cinco anos para serem resolvidas. Bay focou em criar uma visão geral e analisar o vasto acervo de imagens para contar a história dos personagens, algo que eles não sabiam como fazer sozinhos.

Os limites e aprendizados na produção

Bay conta que eles mostraram alguns lugares para ele, mas ele preferiu não dar sugestões e deixar que eles fizessem tudo da forma mais segura possível. Ele chegou a escrever uma carta dizendo que, como diretor da DGA, não aprovava nada do que eles estavam fazendo. Apesar do humor, a preocupação era real.

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Ao trabalhar com o Storror em “Esquadrão 6”, eles aprenderam muito com Bay, principalmente sobre o uso de GoPros em diferentes lugares. Eles chegavam a colocar as câmeras na boca, com um tubo de respiração. Mas Bay também aprendeu com eles, principalmente sobre a precisão dos pousos. “Eles têm tantas técnicas. Eles conseguiam acertar tudo em um inch, e era isso que eu queria mostrar. Era tudo sobre mortalidade. Era uma coisa desconfortável. Eu disse, ‘Escutem, vocês estão ficando velhos'”, revela Bay.

Essa questão do envelhecimento adiciona uma camada extra de profundidade ao filme. Bay se considera um chorão em filmes e confessa que, ao ver o final, começou a chorar e percebeu o quanto amava aqueles caras. “Há algo adorável no filme”, diz ele.

Bay faz questão de ressaltar o quão cinematográfico é o filme e a importância de exibi-lo em cinemas, especialmente em Imax. Ele acredita que “We Are Storror” tem potencial para atrair muitos fãs ao redor do mundo e que a experiência na tela grande seria incrível.

Os desafios de Hollywood e os projetos futuros de Michael Bay

Michael Bay, um dos maiores criadores de sucessos de bilheteria, observa que, hoje em dia, é difícil emplacar filmes originais, que não sejam baseados em propriedades intelectuais já existentes. Ele relata uma conversa com James Cameron, onde ambos lamentaram a lentidão e a dificuldade de conseguir sinal verde para projetos em Hollywood.

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Bay relembra os tempos de “Armageddon”, quando ele e o roteirista Jonathan Hensleigh criaram um pitch de 20 minutos com a ajuda de um especialista da NASA. Eles apresentaram a ideia para Joe Roth, então presidente da Walt Disney, que aprovou o filme imediatamente e ainda sugeriu o título “Armageddon”. “Isso não acontece mais”, lamenta Bay.

O diretor também comentou sobre sua carreira como diretor de videoclipes, iniciada aos 23 anos. Ele dirigiu clipes para artistas como Donnie Osmond e Meat Loaf, e foi através do vídeo de “I’d Do Anything for Love (But I Won’t Do That)” que Jerry Bruckheimer o descobriu. Bay também teve a oportunidade de conhecer Steven Spielberg, que o convidou para dirigir seu primeiro filme.

Questionado sobre a possibilidade de revisitar sucessos como “A Rocha” e “Armageddon”, Bay revelou que existe um projeto chamado “Black Five”, uma ideia original que surgiu durante as conversas com um físico da NASA na época de “Armageddon”. Ele também expressou seu desejo de continuar explorando diferentes áreas e de se manter interessado em filmar.

O segredo do final emocionante de ‘Armageddon’

A cena final de “Armageddon”, onde Ben Affleck se despede de Bruce Willis, é famosa por arrancar lágrimas até dos mais durões. Bay revelou que, durante a filmagem, Affleck estava com uma forte gripe estomacal e precisava vomitar em um balde entre as tomadas. Apesar disso, ele entregou uma atuação incrível, em parte por causa do seu estado físico.

Quanto aos seus próximos projetos, Bay mencionou um possível filme com Will Smith na Netflix, “Fast and Loose”, sobre um chefe do crime que perde a memória. No entanto, ele ressaltou que nada está garantido até que o projeto esteja em produção. “É como Jerry Bruckheimer diz: ‘Você tem que rolar a pedra montanha acima, e então você tem que rolar outra pedra montanha acima, e então você tem que forçar a produção'”, brinca Bay.

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Para finalizar, Bay comentou sobre o famoso meme “Dirigido por Michael Bay”, que viralizou no TikTok. Ele se diverte com a criatividade das pessoas em transformar situações cotidianas em cenas explosivas e dramáticas. “Eu não estou no TikTok, mas existem milhões deles. É histérico. Você sempre pode ter detratores, ou o que quer que seja. Mas eu amo entreter as pessoas”, conclui Bay.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via The Hollywood Reporter

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.