Ethan Hawke defende que cineastas produzam arte que provoque reflexão, mesmo que “ofensiva”, em um mundo onde a política é um tema constante. Durante o Festival de Cinema de Berlim, Hawke, acompanhado por Margaret Qualley, Andrew Scott e o diretor Richard Linklater, promoveu seu novo filme, Blue Moon. O elenco discutiu a importância de não priorizar o lucro em detrimento da arte, destacando como o foco excessivo em dinheiro pode levar à criação de obras genéricas e pouco impactantes.
A Priorização do Dinheiro na Indústria Cinematográfica
Hawke expressou sua preocupação com a excessiva valorização do dinheiro em Hollywood, argumentando que essa mentalidade sufoca a criatividade e impede a produção de obras mais ousadas e provocativas. Ele enfatizou que o público tem um papel crucial em demandar por arte que desafie as convenções e estimule o debate, em vez de consumir apenas o que é considerado seguro e comercialmente viável.
Segundo Hawke, a comunidade precisa valorizar a arte “ofensiva” e dar a ela um espaço na sociedade. “O público precisa se importar, caso contrário, não vende”, afirmou o ator. Ele acredita que a priorização do dinheiro leva a materiais genéricos, feitos para agradar o máximo de pessoas possível, o que ele considera prejudicial para a expressão artística.
O ator incentivou o público a exigir arte que desafie e provoque, argumentando que, se houver demanda, essa arte será produzida. “Se você ama arte ofensiva e a quer, então exija-a, e você a terá, ela será feita. No momento, as pessoas não acham que vão ganhar dinheiro com isso, então não é feita”, concluiu Hawke, gerando aplausos dos jornalistas presentes.
Richard Linklater e a Arte como Escapismo
Richard Linklater, conhecido por filmes como “Boyhood”, que ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim em 2014, compartilhou suas perspectivas sobre o papel da arte em tempos desafiadores. Ele observou que tempos “ofensivos” frequentemente inspiram arte “ofensiva”, mas também reconheceu que o cinema sempre teve um forte componente de escapismo.
Leia também:
Linklater expressou que a maioria das pessoas busca escapar um pouco da realidade, e que a arte, especialmente o cinema, serve como uma forma de fuga. Ele também notou que pode haver menos arte “ofensiva” sendo produzida agora em comparação com o passado. Quando questionado sobre comprometer sua visão artística em prol do sucesso comercial, Linklater afirmou que raramente fez concessões ao longo de sua carreira.
Ele explicou que seus filmes geralmente são de baixo orçamento, o que lhe permite manter o controle criativo e fazer o que bem entender. “Você ouve as histórias de horror e a indústria cinematográfica pode ser uma colisão interessante entre arte e comércio. Mas eu fui amplamente poupado disso ao longo de todos esses anos”, disse o diretor.
A Inspiração de Margaret Qualley em Linklater e Hawke
Margaret Qualley, que também estrela Blue Moon, compartilhou como os trabalhos anteriores de Linklater e Hawke influenciaram sua jornada pessoal e profissional. Ela mencionou que, durante sua adolescência, enquanto tentava descobrir quem era, recorreu aos filmes da dupla, como a trilogia “Before”, para encontrar inspiração e orientação.
Para Qualley, a oportunidade de trabalhar com Linklater e Hawke foi surreal, considerando o quanto cresceu assistindo aos filmes e acompanhando a colaboração deles. “Para me preparar para isso, eu apenas fiz o que eles me disseram para fazer”, brincou a atriz, demonstrando sua admiração e confiança nos diretores.
Em resposta ao elogio de Qualley, Hawke expressou sua admiração pelo comprometimento da atriz com o trabalho. “Fiquei tão impressionado que ela estava tão comprometida e espero que isso mostre que os jovens estão atacando seu trabalho. Foi realmente emocionante para mim”, afirmou Hawke.
Andrew Scott e o Apoio à Performance de Ethan Hawke
Andrew Scott, outro membro do elenco de Blue Moon, comentou sobre sua experiência no filme, afirmando que seu papel era principalmente apoiar a performance de Ethan Hawke. Scott elogiou a facilidade com que estabeleceu uma relação com Hawke e como foi fascinante observar a transformação do ator para o papel.
A colaboração entre os atores parece ter sido um ponto alto da produção, com Scott destacando a admiração que sentiu ao testemunhar o processo criativo de Hawke. A dinâmica entre os membros do elenco e o diretor Richard Linklater parece ter contribuído para uma atmosfera de trabalho positiva e colaborativa.
O filme Blue Moon estreou no Festival de Cinema de Berlim, que aconteceu de 13 a 23 de fevereiro. O filme é centrado nos últimos dias de Lorenz Hart (interpretado por Ethan Hawke), que fez parte da dupla de compositores Rodgers & Hart. A história se passa no restaurante Sardi’s em 31 de março de 1943, na noite de estreia de Oklahoma!
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.