O governo do Reino Unido estuda obrigar emissoras a financiar regularmente o CIISA (Creative Industries Independent Standards Authority), órgão de combate ao bullying. A informação é exclusiva do Deadline.
A proposta visa garantir recursos para a organização, que ainda não foi oficialmente lançada. O órgão possibilita denúncias anônimas de assédio e bullying por freelancers, sem medo de represálias.
Financiamento de CIISA para emissoras do Reino Unido: Uma Nova Abordagem
A secretária de Cultura do Reino Unido, Lisa Nandy, considera o CIISA essencial para combater o bullying e o assédio na indústria televisiva e cinematográfica. A obtenção de financiamento de longo prazo, na casa dos milhões de libras, tem sido um desafio.
Nandy já expressou publicamente seu desejo de colocar o CIISA em funcionamento. Ela criticou grandes empresas do setor televisivo que não apoiam financeiramente a iniciativa, como a Banijay, produtora do MasterChef. Uma das opções em discussão é a criação de uma lei que obrigue as emissoras do Reino Unido a financiar o CIISA regularmente.
O prospecto recente do CIISA indica custos operacionais de cerca de £1,5 milhão (US$ 1,9 milhão) no primeiro ano, subindo para pouco mais de £2 milhões no ano seguinte. O modelo de financiamento proposto envolve contribuições anuais de até 0,1% do faturamento das organizações.
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Em depoimento a uma comissão parlamentar, Jen Smith, diretora do CIISA, afirmou que o órgão está “avaliando uma série de modelos alternativos”. Todas as opções estão em aberto, incluindo a obrigatoriedade por lei. Fontes afirmam que a ideia da secretária de Cultura é apenas uma das várias em consideração. Emissoras como a Sky, grandes empresas de streaming e produtoras já apoiam financeiramente o CIISA.
A proposta de Nandy tornaria esse apoio obrigatório por lei. Isso ajudaria a garantir o futuro do órgão a longo prazo. Uma porta-voz do Departamento de Cultura, Mídia e Esporte (DCMS) afirmou que “a secretária de Cultura se reuniu recentemente com o CIISA”.
O encontro discutiu como o governo e o setor podem trabalhar juntos para melhorar os padrões e o comportamento no ambiente de trabalho nas indústrias criativas. “O CIISA tem um papel essencial a desempenhar no setor”, segundo a porta-voz.
O DCMS está analisando “uma série de medidas para consolidar a autoridade do CIISA. O objetivo é garantir que eles tenham o apoio e a adesão adequados de todo o setor”, acrescentou a porta-voz. Estrelas como Keira Knightley, Emerald Fennell e Gemma Chan apoiam publicamente o CIISA.
Elas assinaram uma carta aberta no ano passado pedindo mais financiamento. O CIISA surgiu do movimento Time’s Up UK. Isso ocorreu após as acusações contra Noel Clarke, ator de Doctor Who, que ele nega.
Desde então, houve vários casos de má conduta no setor. Há alegações contra Huw Edwards, Russell Brand e Gregg Wallace (Brand e Wallace negam as acusações). Brand afirma que todos os seus relacionamentos foram consensuais, enquanto os advogados de Wallace negam que ele tenha se envolvido em comportamento de “natureza sexualmente assediante”.
Em entrevista ao Deadline no ano passado, Smith disse que o CIISA atuará como um “disjuntor” para o bullying e o assédio. “O modelo que estamos construindo poderia ajudar as indústrias criativas internacionalmente”, afirmou ela. Esse modelo pode receber um grande impulso se Nandy seguir com seu plano.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Deadline