IFFR Pro 2025: Marten Rabarts discute a importância dos mercados de coprodução

IFFR Pro 2025: Descubra o futuro do cinema independente com foco em cineastas experimentais e em situação de risco. Saiba mais!
Atualizado há 4 dias
IFFR Pro 2025

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Marten Rabarts, o novo diretor da seção IFFR Pro 2025 do Festival Internacional de Cinema de Roterdã, discute o apoio a cineastas experimentais, LGBTQ+ e em situação de risco. Ele também aborda os desafios da indústria cinematográfica independente, como a redução do investimento de plataformas de streaming em filmes de arte e os temores de autocensura.

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IFFR Pro 2025: Um olhar sobre o futuro do cinema independente

O IFFR Pro, braço do Festival Internacional de Cinema de Roterdã voltado para a indústria, está a todo vapor. Diferente de outros mercados que focam em produções comerciais, o IFFR Pro concentra-se em projetos e cineastas fora do mainstream. Muitos vêm de regiões com pouca ou nenhuma indústria independente. O CineMart, com 42 anos de existência, é considerado por Rabarts como o “OG dos mercados de coprodução”. A seleção de 2025 inclui filmes como Enkop (The Soil), um neo-western queniano, e Something Strange Happened to Me, um filme ucraniano sobre luto e trauma em tempos de guerra. A seleção também reflete a ansiedade na comunidade LGBTQ+ com filmes como Black Is Blue, que aborda identidades trans em um futuro distópico. O Hubert Bals Fund (HBF), fundo de financiamento para cinema independente global, tem papel fundamental no mercado de Roterdã. Vários projetos apoiados pelo HBF estão na seleção oficial e no Darkroom, seção de projetos em andamento do IFFR Pro. Há também um foco especial na Geórgia, onde cineastas enfrentam pressões políticas e financeiras. Além das mostras de projetos, o IFFR Pro 2025 sedia a 25ª edição do Rotterdam Lab, evento de networking e mentoria para produtores emergentes. Um novo Writers and Directors Lab está previsto para 2026, complementando o Producers Lab existente.

O diferencial do IFFR Pro

Rabarts destaca o IFFR Pro como o “primeiro e original mercado de coprodução” dedicado a apoiar o “cinema urgente, convincente e artisticamente impecável”. O foco está em cineastas com vozes extraordinárias e histórias urgentes e relevantes, combinando arte e significado. A curadoria de 2025 busca filmes que abordem justiça social, autoritarismo, comunidades em risco e futuros distópicos. Rabarts ressalta o interesse de profissionais da indústria em projetos com potencial para impactar positivamente o mundo.

O impacto do cenário político

O cenário político europeu, com a ascensão de governos de direita, afeta a indústria cinematográfica. A dependência de subsídios estatais torna difícil a produção de filmes progressistas. O IFFR Pro, porém, se mantém independente do governo holandês e não sofre pressões para autocensura.

A relevância do financiamento por coprodução

Os modelos de financiamento por coprodução evoluíram, com produtores americanos buscando cada vez mais esse modelo. Rabarts destaca que os sistemas europeus de soft money e coprodução estão interligados. É raro encontrar filmes europeus que não sejam coproduzidos. Os instrumentos financeiros e os tratados existentes promovem as coproduções e impulsionam a necessidade de mercados como o IFFR Pro. Há interesse em diferentes modelos de financiamento, especialmente dos EUA, Ásia e Índia, e o IFFR Pro oferece sessões para educar produtores sobre esses modelos, buscando um equilíbrio no mercado.

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Novidades no IFFR Pro

O Darkroom, mercado para obras em andamento, foi expandido e inclui projetos de realidade virtual imersiva. Em 2026, será lançado o Business of Art Lab para educar profissionais criativos sobre negócios, como propriedade intelectual, fluxos de receita e financiamento. O IFFR Pro também prepara um mercado para cineastas em situação de risco, sem a necessidade de produtor, roteiro ou financiamento prévio.

O impacto das plataformas de streaming

A ascensão das plataformas de streaming mudou o financiamento e distribuição de filmes de arte. Após um período inicial de grande investimento, houve uma redução nas compras. Rabarts destaca a importância dos festivais como fonte de receita para esses filmes. Fundos europeus, como o HBF, estão investindo em menos filmes, mas com maior qualidade, em sinergia com a missão do IFFR Pro.

Projetos em destaque

Rabarts destaca Black Is Blue, de Cheryl Dunye, cineasta queer que dirigiu séries como Bridgerton e Queen Sugar. O filme, que aborda identidades trans em um futuro distópico, combina experiência artística e comercial. Outro destaque é Unidentified Actress, do indiano Ashim Ahluwalia, cineasta reconhecido internacionalmente, que busca coprodutores internacionais para expandir seus projetos globalmente.

O papel dos festivais na descolonização do cinema

Os festivais influenciam o gosto do público, e Rabarts reconhece o risco de impor expectativas ocidentais a filmes de outras culturas. O IFFR Pro promove discussões sobre como apoiar vozes autênticas sem criar barreiras, permitindo que cineastas de diversas regiões apresentem seus trabalhos sem se moldar aos padrões ocidentais.

O impacto dos regimes autoritários no cinema

O aumento do autoritarismo afeta o cinema em países como a Argentina, que tem projetos sem financiamento local. Faust, de Jasmine López, teve que recorrer a uma produtora alemã devido à falta de apoio na Argentina. O filme aborda a transição do populismo na Argentina e a influência americana na América Latina.

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O IFFR Pro reforça seu compromisso com o cinema independente e com os cineastas que têm histórias importantes para contar, especialmente em tempos desafiadores. A combinação de arte e urgência nas narrativas é central para a missão do festival. Confira a programação completa de projetos no site do IFFR Pro. A ascensão das plataformas de streaming mudou o financiamento e distribuição de filmes de arte, como discutido em um artigo sobre filmes rejeitados pela Netflix e suas trajetórias no cenário cinematográfico.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

Via The Hollywood Reporter

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.