Pela primeira vez, atrizes alcançam paridade de gênero em filmes, igualando-se aos homens em papéis principais no cinema em 2024, apontam estudos. Dois estudos publicados revelam um marco na representatividade feminina nas telas.
Paridade de Gênero em Filmes: Um Marco Histórico
De acordo com pesquisas da Annenberg Inclusion Initiative da Universidade do Sul da Califórnia e do Center for the Study of Women in Television and Film da Universidade Estadual de San Diego, filmes com protagonistas femininas foram tão comuns quanto aqueles com protagonistas masculinos em 2024. O estudo da USC constatou que, entre os 100 filmes de maior bilheteria na América do Norte em 2024, mais da metade (54) apresentou uma história centrada em uma protagonista feminina.
Entre os sucessos de bilheteria, destacam-se Inside Out 2 da Pixar, estrelado por Amy Poehler; Moana 2 da Disney, com Auliʻi Cravalho; Wicked da Universal, com Ariana Grande e Cynthia Erivo; e A Quiet Place: Day One da Paramount, com Lupita Nyong’o. Esse número é significativamente maior que em 2023, quando 30% dos filmes tinham uma protagonista feminina, e mais que o dobro do registrado em 2007, quando a pesquisa começou.
Stacy L. Smith, fundadora da Annenberg Inclusion Initiative, afirma que há uma mudança real na sensibilidade da indústria. Ela comemora o momento como a primeira vez em que a igualdade de gênero foi alcançada em filmes de grande bilheteria. O estúdio que lançou o maior número de filmes com protagonistas femininas em 2024 foi a Universal, sob a presidência de Donna Langley, com 10 filmes (66,7% de sua lista).
Seguida pela Warner Bros (55,6%), Lionsgate (54,5%), Paramount (44,4%), Disney (40%) e Sony (38,5%). O estudo da San Diego State University, intitulado “It’s a Man’s (Celluloid) World“, mostra um nível semelhante de igualdade de gênero nas telas em 2024. A pesquisadora Martha Lauzen relata que 42% dos 100 filmes de maior bilheteria doméstica tinham protagonistas femininas, 42% tinham protagonistas masculinos e 16% apresentavam elencos.
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Desafios e Perspectivas Futuras
Apesar do aumento de papéis principais para mulheres em 2024, a representação de pessoas de cor diminuiu. Apenas 25 dos 100 principais filmes apresentavam um protagonista de um grupo racial/étnico sub-representado, uma queda significativa em relação aos 37 de 2023 e bem abaixo da proporção desses grupos na população dos EUA (41,6%).
Os ganhos para as mulheres também não foram uniformes. Em 2024, apenas oito filmes apresentavam uma mulher com 45 anos ou mais em um papel principal, em comparação com 21 filmes com um homem na mesma faixa etária. Apenas um filme nos 100 primeiros apresentava uma mulher negra com mais de 45 anos: Sound of Hope: The Story of Possum Trot, da Angel Studios, estrelado por Nika King. A notícia do novo marco para as mulheres surge enquanto o governo Trump intensifica sua ofensiva contra programas de diversidade e inclusão, que os estúdios vinham expandindo e promovendo nos últimos anos.
Ainda não está claro como os estúdios responderão à ordem executiva do presidente Trump que visa cortar programas de diversidade e inclusão em empresas privadas. A PBS fechou seu escritório de DEI e a Disney reduziu alguns de seus esforços em DEI. Stacy L. Smith defende a importância desses programas em Hollywood, argumentando que eles são necessários para garantir que a arte e as histórias de grupos frequentemente ignorados ou negligenciados sejam reconhecidas e compensadas adequadamente. Filmes como Enola Holmes 2 na Netflix, estrelado por Henry Cavill, mostram o potencial de histórias com protagonistas femininas para conquistar o público. Enquanto isso, a indústria cinematográfica se prepara para o Super Bowl LIX, um evento que historicamente apresenta uma grande diversidade de produções cinematográficas e televisivas, e se discute o futuro da franquia da Mulher-Maravilha nos jogos. Vale a pena explorar também os melhores filmes de ação disponíveis na Netflix para uma dose extra de adrenalina.
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