Em uma recente discussão, o ator Rob Lowe questionou a crescente tendência de considerar “corajosas” as sex scenes em Babygirl e outros filmes. Durante um episódio de seu podcast, Lowe e a atriz Kristin Davis, de Sex and The City, abordaram a raridade de filmes com cenas sensuais nos dias de hoje, levantando um debate sobre a mudança de percepção em relação à nudez e à intimidade no cinema.
Rob Lowe e a Coragem nas Cenas de Sexo
Rob Lowe causou polêmica ao expressar suas dúvidas sobre a necessidade de rotular como “corajosas” as atrizes que realizam cenas de sexo em filmes. A discussão surgiu durante um episódio de seu podcast Literally!, onde ele e Kristin Davis, famosa por seu papel em Sex and The City, conversaram sobre a representação da sexualidade no cinema contemporâneo.
Lowe mencionou o filme Babygirl, estrelado por Nicole Kidman, descrevendo-o como “muito bom”. No entanto, ele questionou por que filmes com cenas de sexo são vistos como atos de bravura. “Elas dizem, ‘É tão corajoso. Ela é tão corajosa'”, comentou Lowe. “Ela é corajosa porque tem uma cena de sexo? Tipo, isso é corajoso agora? Na nossa época, era obrigatório.”
O ator relembrou os tempos em que os roteiros seguiam uma “regra da página 73”, onde uma cena de sexo era quase garantida no segundo ato. Ele brincou dizendo que não era necessário ler o roteiro inteiro para saber se haveria uma cena íntima, contrastando com a visão atual que considera essas cenas como atos de coragem.
Davis concordou com Lowe, observando que “as coisas mudaram” e “continuam a mudar” na indústria. Essa mudança reflete uma nova sensibilidade em relação à representação da sexualidade e do corpo no cinema, onde a decisão de realizar uma cena de sexo é vista como uma escolha empoderada e, por vezes, corajosa.
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A Visão de Nicole Kidman sobre Babygirl
Para Nicole Kidman, o roteiro de Babygirl foi atraente justamente por sua abordagem “crua e perigosa” da sexualidade. Em uma entrevista para o Hollywood Reporter, a atriz explicou que o filme não foi escrito para uma jovem de 20 ou 30 anos, o que o tornou ainda mais interessante para ela.
Kidman destacou que muitas vezes as mulheres são deixadas de lado em suas carreiras como seres sexuais em uma certa idade. “Então, foi realmente lindo ser vista dessa forma”, disse ela. A atriz acrescentou que a personagem chegou a um ponto em que tem todo o poder, mas não sabe quem é, o que quer ou o que deseja, algo que ela acredita ser muito identificável.
A atriz espera que o filme seja libertador, mas reconhece que algumas pessoas podem achá-lo perturbador. “Já me disseram que é o filme mais perturbador que já viram, e eu fico tipo, ‘Oh não, sinto muito'”, compartilhou Kidman.
Mudanças na Percepção da Sexualidade
Kristin Davis também abordou a mudança na percepção das mulheres desde os tempos de Sex and the City em seu podcast, Are You a Charlotte?. Ela mencionou como é comum ver quase todos em um tapete vermelho usando vestidos transparentes que mostram os mamilos, algo que nunca teria acontecido antes.
“Tínhamos medo de mostrar nossos mamilos no programa”, lembrou Davis. “Ficamos tipo, ‘Oh meu Deus. Eles querem que mostremos nossos mamilos.’ Estávamos tão preocupadas com isso. Tipo, seríamos rejeitadas? Seríamos, você sabe, banidas… pelo mundo do cinema ou algo assim, o que é meio insano de se pensar.”
Essa reflexão destaca como as normas sociais e as expectativas em relação à nudez e à sexualidade mudaram ao longo do tempo. O que antes era considerado tabu agora é visto como uma forma de expressão e empoderamento.
Rob Lowe ressaltou que é sempre possível tirar o melhor proveito do caos e que a disrupção é um ótimo momento para construir coisas novas. “Minha atitude é sempre fazer o melhor que você pode [e] a disrupção é na verdade um ótimo momento para construir coisas novas. Se você pode ser um dos ágeis e pode ser um dos visionários… não entrincheirado e não tentando recriar o ontem, mas tentando entender o amanhã, é a sua hora.”
O debate sobre as cenas de sexo e a “bravura” dos atores e atrizes reflete uma discussão mais ampla sobre os valores em evolução na indústria do entretenimento. Embora alguns possam questionar a necessidade de rotular essas cenas como atos de coragem, outros argumentam que a decisão de se expor dessa forma é uma escolha pessoal que merece ser reconhecida e respeitada. A discussão continua, à medida que a indústria cinematográfica navega por essas novas águas.
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