Rose Byrne entrega uma atuação intensa e memorável em If I Had Legs I’d Kick You, um thriller cômico dirigido por Mary Bronstein. O filme acompanha Linda, uma terapeuta cuja vida está em colapso, lidando com uma filha doente, um marido distante e crises pessoais. A produção, que estreou com ótimas críticas no Sundance Film Festival, promete ser um destaque na temporada de premiações.
Rose Byrne e Mary Bronstein discutem a criação de If I Had Legs I’d Kick You
No filme, Linda, interpretada por Byrne, enfrenta uma série de desafios: a doença misteriosa de sua filha, que necessita de cuidados constantes, a falta de apoio do marido, os pacientes em crise e um buraco no teto de seu apartamento que a força a morar em um motel. Através de closes claustrofóbicos, a performance de Byrne captura cada detalhe da crescente angústia de Linda, enquanto ela busca, sem sucesso, por apoio e alívio.
Conan O’Brien e ASAP Rocky também se destacam em papéis coadjuvantes, interpretando o terapeuta de Linda e o superintendente do motel, respectivamente. Este é o segundo filme de Bronstein como roteirista e diretora, após o sucesso de Yeast (2008), que contou com a participação de Greta Gerwig. If I Had Legs I’d Kick You será lançado pela A24 no outono do hemisfério norte e exibido na competição principal do Festival de Berlim.
A gênese do projeto
Mary Bronstein compartilhou que a ideia para o filme surgiu de um momento difícil em sua vida. Há cerca de sete anos, ela enfrentava problemas de saúde com sua filha, o que as obrigou a se mudar de Nova York para San Diego em busca de tratamento. Durante oito meses, elas viveram em um pequeno quarto de hotel subsidiado por um hospital, uma experiência que Bronstein descreveu como estressante e desestruturante.
Em meio ao caos, a diretora encontrou uma forma de controle ao transformar essa experiência em roteiro. “Quando fazemos arte, temos uma forma de controle”, explicou. Assim, If I Had Legs I’d Kick You nasceu de um período de grande dificuldade pessoal.
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A escolha de Rose Byrne e a preparação para o papel
Rose Byrne revelou que o roteiro a impactou profundamente. “É o tipo de roteiro que você não esquece”, disse. A atriz se sentiu compelida pela história e, após conhecer Mary Bronstein, as duas desenvolveram uma forte conexão. Durante os meses que antecederam as filmagens, Byrne e Bronstein se reuniram para discutir cada detalhe do roteiro e da personagem.
Essa preparação intensiva permitiu que Byrne se aprofundasse na complexidade de Linda e entregasse uma performance visceral e detalhada. A atriz expressou sua gratidão pela experiência, destacando a importância da colaboração com Bronstein na construção da personagem.
A estética do filme
A diretora explicou que desejava estar “atrás dos olhos de Linda”, o que resultou em closes extremos e câmeras na mão. Rose Byrne revelou que, no primeiro dia de filmagem, estranhou a proximidade da câmera, mas logo se adaptou. A atriz se impressionou com a linguagem cinematográfica do filme e se sentiu entusiasmada em fazer parte de uma estética tão ousada.
Mary Bronstein enfatizou que a escolha de filmar em 35mm permitiu capturar a intensidade emocional da personagem de forma mais crua e autêntica. A decisão de usar closes e câmeras na mão visava transmitir a sensação de claustrofobia e desorientação que Linda experimenta ao longo da história.
O impacto do elenco e a perspectiva da personagem
Mary Bronstein explicou que a escolha de Rose Byrne foi crucial para equilibrar a intensidade dramática do filme com momentos de humor sombrio. A diretora acreditava que a simpatia que o público sente por Byrne ajudaria a criar uma conexão com a personagem, mesmo em seus momentos mais difíceis. Além disso, Bronstein elogiou a intuição cômica de Byrne e seu senso de timing impecável.
Byrne destacou a importância de colocar personagens complexos no centro da história, permitindo que o público torça por eles, independentemente de seus erros. A atriz elogiou a escolha de Conan O’Brien para o papel do terapeuta, ressaltando como ele se entrega ao personagem de forma surpreendente, sem usar suas ferramentas cômicas habituais.
Bronstein mencionou que o ponto de vista do filme é totalmente focado em Linda, o que significa que o público vê o mundo através de seus olhos traumatizados. A diretora explicou que essa escolha foi intencional, buscando criar uma experiência imersiva na psique da personagem. Ao não mostrar a filha de Linda, por exemplo, o filme busca enfatizar como a personagem se sente sobrecarregada e vitimada pelas circunstâncias. “Queríamos que o público questionasse seus próprios sentimentos em relação a ela”, concluiu Bronstein.
A atriz também atuou em filmes como After The Hunt, onde estrelou um triller de Luca Guadagnino que também teve lançamento em época de premiações.
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Muitos atores acabam se destacando em diferentes papéis, como por exemplo, Benedict Cumberbatch que assumiu papel de Tom Hardy.
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Via The Hollywood Reporter