O sucesso cinematográfico de Sonic nos cinemas é inegável, e muito se deve à atenção dada aos fãs. Desde a reformulação do visual do personagem após as críticas ao primeiro trailer, a Paramount demonstrou que estava disposta a ouvir o público. Essa postura se refletiu no sucesso dos filmes e em como a franquia se tornou um dos principais pilares para o público infantil.
## A Saga de Sonic nos Cinemas: Uma História de Sucesso
Nos últimos anos, adaptações de videogames para o cinema e TV têm ganhado cada vez mais espaço. Séries como Castlevania e Arcane já mostraram que é possível adaptar jogos para as telas com sucesso, mas o caminho nos cinemas é um pouco diferente. Enquanto Mario está começando a trilhar seu caminho e Mortal Kombat está em produção, um personagem de videogame se destaca: Sonic.
O primeiro filme do Sonic nos cinemas, lançado em 2020, passou por uma grande transformação. O primeiro trailer não agradou os fãs, que criticaram o visual do personagem. A Paramount ouviu as críticas e adiou o lançamento para redesenhar o Sonic, tornando-o mais parecido com sua versão dos games. Essa mudança foi fundamental para o sucesso do filme, mostrando que a empresa estava disposta a atender aos desejos dos fãs.
O Impacto nos Games e no Cinema
Cinco anos depois, o primeiro filme do Sonic nos cinemas mudou o jogo. Para a Sega, foi um impulso para revitalizar os games, que estavam inconsistentes. Sonic Frontiers (2022) teve combates inspirados no estilo de luta do personagem no filme, e Shadow Generations (2024) permite que os jogadores escolham a aparência do ouriço como no terceiro filme, com a voz de Keanu Reeves.
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Para a Paramount, Sonic se tornou uma das maiores franquias infantis, já que Transformers está em hiato e as Tartarugas Ninja precisam de mais tempo para serem produzidas. Já foram lançados dois filmes (e em breve, três) que continuam a fazer sucesso, além de uma série derivada estrelada por Knuckles. A franquia também revitalizou a carreira de Jim Carrey, que interpreta o vilão Dr. Eggman.
O Charme e as Limitações dos Filmes
Para quem teve pouco contato com a franquia nos anos 90, assistir aos filmes do Sonic nos cinemas é uma experiência interessante. Há momentos em que o charme dos filmes conquista o espectador, como o Dr. Eggman de Carrey e o bom trabalho dos outros atores, como James Marsden e Tika Sumpter. Os animais em computação gráfica também são bem feitos, e as cenas de ação são impressionantes, mostrando a experiência do diretor Jeff Fowler com os games.
Por outro lado, os filmes parecem não atingir todo o seu potencial. A estrutura episódica faz com que o elenco humano pareça estático, sem muito a fazer além de repetir piadas. Além disso, há a sensação de que os filmes terminam com a incerteza se Jim Carrey vai querer voltar como Eggman, já que o ator cogitou se aposentar após o segundo filme.
O Tom Infantil e os Riscos Narrativos
A escolha de fazer filmes para o público infantil pode ser um problema. Em Sonic 3, por exemplo, o avô de Robotnik, Gerald, é apresentado como um cientista louco que quer destruir a Terra para vingar a morte de sua neta, Maria. Essa trama sombria parece precisar de mais desenvolvimento, e Gerald acaba sendo mais um alívio cômico do que uma ameaça. Shadow, por outro lado, recebe mais atenção e seriedade, mas o tom do filme fica desequilibrado.
Ainda assim, muitos fãs se divertem com os filmes. Em uma exibição de Sonic 3, o autor notou a reação positiva do público durante as cenas de ação e as aparições de personagens como Amy e Metal Sonic. No fim das contas, os filmes estão atingindo o público-alvo e mantendo o foco, o que pode ser o suficiente para garantir o sucesso da franquia.
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