O The Tree of Authenticity filme Congo, um novo filme ensaístico do fotógrafo e artista visual Sammy Baloji, estreou mundialmente no Festival Internacional de Cinema de Roterdã (IFFR). O longa explora a história colonial e a importância ecológica da República Democrática do Congo.
The Tree of Authenticity: Uma Jornada Cinematográfica pelo Passado Colonial e Ecológico do Congo
O filme destaca o papel vital da Bacia do Congo na absorção de dióxido de carbono e na formação do equilíbrio ambiental global ao longo de um século. A comparação com dados atuais demonstra como nosso ecossistema se tornou preocuparte. O filme é estruturado em três partes e utiliza depoimentos, fotos antigas, vídeos recentes, discursos históricos e descobertas científicas.
The Tree of Authenticity leva os espectadores às margens do rio Congo, onde a Estação de Pesquisa Yangambi INERA foi um importante centro científico, antes de se transformar nas ruínas e selva que são hoje. Nas duas primeiras partes do filme, mergulhamos no passado através das palavras e registros de dois cientistas: Paul Panda Farnana e Abiron Beirnaert, que trabalharam lá entre 1910 e 1950.
Baloji se inspirou para fazer o filme, seu primeiro longa-metragem solo como diretor, para apresentar uma visão mais diferenciada do país e seu papel no mundo. Ele se incomodou com um artigo do Guardian que atribuía os problemas do Congo a décadas de guerra e falta de infraestrutura.
Para Baloji, essa narrativa negava as contribuições do Congo em ciência, recursos minerais e elementos ambientais cruciais para o mundo moderno. Ele destaca, por exemplo, o cobre do Congo usado na Primeira Guerra Mundial e o urânio usado na bomba atômica. O diretor queria explorar esses elementos de extração e dados coletados, tanto da perspectiva congolesa quanto da colonial.
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A Origem e a Narrativa Inesperada de The Tree of Authenticity
Para as duas primeiras partes do filme, Baloji tinha bastante material sobre os dois cientistas. Já para a terceira parte, ele contou com a ajuda do antropólogo Thomas Hendriks, autor do livro Rainforest Capitalism. Juntos, eles decidiram narrar a história a partir da perspectiva de uma árvore antiga, que dá título ao filme.
Durante o desenvolvimento da narrativa da árvore, Baloji teve uma ideia inesperada para o final do filme: revelar que toda a história era narrada pela natureza, e não por pessoas. Assim, a árvore se torna a narradora onisciente, uma reviravolta que surgiu no final da produção.
A sonoplastia desempenha um papel fundamental em The Tree of Authenticity. Baloji enfatizou a importância do som natural e trabalhou com dois compositores de paisagens sonoras: Chris Watson, conhecido por gravar sons da natureza em todo o mundo, e outro profissional não mencionado.
Baloji, que vive e trabalha entre Lubumbashi, na República Democrática do Congo, e Bruxelas, na Bélgica, já havia feito curtas experimentais e documentários em colaboração com outras pessoas. The Tree of Authenticity dá continuidade aos temas que permeiam suas criações, como o passado colonial do Congo. O diretor já tem planos para seu próximo filme: Il Padre selvaggio (O Pai Selvagem), uma adaptação do roteiro homônimo de Pier Paolo Pasolini, escrito em 1962.
A história explora as tribulações do Congo através do encontro entre um professor italiano idealista e Davidson, um estudante congolês. Ambientada no Congo atual, a adaptação mostraria Davidson dividido entre o idealismo de seu professor e a influência do legado colonial e da educação familiar tradicional. Por ora, Baloji está focado na exibição de The Tree of Authenticity em Roterdã, que segue em cartaz até 9 de fevereiro.
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