Começando a brilhar em Berlim, Théodore Pellerin está deixando sua marca em Lurker e em outras produções. O ator, natural do Quebec, vem se destacando como um dos grandes nomes do Canadá, e agora encara o desafio de interpretar um personagem ameaçador no filme de estreia de Alex Russell.
## Um ator em ascensão
Théodore Pellerin credita sua trajetória de sucesso a uma colaboração inicial com a diretora Sophie Dupuis em três filmes independentes. Essa parceria permitiu que ele se sentisse verdadeiramente livre e realizado atuando.
Pellerin destacou o papel principal no drama Family First, de 2019, como um momento crucial. Ele descreve a experiência de interpretar Vincent, um personagem violento e impulsivo, como algo que, por vezes, o perturbava.
“Houve momentos em que me senti um pouco assustado, porque é um personagem violento, e que gosta de ser violento”, relembra o ator. “Eu senti que precisava me afastar um pouco, porque as tendências sádicas continuavam ali, mesmo depois do ‘corta'”.
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Essa imersão intensa, no entanto, abriu portas para papéis em produções como There’s Someone Inside Your House da Netflix, On Becoming a God in Central Florida da AMC, onde contracenou com Kirsten Dunst, Franklin da Apple TV+ e Becoming Karl Lagerfeld no Disney+.
Paralelamente aos projetos em Hollywood, Pellerin também brilhou em dois filmes em francês de Sophie Dupuis: Underground (2020) e Solo (2023). Ele enfatiza que essa colaboração impulsionou sua carreira para além das fronteiras do Quebec, alcançando também a França.
“Foi um encontro realmente importante e fundamental na minha vida”, afirma Pellerin. “Eu tinha 19 anos quando fiz meu primeiro filme com Sophie. Senti como se um mundo estivesse se abrindo, porque o papel era muito empolgante e ela era incrivelmente carinhosa, dando muita liberdade aos atores”.
## Théodore Pellerin e seu papel em Becoming Karl Lagerfeld
Em Becoming Karl Lagerfeld, Théodore Pellerin interpretou Jacques de Bascher, figura importante na vida do famoso estilista por quase duas décadas. Para esse papel, o ator precisou explorar diferentes facetas de sua personalidade.
“Eu gostei muito de fazer essa série”, conta. “Jacques de Bascher era um personagem fascinante, sempre provocando reações extremas, um misto de anjo e demônio. Acho que os dois coexistiam ali”.
A experiência de contracenar com Kirsten Dunst em On Becoming a God in Central Florida, aos 21 anos, e atuar em inglês, seu segundo idioma, tirou Pellerin de sua zona de conforto.
“Era uma grande série de TV americana com Kirsten Dunst, e foi a primeira vez que saí de casa para filmar algo por tanto tempo”, relembra. “Eu já tinha feito filmes por um ou dois meses, mas ficar seis meses nos Estados Unidos, na Louisiana, onde filmamos? E eu ainda não me sentia muito à vontade com o inglês. Esse foi um grande desafio”.
Na série Franklin, onde contracenou com Michael Douglas, Pellerin interpretou um aristocrata francês, usando figurinos elaborados que, segundo ele, foram essenciais para sua atuação.
“Os figurinos eram extraordinários e me ajudaram muito a sentir o personagem, meu corpo, a postura e os movimentos”, explica. “Quando você admira o figurinista e gosta de trabalhar com ele, ver o que ele traz é muito inspirador e dá muita profundidade à preparação para o filme”.
Essa imersão também aconteceu em Solo, seu terceiro filme com Sophie Dupuis, onde viveu um drag queen em Montreal. O papel exigiu o uso de perucas, figurinos extravagantes e saltos altos, algo que Pellerin encarou com entusiasmo.
“O mais interessante nesse processo foi tentar me conectar com a minha própria feminilidade, sem que fosse algo imposto”, explica. “Porque esse personagem se sente melhor, mais confiante, quando está no palco, de peruca, maquiagem e um vestido justo. Tive que me sentir incrivelmente à vontade sendo muito feminino. Foi um processo de criar ou reconectar com esse conforto e prazer”.
## Théodore Pellerin em Lurker e seus próximos passos
Agora, Théodore Pellerin encara Lurker, o primeiro filme de Alex Russell, que chegou a Berlim após sua estreia mundial em Sundance. No drama, Pellerin interpreta Matthew, um fã obcecado que se infiltra no círculo íntimo de Oliver, uma estrela pop em ascensão interpretada por Archie Madekwe.
Em sua crítica para o THR, David Rooney escreveu: “A proximidade dá a Matthew – interpretado por Théodore Pellerin com uma inocência maligna da qual você não consegue desviar o olhar – a ilusão de ser o melhor amigo, um camarada, um colaborador criativo do cantor de um nome só. Todos em sua comitiva querem se aquecer no brilho de Oliver, mas ninguém quer isso tanto quanto Matt”.
A segunda exibição de Lurker na Berlinale pode trazer algum alívio para Pellerin, que não gosta de se ver na tela grande. “É uma coisa muito estranha, porque é um meio de projeção, certo? E nós projetamos coisas nos atores na tela. Então, na primeira vez que assisto a um filme de que faço parte, é difícil, porque não consigo receber o filme. É impossível. Acho que consigo ver o filme pelo que ele é na segunda ou talvez na terceira vez”.
O próximo projeto de Pellerin é Nino, o primeiro filme da diretora Pauline Loquès, que foi filmado em dezembro em Paris. Apesar de ainda morar em Montreal e tentar fazer um ou dois projetos por ano lá, Pellerin aceita que seus próximos trabalhos o levarão para outros lugares, o que não o incomoda, já que o mais importante é o material.
“Essa é a prioridade”, afirma. “Não se trata dos territórios, mas sim do roteiro e das pessoas. E seja no Quebec ou em outro lugar, é isso que realmente importa”.
Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.
Segunda: Via The Hollywood Reporter
