A atriz Tilda Swinton foi homenageada com o Urso de Ouro honorário no Festival de Berlim, onde fez um discurso apaixonado sobre extremismo político, degradação ambiental e violações dos direitos humanos. A estrela escocesa, vencedora do Oscar, aproveitou a ocasião para defender o cinema independente e a inclusão, em um momento crucial para a indústria cinematográfica e para a sociedade global.
Tilda Swinton e a defesa do cinema independente no Festival de Berlim
Tilda Swinton, conhecida por sua versatilidade e engajamento político, utilizou a premiação no Festival de Berlim para alertar sobre o crescimento do extremismo político e do autoritarismo no mundo. Em seu discurso, ela fez uma defesa apaixonada do “grande estado independente do cinema”, descrevendo-o como um espaço ilimitado, inclusivo e imune à opressão e à ganância.
Sem mencionar diretamente Gaza ou a questão palestina, Swinton expressou solidariedade àqueles que reconhecem a “inaceitável complacência” de governos viciados em ganância, que toleram destruidores do planeta e criminosos de guerra. Sua fala ressonante ganhou um toque pessoal devido à sua relação de longa data com Berlim e seu festival de cinema, onde tem sido presença constante desde 1986.
A atriz escocesa também destacou a importância do Festival de Berlim como um espaço de descoberta e conexão para jovens curiosos sobre o mundo. Ela relembrou sua primeira visita ao festival, aos 25 anos, quando buscava seu lugar no mundo e encontrou admiração, solidariedade e conexão em Berlim.
Swinton ressaltou a necessidade de nomear o que está acontecendo e de se solidarizar com aqueles que reconhecem a complacência dos governos em relação aos problemas globais. A atriz enfatizou que a desumanidade está sendo perpetrada diante de nossos olhos e que não se pode hesitar em denunciá-la.
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Uma carreira ligada ao Festival de Berlim
A relação de Tilda Swinton com o Festival de Berlim é longa e frutífera. Desde sua primeira participação em 1986, com Caravaggio de Derek Jarman, que conquistou o Urso de Prata, mais de 26 de seus filmes foram exibidos em diversas seções do festival. Entre eles, destacam-se Grand Budapest Hotel, que abriu o festival em 2014, e Hail, Cesar!, que inaugurou a Berlinale em 2016.
Além de sua presença constante nas telas, Swinton também desempenhou um papel importante nos bastidores do festival. Em 2009, ela foi presidente do júri da competição principal, demonstrando seu compromisso com o cinema e seu apoio a novos talentos.
Em 2008, Tilda Swinton ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante por sua atuação em Michael Clayton, consolidando sua posição como uma das atrizes mais talentosas e versáteis de sua geração. Recentemente, ela tem sido aclamada por seu papel em The Room Next Door (2024), o primeiro longa-metragem em inglês do diretor espanhol Pedro Almodóvar, no qual contracena com Julianne Moore.
Embora tenha alcançado um público mais amplo com papéis em blockbusters como Doutor Estranho e Vingadores: Ultimato, o coração de Swinton sempre esteve no cinema independente. Ela colaborou com renomados diretores como Luca Guadagnino (Eu Sou o Amor, Suspiria), Joanna Hogg (The Souvenir, The Souvenir: Part 2) e Bong Joon-ho (Expresso do Amanhã, Okja), solidificando sua reputação como uma atriz que desafia convenções e abraça projetos inovadores.
Reconhecimento e agradecimento
O diretor alemão Edward Berger (Conclave, Nada de Novo no Front), que entregou o prêmio a Swinton, destacou a admiração que a atriz desperta em seus colegas. Ele mencionou que um colega se referiu a Swinton como “um ser de um planeta muito superior”, elogiando sua versatilidade e talento.
Em seu discurso de agradecimento, Tilda Swinton expressou sua gratidão à Berlinale por “apresentar a caixa mágica da fé de sua vida”, pelos amigos que fez no festival e por “40 anos de festas e revelações”. Ela encerrou sua fala com uma mensagem de esperança, declarando: “Que o cinema viva e toda a sua promessa interminável, uma luz na escuridão que nunca se apaga, vamos continuar olhando para cima!”.
O discurso de Swinton e a homenagem no Festival de Berlim ressaltam a importância de artistas que usam sua plataforma para defender causas importantes e inspirar mudanças. Sua voz continua a ser relevante em um mundo que enfrenta desafios complexos e que precisa de líderes que se posicionem em defesa da justiça, da igualdade e do futuro do planeta.
A trajetória de Tilda Swinton, marcada por sua paixão pelo cinema independente e seu engajamento com questões sociais, é uma inspiração para artistas e espectadores. Sua presença no Festival de Berlim, tanto como atriz quanto como defensora do cinema, é uma celebração da arte como ferramenta de transformação e um lembrete de que a voz de cada indivíduo pode fazer a diferença.
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Via The Hollywood Reporter