Hoje o Google apresentou ao mundo seus dois novos smartphones: o Google Pixel e o Google Pixel XL. Se trata do primeiro smartphone feito totalmente pelo Google, “por dentro e por fora” como foi enfatizado por eles. Não é nada de muito novo em termos de hardware ou design, mas pela primeira vez o Google tem controle sobre o hardware e o software, do mesmo modo que a Apple tem no iPhone. Mas o que o torna “diferente”?
Google Pixel, hardware de ponta e design minimalista
O hardware do Google Pixel é o que todos já esperavam. Ele trás um processador Snapdragon 821 e 4 GB de RAM, assim como o Mi 5S da Xiaomi, lançado recentemente. A câmera vem com abertura de f/2.0 e segundo o site DxOMark ele já é o melhor smartphone no quesito câmera, segundo a pontuação deles. Abaixo um resumo das especificações:
- Tela de 5,0 polegadas ou 5,5 no caso do Pixel XL
- Resolução Full HD (1920 x 1080) no Pixel e Quad HD (2560 x 1440 pixels) no XL
- 4 GB de RAM
- 32 GB ou 128 GB de memória para o armazenamento interno
- Não há entrada para cartão microSD
- Chipset Snapdragon 821
- Processador de quatro núcleos Kryo rodando em até 2,2 GHz
- Adreno 530 como placa gráfica
- Câmera principal de 12 megapixels com abertura de f/2.0
- Câmera frontal de 8 megapixels abertura de f/2.0
- Leitor de impressões digitais na parte posterior
- Porta USB Type-C (reversível)
- Bateria de 2.770 mAh no Pixel e 3.450 mAh no XL
- Android 7.1 Nougat puro
Agora na parte de design, podemos dizer que o Google economizou, o design é extremamente minimalista e lembra em muito o HTC 10 ou iPhone olhando de frente. Mas nada de plástico em ambos os modelos, são feito inteiro de alumínio. As bordas superiores e inferiores são enormes, e o fato de não ter botão embaixo deixa no ar a pergunta do porque uma borda tão grande, será que o Google teve aulas com a Sony? Mas no geral o aparelho é bem bonito e bem construído.
A novidade, que não é inédita, é a possibilidade de usar gestos no sensor biométrico, basta um gesto para baixo que ele puxa a barra de notificações. Outros aparelhos como o Honor 8 já possuem essa função. Ele será vendido nas cores preta, branca e uma exclusiva azul.
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Google Pixel e o Android Nougat
O maior destaque dado pelo Google foi no software, ou em tudo o que o Google Pixel faz em união com o Android 7 Nougat. É o primeiro smartphone com o novo Google Assistant, que pelo menos na apresentação, tem um nível de interação com a voz do dono absurdo, indo muito além das perguntas programadas que hoje o Google Now responde. O novo assistente automatiza as informações com base nas informações do próprio usuário, tornando a relação home máquina, digamos que um pouco mais natural.
Além do Google Assistant, o Google também mostrou o novo Google Allo, o Google Fotos que será nativo nele e dará armazenamento infinito de fotos em resolução original aos donos na nuvem e o já conhecido Google Duo.
O foco do Google é criar todo um ecosistema que é independente de aplicativos de terceiro, facilitando o uso do usuário que não precisará recorrer a pesquisas de soluções. Ou seja, o Google com o Google Pixel faz exatamente o que a Apple sempre fez com o iPhone. Por isso o Google Pixel é o mais próximo que um Android chegou de um iPhone, em termos de software.
Vale lembrar também que o Google Pixel sempre receberá atualizações do Android primeiro que todo mundo, só não ficou claro por quanto tempo.
Mas tudo tem um preço
Mas o Google parece que quer seguir os passos da Apple em relação aos preços, e cobra alto por toda essa integração. O Google Pixel custa a partir de U$ 649, e ainda não sabemos exatamente o preço do Pixel XL. Em conversão direta dá R$ 2098,00, ou seja, não se anime muito ao querer ver o Pixel no Brasil.