IA chinesa DeepSeek é melhor que ChatGPT, mas não fale mal da China!

Inteligência Artificial chinesa consegue resultados fantástico, porém é alinha ao governo chinês e tudo de errado que venham a fazer
Atualizado há 1 mês
DeepSeek China

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Há algumas semanas tenho usado o DeepSeek tanto para pesquisas para artigos, como para automações via API em minha agência. Porém, hoje ao pesquisar um assunto corriqueiro sobre a região autonôma de Uiguir da China, onde há relatos concretos sobre escravidão e outras coisas, me surpreendi com a resposta do DeepSeek.

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Perguntei a IA o seguinte: Como a China trata os Uigures no norte da China, há relatos de campos forçados, o que vc tem a dizer? A resposta pode ser vista no prompt abaixo:

resposta deepseek China

Parece uma piada, mas não é.

O que é o DeepSeek?

O DeepSeek é um laboratório chinês de inteligência artificial que tem ganhado destaque na comunidade de IA, especialmente com o lançamento do modelo DeepSeek R1. É um Chatbot “inspirado” no ChatGPT. Até a interface é semelhante.

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Já tiveram outros modelos anterior, mas o R1 é o mais novo e é reconhecido por suas capacidades avançadas de “raciocínio” e por ser uma das primeiras soluções gratuitas que podem ser executadas e baixadas localmente, o que o torna acessível para desenvolvedores e entusiastas de IA.

O DeepSeek R1 tem sido comparado aos primeiros dias da OpenAI, quando esta ainda trabalhava com código aberto, indicando um potencial significativo para inovação e crescimento. A API é paga e extremamente eficiente, motivo pelo qual minha empresa desenvolve automações usando eles. O modelo tem sido elogiado por seu desempenho em algumas métricas, superando até mesmo modelos iniciais da OpenAI, como o GPT-3.5, em tarefas específicas de raciocínio.

Mas há um limite: não fale mal da China. Conforme o exemplo acima, as respostas geradas pelo DeepSeek R1 seguem diretrizes alinhadas ao governo chinês, o que pode refletir a influência das políticas e regulamentações locais no desenvolvimento de tecnologias de IA na China. Apesar disso, Em resumo, o DeepSeek representa um avanço significativo no campo da inteligência artificial na China, com foco em modelos de raciocínio acessíveis e de alto desempenho, embora com considerações éticas e políticas que refletem o contexto local.

Para efeito de comparação, fiz a mesma pergunta para outros quatro modelos conhecidos de Chatbots: ChatGPT, Google Gemini, Meta no WhatsApp e no Perplexy. O resultado pode ser conferido na imagem abaixo:

resposta deepseek china

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Outras respostas questionáveis do DeepSeek

O chatbot parece evitar responder perguntas que entrem em conflito com os interesses da China, afirma o repórter Jon Keegan, da Sherwood. Ele questionou o DeepSeek sobre os eventos ocorridos na Praça da Paz Celestial, onde, em 1989, o governo reprimiu violentamente uma manifestação que clamava por mudanças políticas e o fim da corrupção.

A resposta obtida foi: “Desculpe, eu ainda não sei como lidar com esse tipo de pesquisa. Que tal falarmos sobre matemática e problemas de lógica?”

A mesma resposta foi dada quando Keegan perguntou sobre o movimento pró-democracia de Taiwan.

Não confie 100% nas IAs

A lógica é uma: não confie 100% nas IAs. Lembre-se que elas sem “alimentam” da internet, e qualquer criança sabe que não podemos confiar 100% no que lemos na internet.

5 motivos para não confiar nas IAs

1. Base de Dados e Limitações

2. Falta de Compreensão

3. Viés e Influências

4. Falta de Contexto e Conhecimento Atualizado

5. Uso Ético

Mas dá para usar a IA de maneira confiável?

Claro, absolutamente que sim. O segredo é saber usar. Sempre que precisar usar, faça esse check-list:

A confiança na IA deve ser proporcional ao contexto e à importância da decisão em questão. Ela é uma ferramenta poderosa, mas deve ser usada com responsabilidade e supervisão humana.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.