O smartphone feito pels ex-engenheiros da Nokia finalmente chegou nas mãos de quem os comprou, a cerca de 6 meses atrás. O Jolla, aparelho que roda o sistema Jolla que é baseado no assassinado MeeGo, começou a ser entregue ontem na Finlândia com direito a festa e tudo. Mas o principal atrativo dele é que ele é 100% compatível com aplicativos e jogos para Android. Embora não acesse a Google Play, por enquanto, você pode utilizar uma lojinha de app russa do Yandex ou instalar arquivos com extensão apk, comos se fosse um Android. Além disso ele já vem com o Nokia Here pré-instalado para navegação GPS (apenas on-line).
O Jolla não é um exemplo de hardware, afinal o diferencial do aparelho é o sistema Salfish. Ele quer seguir os caminhos do antecessor MeeGo que era conhecido por ser um sistema extremamente rápido sem precisar de muito hardware para isso. Fato é que se olharmos para seu hardware, ele lembra um aparelho Android intermediário: tela IPS de 4,5 polegadas com 960×540 pixels e Gorilla Glass 2, processador dual-core de 1,4 GHz da Qualcomm, 1 GB de RAM, 16 GB de armazenamento expansível com microSD, câmera traseira de 8 megapixels com LED, câmera frontal de 2 megapixels e bateria de 2.100 mAh, tudo isso em um dispositivo com espessura de 9,9 mm e 141 gramas de peso. Além disso ele tem conexão 3G e 4G.
O Salfish OS tem aspectos de vários sistemas operacionais. Primeiro ele manteve o conceito Swype do MeeGo, graças a isso ele dispensa o uso de botões fisícos. Com movimento de deslizar o dedo na tela ele executa várias funções: para ativar a tela, toque duas vezes. Para acessar menus, deslize a partir da borda superior da tela. E para voltar à tela inicial, passe o dedo na borda direita (ou esquerda).
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A aclamada multitarefa viva do MeeGo também está presente: os apps abertos são reunidos em widgets na tela inicial, e você pode comandar os apps sem abri-los novamente. Por exemplo, para pausar uma música, deslize no widget do app Música; surgem os botões “Pausar” e “Avançar” – basta tocar neles. Abaixo um vídeo demonstrando os movimentos.
O que por enquanto incomodo nele é o seu preço: 399 euros, o equivalente a pouco mais de 1.250 reais. Se um dia ele vier para cá, basta colocarmos o imposto e o padrão brasileiro das empresas nos explorarem, acho que ele chegue perto do preço de um iPhone novo. Mas não dá nem para pensar nisso, ainda não se sabe se ele será vendido normalmente em loja ou operadoras, acho que a empresa vai esperar para ver como os compradores reagem a ele.