O pessoal do DxOMark, especialista em testes de câmeras e smartphones finalmente testou o Nokia 8. O resultado não é bem aquilo que esperámos. E podemos afirmar, a nova Nokia não é mais a mesma Nokia. Vejam abaixo um resumo de como o Nokia 8 se saiu.
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Antes de tudo, vale lembrar que o Nokia 8 é atualmente o aparelho mais caro, o carro chefe da Nokia, que agora pertence a HMD Global. Em outros aspectos, como hardware e desempenho os reviews são todos positivos. Só para relembrar, o Nokia 8 possui um processador Snapdragon 835, versões com até 6 GB de RAM e 128 GB de armazenamento interno e um acabamento extremamente bonito e bem feito, bem ao estilo Nokia.
No quesito câmera, ele possui duas câmeras traseiras: chamadas pela nokia de “Dual Sight”, ambas possuem 13 MP de resolução e abertura f/2.0, além de lentes fabricadas pela gigante Carl Zeiss. No papel parece lembrar os antigos Nokias da linha PureView, mas só no papel.
De acordo com a análise do DxOMark, “a câmera da Nokia é capaz de produzir boas imagens em algumas situações, ganhando uma média de 72 nos pontos de Fotografia.” Essa é uma potuação bem mediana, ficando atrás de smartphones antigos como o Galaxy S6 Edge. O resultado durante o dia são bons.
De acordo com o site, “geralmente as imagens mostram boa exposição e o Nokia lutou para capturar uma foto usável em nosso teste de cena mais escuro 1 Lux. O alcance dinâmico é bom também, mas apenas quando o Auto HDR está ligado.”
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Mas o mediano fica pior quando o assunto são imagens com pouca luz. Diferente dos principais modelos Nokia com Windows Phone, onde o o grande destaque era dado as fotos em baixa iluminação graças a tecnologias como o PureView, a Nokia da HMD Global não investiu em trazer câmeras boas com baixa luminosidade.
“Em termos de textura e ruído (em fotos de baixa luminosidade no caso), o Nokia 8 possui atrasos notáveis em comparação a outros celulares flagships,” aponta o DxOMark, que continua dizendo que as texturas são muito enevoadas, perdendo uma série de detalhes importantes, há muito ruído nas fotografias, inconsistências de cores com alguns tons mudando entre as capturas da mesma cena.
Pelo menos na hora de focar ele se sai bem. Contando com três tecnologias para focar (detecção de contraste, detecção por fase e detecção a laser), o Nokia 8 conseguiu produzir fotos com detalhes precisos no loca da focagem. Eles ainda completam que a exposição e a cor são “decentes” quando a imagem é capturada com o flash LED, mas é possível ver o efeito de olho vermelho em algumas fotos de retrato.
No novo padrão de avaliação do DxOMark está a qualidade em Zoom. Isso veio com as câmeras duplas que contam com lentes telefotos, que contam com zoom fisíco. Como não é o caso do Nokia 8, que não possui uma lente telefoto, o resultado das fotos com Zoom, que no caso são digitais, foram decepcionantes. É possível notar granulações excessivas, detalhes estranhos e bordas com muitos ruídos.
O modo retrato do Nokia 8 também não foi satisfatório. Como é via software – novamente devido a não ter uma lente telefoto – o resultado foi mediano. Embora ele até consiga isolar o objeto da frente, a erros como em volta dos dedos, como dá para notar na foto abaixo.
E se você se pergunta sobre a gravação de vídeos, o resultado foi ainda pior. Foram 62 pontos dados ao Nokia 8, “tornando os vídeos nas maiorias das condições muito inutilizáveis […] a estabilização do sistema realiza uma performance muito similar ao nível do Galaxy S6 Edge, um aparelho que agora já possui quase três anos de idade.”
Podemos notar que claramente o Nokia 8 nem de longe lembra a qualidade dos tops de linha da Nokia original, levando em conta a data obviamente. A HMD Global está apenas começando, é o segundo ano da empresa. Esperámos que ele esteja desenvolvendo novas câmeras e possa voltar a, pelo menos, lembrar a saudos e amada Nokia. O que vocês acharam dos resultados?
Via DxOMark