20 anos do Google Earth: evolução e novidades do programa

Celebrando duas décadas, o Google Earth apresenta imagens antigas e novidades que enriquece a exploração global para usuários no Brasil e no mundo
Atualizado há 16 horas atrás
20 anos do Google Earth: evolução e novidades do programa
Google Earth completa 20 anos, revitalizando a exploração global com imagens inéditas. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • O Google Earth foi lançado em 2005, permitindo explorar o planeta em 3D de graça.
    • Ele é amplamente usado para educação, pesquisa e curiosidades, conectado às antigas e novas funcionalidades.
    • As atualizações recentes incluem visualização de imagens históricas do Street View, ampliando seu uso para análise temporal e espacial.
    • Desde seu início, o programa evoluiu em funcionalidades, abrangendo exploração espacial e oceanos, além de melhorias visuais.
    • Google Earth é uma ferramenta relevante na coleta de dados geográficos, influenciando estudos científicos e projetos de conservação.
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Em 28 de junho de 2005, o Google lançava uma ferramenta que mudaria a forma como vemos o mundo. Trata-se do Google Earth, um programa que permite explorar o planeta em 3D. Ele mostra a Terra de vários ângulos e altitudes, oferecendo uma experiência única de aprendizado e entretenimento, tudo de graça.

Ao longo de suas duas décadas, o serviço se tornou uma referência importante. Ele é usado para educação, satisfazer curiosidades e até mesmo para estudos científicos profissionais. Também é uma ótima maneira de se distrair, permitindo conhecer lugares distantes sem sair de casa. Para comemorar o aniversário, um novo recurso foi adicionado ao Google Earth. Agora, é possível visualizar imagens históricas do Google Street View diretamente na plataforma, uma função que antes era exclusiva do Google Maps.

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O Começo e a Trajetória do Google Earth

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A história do Google Earth começa com a tecnologia de uma empresa chamada Keyhole. Ela se destacou no início dos anos 2000 por criar e organizar um grande banco de dados com mapeamentos em três dimensões da Terra. Essa tecnologia era reunida em um programa com uma interface fácil de usar, permitindo a navegação de forma simples.

A Keyhole fornecia imagens via satélite para diversos setores. Entre seus clientes estavam indústrias, militares e empresas do setor imobiliário. Para uma startup, alcançar esse nível de sucesso e ter impacto em múltiplos mercados é um desafio. O trabalho da Keyhole chamou a atenção do Google, que decidiu adquirir a empresa em 2004, interessada em sua tecnologia já funcionando.

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Um ano depois da aquisição, o serviço que antes era vendido apenas para outras empresas (B2B, ou business to business) foi lançado para o público em geral. Assim, ele se tornou também um serviço B2C, ou business to consumer. Foi então que nasceu o Google Earth, um programa que simula a Terra em 3D, com uma ferramenta de busca que levava o usuário a qualquer lugar do planeta visto de cima.

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A interface do Google Earth em 2005. (Imagem: Reprodução/TechCrunch)

No seu lançamento em 2005, o programa tinha algumas limitações. Ele oferecia visualizações 3D de edifícios e terrenos em apenas algumas partes do mundo. As imagens mais distantes eram criadas a partir de várias fotos de satélite, formando uma espécie de mosaico. Essa técnica permitia uma navegação fluida e transições suaves pelo mapa, mesmo com os recursos da época.

O Google Earth Através dos Anos

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Atualmente, o Google Earth está disponível em três versões distintas. A mais acessada é a plataforma web, que funciona diretamente no navegador e é totalmente gratuita. Você pode acessá-la de qualquer dispositivo com internet. A experiência de visualização pode ser ainda mais interessante em tablets com Android que elevam a experiência do E-Ink, oferecendo maior conforto visual.

Também existe o aplicativo do Google Earth para celulares, disponível gratuitamente para sistemas Android e iOS. Essa versão oferece ferramentas como a criação de mapas personalizados e a adição de marcadores. Para quem precisa de mais recursos, há o Google Earth Pro. Essa é uma versão para computadores, com funções avançadas para uso profissional, como imagens históricas e exportação de dados.

  • O Google Earth teve um começo impressionante, alcançando a marca de 100 milhões de downloads já na primeira semana após seu lançamento, mostrando o interesse do público.
  • Em 2008, o programa recebeu uma grande atualização com a integração do Street View, que permite uma visualização interativa e panorâmica de ruas e paisagens, como se o usuário estivesse lá.
  • A partir de 2007, foi possível explorar imagens do espaço, incluindo estrelas e outros corpos celestes. Nos dois anos seguintes, essa funcionalidade foi expandida para incluir visitas à Lua e a Marte, ampliando ainda mais as possibilidades de exploração.

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O visual atual da ferramenta para navegadores. (Imagem: Reprodução/Google Earth)

  • A versão 5.0, lançada em 2009, trouxe a novidade da visualização da superfície dos oceanos, conhecida como Google Ocean. Isso permitiu explorar as profundezas e a topografia submarina de forma inédita.
  • Com o passar dos anos, novos recursos foram adicionados, como mais camadas de navegação e o timelapse. Este último mostra a evolução geográfica de regiões inteiras ao longo de décadas, oferecendo uma perspectiva de mudança ambiental e urbana.
  • O último grande redesenho da plataforma aconteceu em 2023, quando a interface foi atualizada para o padrão Material Design. Isso trouxe um visual mais moderno e intuitivo para os usuários.
  • Apesar de ter a camada de imagens via satélite incorporada também no Google Maps, o Google Earth continua popular. Só no ano passado, registrou mais de 2 bilhões de acessos e buscas, mostrando sua relevância contínua no ecossistema da empresa. Isso demonstra como o Google busca sempre inovar e integrar suas tecnologias, assim como os avanços esperados no pacote de chips do Google Pixel.

A Importância da Ferramenta de Mapeamento

O Google Earth é atualizado constantemente por meio de parcerias com instituições científicas e governamentais. Isso garante que as imagens de satélite sejam precisas e forneçam dados verdadeiros sobre urbanização, flora, geografia e outros detalhes de terrenos. Ele cobre desde zonas remotas até grandes cidades, sendo uma fonte de informação confiável.

Esse esforço já resultou em contribuições importantes para pesquisas científicas e descobertas. Assim como uma plataforma de AI da Stanford pode revolucionar a gestão de dados médicos, o Google Earth tem um papel relevante na coleta e análise de dados geográficos. Em 2008, pesquisadores encontraram um recife de coral na Austrália após analisarem uma imagem de uma área pouco explorada no Google Earth. Dois anos depois, cavernas com fósseis de hominídeos também foram localizadas na África do Sul com a ajuda do programa, mostrando seu valor em estudos paleoantropológicos.

Outro uso notável foi retratado no filme Lion: Uma Jornada para Casa, de 2016. A produção conta a história de Saroo Brierley, que conseguiu reencontrar sua família biológica depois de 20 anos. Ele conseguiu se localizar e traçar o caminho de volta por meio de pesquisas detalhadas no Google Earth.

Apesar de sua utilidade, a ferramenta também gerou algumas polêmicas. Nos primeiros anos, o Google Earth foi visto como uma invasão de privacidade, pois mostrava até mesmo residências particulares vistas de cima. Ao longo do tempo, foi necessário que a plataforma borrasse ou reduzisse a visibilidade de instalações militares e prédios governamentais, para evitar que fosse usada para fins maliciosos.

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Uma usina nuclear na França com a vista de cima borrada de propósito por segurança. (Imagem: Google Earth/Reprodução)

Além disso, a ferramenta tem sido criticada por algumas nações em relação ao estabelecimento de fronteiras e nomes de localidades. Isso acontece porque certas regiões são conhecidas por nomes diferentes dependendo do país, o que pode causar discordâncias. Um exemplo foi o Golfo do México, que o governo Trump não oficialmente renomeou para Golfo da América, e essa alteração foi aceita pelo Google na época. Isso mostra a complexidade de representar informações geográficas em um cenário global.

O Google Earth, como parte do ecossistema Google, continua a evoluir. As mudanças no Google Assistente para Gemini, por exemplo, mostram a busca constante por recursos inovadores e mais integrados. A plataforma segue relevante por sua capacidade de informar e conectar as pessoas ao mundo.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.