A Worldcoin, projeto de escaneamento de íris no Brasil idealizado por Sam Altman, CEO da OpenAI, suspendeu suas atividades no país. A pausa temporária vem após a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) questionar a prática de recompensar participantes com criptomoedas em troca do escaneamento.
Pausa nas atividades da Worldcoin
A ANPD, responsável por fiscalizar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), negou o recurso da Worldcoin para continuar operando com o sistema atual. A empresa solicitou 45 dias para implementar mudanças no aplicativo e interromper a compensação financeira. Entretanto, a ANPD acredita que a suspensão dos pagamentos deveria ser imediata.
Para a relatora Miriam Wimmer, oferecer dinheiro em troca do escaneamento da íris interfere na liberdade de escolha dos usuários. A preocupação é que o pagamento se torne o principal motivo para a autorização, sem que as pessoas avaliem os riscos e a finalidade da coleta de dados. A empresa agora precisa apresentar uma declaração oficial confirmando a suspensão dos cadastros e pagamentos.
Apesar da suspensão do escaneamento de íris, os espaços físicos da Worldcoin em São Paulo permanecerão abertos para fornecer informações sobre o projeto ao público. Em nota, a empresa afirmou respeitar a decisão da ANPD e reforçou seu compromisso com a transparência e o cumprimento das leis.
Entenda o projeto World ID
Lançado oficialmente no Brasil em novembro de 2024, o World ID propõe um sistema de identificação digital baseado no escaneamento da íris. A ideia é criar um “passaporte digital” para autenticação em serviços online, logins e até mesmo como uma espécie de banco digital. O projeto registrou mais de 11 milhões de usuários em 160 países, com um aplicativo próprio para gerenciar as credenciais.
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A Worldcoin, criptomoeda nativa da plataforma, é oferecida como pagamento aos participantes que cedem seus dados biométricos. O fundador do projeto, Sam Altman, também é conhecido por ser o CEO da OpenAI, empresa por trás do ChatGPT, e já esteve envolvido em outras iniciativas inovadoras na área de tecnologia. A empresa se defendeu de acusações de que estaria “comprando íris”, alegando ser vítima de uma “narrativa falsa”.
Com o aumento da preocupação com segurança de dados, a polêmica envolvendo o escaneamento de íris no Brasil levanta debates importantes sobre privacidade e o uso de dados biométricos. A Worldcoin ainda não divulgou como pretende se adequar às exigências da ANPD, mas a expectativa é que o projeto retorne ao país com um modelo que respeite as leis de proteção de dados.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via TecMundo