▲
- A 3G Capital adquiriu a Skechers, revelando sua estratégia de investimentos de longo prazo.
- Você pode entender como a gestora brasileira opera e o que isso significa para o mercado.
- A parceria pode influenciar o setor de calçados e o comportamento de outras empresas.
- A 3G Capital mantém a família Greenberg no comando, combinando expertise com sua visão de negócios.
Após a aquisição da Skechers pela 3G Capital, novas informações sobre a estratégia da gestora começam a emergir. Conhecida por seu perfil discreto e investimentos a longo prazo, a 3G Capital tem um histórico de parcerias estratégicas e foco em retornos consistentes. Analisamos os últimos negócios da empresa para entender melhor sua abordagem e o que esperar da parceria com a Skechers.
A 3G Capital na Skechers: Estratégias de Longo Prazo
Quase um mês após a compra da marca de calçados Skechers pela 3G Capital, poucas novidades foram divulgadas. Era algo esperado, já que a gestora de private equity fundada por brasileiros é conhecida no mercado por sua discrição e perfil de investimento a longo prazo.
Os últimos negócios da 3G Capital, no entanto, revelam alguns preceitos importantes. No final de 2021, a empresa fechou a compra da Hunter Douglas, uma multinacional holandesa de persianas e produtos arquitetônicos, por US$ 7,1 bilhões.
Na negociação da Hunter Douglas, Ralph Sonnenberg, da família fundadora, assumiu a presidência executiva, enquanto João Castro Neves, sócio da 3G Capital, tornou-se o CEO. Essa transição fortaleceu a relação entre a família e a gestora, construída ao longo da negociação.
Leia também:
Na Skechers, os principais cargos executivos permanecem com a família Greenberg. Robert Greenberg continua como CEO e Michael Greenberg como presidente. A compra da marca de calçados foi resultado de uma aproximação de anos com a família fundadora.
Estrategicamente, a visão complementar dos fundadores ajuda a construir o projeto de longo prazo que define a filosofia de investimentos da 3G Capital, que possui mais de US$ 14 bilhões sob gestão. A compra do Burger King é um exemplo notável dessa estratégia.
Investimentos de Longo Prazo e a Filosofia da 3G Capital
Embora o Burger King não fosse uma empresa familiar, o padrão foi semelhante: uma reestruturação nos altos cargos executivos para permitir que os sócios da 3G Capital se envolvessem diretamente, com foco em retornos de longo prazo.
Em um investimento de aproximadamente US$ 1 bilhão em equity em 2010, a Restaurant Brands International, controladora do Burger King, viu seu valor de mercado saltar para US$ 28 bilhões. Alex Behring, sócio da 3G, mencionou esse caso no podcast “Capital Allocators” em maio de 2024.
As unidades da marca, que também incluem redes como Popeye’s, Tim Horton’s e Firehouse Subs, cresceram de 12 mil para 32 mil. O retorno aos acionistas foi de quase 30% ao ano.
Nem sempre o resultado é o mesmo. Em 2013, a 3G Capital se uniu à Berkshire Hathaway para fechar o capital da Kraft Foods, fundindo-a com a Heinz em 2015. Em 2023, a 3G já havia se desfeito de toda a sua participação na empresa resultante. Essa saída ocorreu em um período relativamente curto para os padrões da gestora.
O financiamento das aquisições da 3G é feito majoritariamente com capital próprio e um grupo seleto de investidores. Para cada nova empreitada, um novo fundo é criado, como aconteceu com a Berkshire Hathaway de Warren Buffet, o que ajuda a sustentar uma tese de investimento mais longa.
Segundo Dominic Houlder, professor adjunto da London Business School, a 3G não tem a pressão por retornos de curto prazo das empresas de private equity tradicionais, o que permite investir sem a necessidade de pagar dividendos ou fechar negócios rapidamente.
Um estudo da McKinsey revelou que a captação no mercado de private equity caiu 24% em 2024 em comparação com o ano anterior, a terceira queda consecutiva. A 3G Capital frequentemente opta por investir quando o mercado está em baixa, com longos intervalos entre os negócios.
A compra da Hunter Douglas ocorreu em 2015, após o investimento na Kraft Heinz. O negócio do Burger King foi realizado cinco anos antes, em 2010, logo após a crise do subprime nos Estados Unidos.
Essa diferença de alguns anos entre os investimentos deve se manter após a aquisição da Skechers, e a 3G não indica novas empreitadas em curto prazo. Alex Behring e Daniel Schwartz, sócios-gerentes da 3G Capital, afirmaram que sua equipe foi criada para fazer parcerias com empresas como a Skechers, no anúncio da aquisição.
A Trajetória da 3G Capital e a Atualização do HyperOS 2.3
A 3G Capital, conhecida por sua discrição e visão de longo prazo, continua a moldar o cenário empresarial com aquisições estratégicas. A compra da Skechers, após um período sem grandes investimentos, reflete a abordagem ponderada da gestora.
Os investimentos anteriores da 3G Capital, como a aquisição da Hunter Douglas e a reestruturação do Burger King, demonstram a capacidade da empresa em identificar oportunidades e gerar retornos significativos. A gestora busca empresas com potencial de crescimento a longo prazo e cujos fundadores compartilham uma visão semelhante.
A parceria com a família Greenberg na Skechers segue essa linha, mantendo a expertise e a visão dos fundadores enquanto a 3G Capital contribui com sua experiência em gestão e investimentos. A 3G Capital se destaca por sua capacidade de formar parcerias duradouras e investir em empresas com potencial de crescimento a longo prazo.
A estratégia da 3G Capital envolve a identificação de empresas com modelos de negócios sólidos e equipes de gestão competentes, buscando oportunidades de otimização e expansão. A gestora também se beneficia de um grupo seleto de investidores e um modelo de financiamento que permite focar em retornos a longo prazo, sem a pressão imediata por dividendos ou desinvestimentos.
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.
Via InfoMoney