Adwares continuam principais ameaças a dispositivos móveis, revela estudo

Relatório indica que adwares permanecem como maior risco para Android, com crescimento de trojans bancários e aplicativos falsos capazes de roubar dados.
Atualizado há 2 dias atrás
Adwares continuam principais ameaças a dispositivos móveis, revela estudo
Adwares dominam riscos no Android, com aumento de trojans bancários e apps falsos. (Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • Adwares continuam liderando as ameaças cibernéticas a dispositivos móveis, especialmente ao Android.
    • Usuários podem ser afetados por propagandas indesejadas e aplicativos maliciosos disfarçados de legítimos.
    • O crescimento de trojans bancários indica maior interesse dos criminosos em dados financeiros.
    • Malwares também estão usando estratégias para furtar criptomoedas e monitorar os usuários em ações de espionagem.
    • A loja oficial do Android intensificou a fiscalização, mas ameaças continuam a surgir na Google Play Store.
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Os adwares foram as principais ameaças cibernéticas para usuários de dispositivos móveis no segundo trimestre de 2025. Essa informação vem de um levantamento feito pela Dr. Web Security Space, divulgado recentemente. Esses programas maliciosos têm como alvo principal o sistema Android.

A empresa de segurança também alerta que os criminosos estão buscando novas formas de espalhar esses programas. Eles utilizam estratégias que aumentam os riscos, como a distribuição através de lojas de aplicativos oficiais. Lá, os adwares se disfarçam em programas supostamente legítimos, o que amplia muito o alcance de suas ações.

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Os adwares miram os usuários do Android, principalmente. (Imagem: Getty Images)

Principais Ameaças para Android e Outros Dispositivos

Mesmo com uma pequena queda nas detecções nos últimos três meses, os adwares seguem sendo a maior ameaça à segurança dos smartphones, conforme o relatório da Dr. Web. Eles são bastante incômodos e representam uma fonte de dinheiro para os cibercriminosos, que lucram com a exibição de anúncios.

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Os adwares funcionam exibindo propagandas indesejadas por meio de banners, pop-ups ou redirecionando os usuários para outros sites. Isso gera receita para quem os desenvolve e distribui. A persistência desses programas mostra o quanto os criminosos conseguem se adaptar.

Além dos adwares, o relatório destaca um aumento significativo na quantidade de trojans bancários. A presença desses programas cresceu cerca de 70% em comparação com o primeiro trimestre de 2025. Isso indica um grande interesse dos cibercriminosos em dados financeiros dos usuários.

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Essa disseminação em massa dos trojans bancários foca em informações cruciais, como números de cartões e outros dados bancários. Proteger suas informações financeiras é essencial, e até mesmo empresas como a Samsung estão aprimorando os recursos de segurança em suas interfaces, como a One UI 8.

Malwares que se disfarçam de aplicativos falsos também merecem atenção redobrada. Eles são inseridos em utilitários, ferramentas de finanças e até jogos que parecem ser confiáveis. No entanto, em vez de oferecerem as funções prometidas, eles direcionam os usuários para sites de phishing ou de jogos de azar.

Novas Formas de Ataque e Vulnerabilidades

O relatório ainda apontou um esquema de roubo de criptomoedas em larga escala, descoberto em abril. Essa operação usou um trojan escondido em uma versão modificada do WhatsApp. Em alguns casos, esse aplicativo fraudulento vinha até pré-instalado em celulares Android de baixo custo. Sobre o WhatsApp, a Meta está testando chatbots que iniciam conversas automaticamente.

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Esse programa malicioso age de forma secreta no smartphone, substituindo endereços de carteiras de criptomoedas por links controlados pelos criminosos. O objetivo é furtar as credenciais de acesso dos usuários, capturando até mesmo telas enquanto os dados são digitados.

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O roubo de carteiras de criptomoedas foi outra ação em destaque no período. (Imagem: Getty Images)

Um programa feito para espionar militares russos também foi detectado no período. O spyware era distribuído em uma versão falsa do aplicativo de mapeamento Alpine Quest, usando um canal no Telegram. Ele conseguia coletar a localização, mensagens e contatos dos alvos.

O estudo da Dr. Web também revelou um número maior de ameaças na Google Play Store durante o segundo trimestre. Isso ocorreu mesmo com a loja oficial do Android intensificando seus mecanismos de proteção e adotando um controle mais rigoroso para novos aplicativos. Um exemplo de melhoria no sistema é que o Android está melhorando a busca de fotos no Photo Picker.

Entre as descobertas na Play Store, estavam adwares disfarçados de aplicativos de notícias sobre criptomoedas e outros com temática financeira. Na realidade, eles não ofereciam nenhum serviço, apenas redirecionavam os usuários para sites fraudulentos. Esses casos reforçam a necessidade de vigilância, um tema que se relaciona com as novidades do mercado, como o lançamento de celulares dobráveis, como o Honor Magic V2 Flip.

É fundamental ter cuidado extra ao baixar aplicativos, mesmo de fontes oficiais, pois muitos deles podem parecer inofensivos. Usar ferramentas de segurança atualizadas no seu dispositivo é uma medida preventiva importante. O alerta se estende também aos usuários de iOS, que devem ficar atentos aos downloads na App Store.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.