AlmaLinux 10.1 terá CRB ativado por padrão para facilitar o uso

AlmaLinux 10.1 chega com repositório CRB ativado por padrão, melhorando a instalação de softwares e reduzindo problemas com dependências.
AlmaLinux 10.1 terá CRB ativado por padrão para facilitar o uso
(Imagem/Reprodução: Neowin)
Resumo da notícia
    • AlmaLinux 10.1 será lançado com o repositório CodeReady Builder (CRB) ativado por padrão para facilitar a instalação de pacotes.
    • Você terá menos problemas ao instalar softwares que dependem de pacotes extras, tornando o uso do sistema mais simples.
    • A ativação automática do CRB reduz erros de dependência que antes geravam dificuldade para os usuários.
    • Essa mudança prepara o sistema para novas atualizações que melhoram a segurança e funcionalidade de programas com SELinux ativo.
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O AlmaLinux, uma distribuição Linux gratuita e de código aberto, compatível com o Red Hat Enterprise Linux (RHEL), terá uma mudança significativa. A próxima versão AlmaLinux 10.1, junto com uma atualização para a versão 10.0, virá com o repositório CodeReady Builder (CRB) ativado por padrão. Essa alteração promete facilitar a vida de desenvolvedores e usuários, evitando problemas de dependências comuns.

A Experiência com AlmaLinux 10.1 e o Repositório CRB

O AlmaLinux é uma distribuição Linux, gratuita e de código aberto, mantida pela comunidade, que busca ser totalmente compatível com o Red Hat Enterprise Linux (RHEL). Esse projeto surgiu em 2020, quando a Red Hat decidiu interromper o desenvolvimento da versão estável do CentOS Linux, criando uma lacuna para muitos usuários que dependiam dessa plataforma.

Agora, o foco é aprimorar a experiência para a próxima versão menor. A equipe do AlmaLinux está preparando uma atualização para a versão 10.0 e a futura AlmaLinux 10.1. A grande novidade é que o repositório CodeReady Builder (CRB) virá habilitado por padrão em ambos os lançamentos, uma mudança que visa otimizar o uso do sistema operacional.

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Para quem ainda não conhece, o CRB é um conjunto de pacotes adicionais que normalmente não são incluídos em uma instalação padrão de Linux para empresas. Ele é feito sob medida para desenvolvedores, oferecendo software e bibliotecas essenciais para diversas aplicações. Em versões anteriores do AlmaLinux, como a 8, esse recurso era conhecido como PowerTools e cumpria função similar.

Esses pacotes extras são cruciais, pois fornecem as dependências necessárias para a instalação de uma série de softwares populares. Um exemplo é o ambiente de trabalho KDE Plasma Desktop, que frequentemente necessita de componentes que só estão disponíveis no CRB. Sua ativação padrão pode simplificar bastante a instalação e configuração de ambientes de desenvolvimento.

A Solução para Desafios Comuns de Dependência

A equipe do AlmaLinux decidiu ativar o CRB por padrão para resolver uma série de problemas frequentes enfrentados pelos usuários. Sem o repositório ativado, a carga de suporte para os desenvolvedores aumentava, principalmente quando as pessoas tentavam usar softwares do repositório Extra Packages for Enterprise Linux (EPEL).

Era comum que os usuários se deparassem com erros de dependência, impedindo a instalação de pacotes importantes. Por exemplo, ao tentar instalar o plasma-discover, um erro indicava que libDiscoverCommon.so e libAppStreamQt.so.3 não eram encontrados, porque os pacotes necessários estavam no CRB, que vinha desabilitado.

Esses erros levavam a relatos de bugs incorretos, onde os usuários acreditavam que as dependências estavam quebradas no sistema. No entanto, o verdadeiro problema era a falta de acesso aos pacotes do CRB, que continha os componentes essenciais. Com a ativação automática, espera-se que essa situação seja minimizada, melhorando a experiência geral de instalação de softwares.

A solução para isso era simples, mas exigia um conhecimento técnico: modificar o arquivo almalinux-crb.repo para definir enabled como 1. A única desvantagem de ter o CRB sempre ativo é uma leve redução na velocidade de download de metadados em sistemas com recursos mais limitados. Para quem precisar desabilitar, o comando dnf config-manager --disable crb fará o trabalho.

Preparando o Terreno para Futuras Adições

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A decisão de habilitar o repositório CRB por padrão não é apenas para resolver problemas atuais. A equipe do AlmaLinux aponta que essa mudança também prepara o terreno para uma adição planejada na versão 10.1, que tem lançamento previsto para 9 de setembro de 2025.

Um novo pacote, o selinux-policy-extra, será introduzido no repositório CRB. Este pacote é essencial para que alguns softwares do EPEL funcionem corretamente em sistemas com o SELinux ativo. A função do SELinux é adicionar uma camada extra de segurança, controlando o acesso de programas e usuários aos recursos do sistema.

Como o DNF, o gerenciador de pacotes, não reavalia as dependências fracas, ter o CRB habilitado por padrão garante que o selinux-policy-extra seja disponibilizado e instalado automaticamente quando o pacote epel-release for configurado. Isso evita mais erros e garante a integridade dos sistemas, mantendo a segurança e funcionalidade.

Essa abordagem proativa visa oferecer uma experiência de usuário mais fluida e segura, minimizando intervenções manuais para resolver conflitos de dependência. A comunidade AlmaLinux continua a trabalhar para tornar o sistema ainda mais robusto e fácil de usar, focando em estabilidade, compatibilidade e a crescente demanda por um ecossistema de desenvolvimento eficiente.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Neowin

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.