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- A Amazon cancelou a série ‘The Wheel of Time’ após três temporadas, surpreendendo os fãs.
- O cancelamento gera debates sobre custos de produção e audiência nas plataformas de streaming.
- Fãs ficam frustrados por não verem o desfecho da história, que prometia uma grande batalha.
- A série tinha qualidade de produção e elenco, mas os altos custos inviabilizaram sua continuação.
A Amazon cancelou a série de fantasia The Wheel of Time após três temporadas, deixando os fãs órfãos e revoltados. A decisão pegou todos de surpresa, já que a série vinha conquistando um público fiel e a história ainda tinha muito para ser explorada. A notícia gerou debates sobre os custos de produção e a relação entre investimento e audiência nas plataformas de streaming.
Uma perda para os fãs de fantasia
O cancelamento de séries com apenas três temporadas é algo que, infelizmente, se tornou comum, frustrando os fãs que investem tempo e paixão nas histórias. Quem não se lembra de campanhas para salvar The Orville e Hannibal, que, infelizmente, não tiveram o final que mereciam? Agora, The Wheel of Time entra para essa lista de perdas.
Mas, às vezes, um milagre acontece, e outra plataforma resolve dar uma nova chance para a série. Lucifer, por exemplo, foi resgatada pela Netflix após ser cancelada pela Fox, ganhando mais três temporadas. The Expanse também teve uma sobrevida na Amazon depois de ser descartada pelo Syfy.
Dessa vez, no entanto, a Amazon foi quem puxou o gatilho: os fãs de The Wheel of Time foram pegos de surpresa com a notícia de que a série não retornará para uma quarta temporada. Aparentemente, os custos de produção eram muito altos para a audiência que a série atraía, tornando inviável a sua continuação.
É uma pena, pois The Wheel of Time tinha todos os ingredientes para se tornar um grande sucesso.
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Qualidades que faziam a diferença
Apesar de não ter o mesmo orçamento de The Lord of the Rings: The Rings of Power, outra grande produção de fantasia da Amazon, The Wheel of Time não economizava em qualidade. O elenco era encabeçado por Rosamund Pike, no papel de Moiraine Damodred, e contava com diversos talentos em ascensão, além de participações especiais de atores consagrados como Sophie Okonedo, Shohreh Aghdashloo e Olivia Williams.
As atuações eram um dos pontos fortes da série, com destaque para Madeleine Madden, que brilhou na segunda temporada com sua interpretação de Egwene.
A produção também era impecável, com cenários deslumbrantes que retratavam a diversidade de culturas e paisagens do universo da série: desertos, florestas, cidades, vilarejos, salas do trono e mundos fantásticos. Os figurinos também mereciam destaque, especialmente as vestimentas macabras dos damane, os escravos que manipulam a magia, com suas máscaras douradas na boca.
Os efeitos especiais eram outro ponto alto, com criaturas fantásticas como Loial, o Ogier interpretado por Hammed Animashaun com muita expressividade, e os intricados “tecidos” da magia.
Da literatura para a TV
Assim como Lord of the Rings, The Wheel of Time é baseada em uma famosa série de livros, mas a obra de Robert Jordan não tem o mesmo alcance cultural que a de J.R.R. Tolkien. Apesar de ter inspirado jogos de videogame e de tabuleiro, The Wheel of Time não teve uma adaptação cinematográfica épica como a trilogia de Lord of the Rings.
A série de TV atraiu tanto fãs antigos quanto novos, equilibrando a acessibilidade para os novatos com referências e easter eggs para os leitores assíduos. A construção do mundo era rica e envolvente, e, mesmo que a história parecesse familiar em alguns momentos, lembrando uma mistura de Tolkien com Game of Thrones, a série tinha um ritmo interessante e episódios de cerca de uma hora que prendiam a atenção.
O tom da série era sério, afinal, o destino do mundo estava em jogo. As tramas abordavam temas como trauma, luto e a frustração de não ter controle sobre o próprio destino, especialmente em um mundo onde as profecias são vistas como verdades absolutas, mas que podem ser interpretadas de diferentes maneiras.
A série também tinha espaço para humor, romance, música e momentos divertidos, principalmente nas segunda e terceira temporadas, quando encontrou o seu ritmo.
O futuro incerto da série
Um dos maiores problemas do cancelamento é que a série estava se preparando para um grande evento: a Última Batalha, o confronto final entre o Dragão Renascido, a reencarnação do escolhido, e o Dark One, um vilão tão maligno que nem sequer tem um nome. Os Darkfriends, mortais, e os Forsaken, imortais, são seus seguidores.
A Última Batalha foi sendo preparada ao longo das três temporadas, com Rand descobrindo na primeira temporada que ele era o Dragão Renascido. Na segunda temporada, ele começou a lidar com essa responsabilidade, sabendo que homens com habilidades mágicas inevitavelmente enlouquecem. Já na terceira temporada, ele começou a se preparar, aprimorando seus poderes e reunindo aliados.
Todos os personagens, sem exceção, estão envolvidos na Última Batalha, cada um de um lado, com propósitos diferentes, mas todos aguardando o momento final. E a Amazon cancelou a série antes que ela chegasse lá.
O criador da série, Rafe Judkins, tinha grandes planos para The Wheel of Time e esperava que a Amazon permitisse que ele contasse “a história completa”, como ele revelou em uma entrevista antes da terceira temporada. A série de livros de Robert Jordan tem mais de dez volumes, então não era de se esperar que a série durasse uma década, mas Judkins certamente tinha ideias para mais duas ou três temporadas.
Enquanto os fãs se mobilizam para tentar salvar a série, talvez a melhor solução seria um filme produzido pela Amazon, assim como aconteceu com Good Omens, outra série do Prime Video que foi cancelada e ganhará um filme para encerrar a história.
Com a quarta temporada aparentemente confinada ao mundo dos sonhos de Tel’aran’rhiod, seria pedir demais um episódio especial para dar um final satisfatório para a série? Pelo menos para os fãs que investiram tempo e emoções nas três temporadas?
Talvez sim. Mas sempre é possível revisitar os livros de Jordan e descobrir como o autor imaginou a Última Batalha, mergulhando no universo que a série, infelizmente, deixou para trás.
Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Segunda: Via Gizmodo