Análise crítica do game Digimon Story Time Stranger

Conheça Digimon Story Time Stranger, seu gameplay, história e desafios neste novo game lançado para PC e consoles.
Atualizado há 1 hora
Análise crítica do game Digimon Story Time Stranger
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • Digimon Story Time Stranger é um jogo lançado para PC, PS5 e Xbox com mais de 400 Digimons e narrativa envolvente.
    • O game oferece uma experiência nostálgica com gameplay em turnos e várias possibilidades de evolução digital.
    • O jogo apresenta desafios, como ritmo lento inicial, cenários repetitivos e problemas de acessibilidade.
    • A demonstração gratuita está disponível para testes, permitindo conferir a proposta antes da compra.
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O novo game Digimon Story Time, lançado oficialmente pela Bandai Namco nesta sexta-feira, 3 de outubro, traz um convite para o Digimundo. Desenvolvido para PC e consoles, ele promete uma experiência que mistura a nostalgia para fãs antigos com a acessibilidade para novos jogadores. O jogo apresenta uma história envolvente, sistemas de evolução detalhados e mais de 400 monstrinhos digitais para colecionar.

Para quem acompanhou títulos como Digimon Story Cyber Sleuth, esta novidade pode ser especialmente interessante. O game busca cativar tanto quem já é fã de longa data, quanto quem está apenas começando a explorar o universo digital. A promessa é de uma aventura robusta, pronta para prender a atenção por muitas horas.

Apesar da empolgação da comunidade com o novo título, a experiência de jogo revelou alguns desafios. O game, com sua história envolvente e jogabilidade divertida, apresenta problemas que podem gerar uma relação complexa para o jogador. Essa dinâmica peculiar foi observada em testes realizados com uma cópia do jogo para PS5, cedida pela Bandai Namco.

A História de Digimon Story Time: Uma Jornada Marcante

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A narrativa é um dos pontos fortes do game, entregando a atmosfera que os fãs de Digimon tanto apreciam. A trama tem início com a organização secreta ADAMAS, que investiga uma misteriosa catástrofe ocorrida no Japão. Essa catástrofe possui uma clara ligação com os monstrinhos digitais, adicionando mistério e urgência à história.

Embora o jogo comece de forma um pouco lenta, o ritmo muda quando os jogadores são transportados oito anos no passado. Essa mudança temporal adiciona camadas à trama. Logo depois, somos inseridos profundamente na rica lore do mundo de Digimon, explorando seus detalhes e segredos.

A jornada nos leva diretamente para o Digimundo, com o objetivo de entender os eventos misteriosos que estão acontecendo. Nesse ambiente, encontramos uma grande variedade de monstrinhos digitais que marcaram a infância de muita gente. O jogo também se destaca por apresentar figuras lendárias dentro da história, com momentos narrativos que lembram os clássicos episódios do anime.

O jogo também é cuidadoso ao capturar a essência “trágica” do universo Digimon. Muitos fãs valorizam a franquia por seus tons de melancolia, uma característica presente em abundância neste novo título. Essa abordagem mais madura é um diferencial que ressoa com a profundidade dos personagens e suas histórias.

A Bandai Namco caprichou no conteúdo narrativo, com a história engrenando de verdade após cerca de seis a sete horas de jogo. No entanto, todo esse conteúdo fica um pouco escondido por trás de uma introdução lenta e combates iniciais que podem parecer repetitivos. Para jogadores que não são fãs da série, essa primeira impressão pode ser menos convidativa.

A Diversão do Gameplay em Turnos

Na parte da jogabilidade, Digimon Story Time Stranger apresenta um sistema de combates por turnos que é tanto divertido quanto variado. Ele utiliza a clássica lógica de “pedra, papel e tesoura” com os atributos Vírus, Vacina e Dados. Além disso, há vantagens e resistências elementais que influenciam o combate.

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Essa combinação de elementos permite que o dano causado contra os inimigos possa ser multiplicado em até 300%. Isso exige que o jogador preste atenção constante às estratégias. A cada batalha, é preciso planejar bem os movimentos para tirar o máximo proveito das sinergias entre os Digimons.

Você entra em batalha com três Digimons ativos, mas tem acesso a reservas e muitas vezes recebe convidados na equipe. Isso resulta em um grupo grande e diversificado. É possível trocar os Digimons sem gastar um turno, usar itens de forma estratégica e ativar as “Artes-X”, que são habilidades especiais do agente e podem mudar o rumo da batalha.

Além dos ataques básicos, cada Digimon possui habilidades especiais e super técnicas. Eles também podem usar skills personalizadas, que você equipa e troca fora dos combates. Esse conjunto torna o gameplay muito estratégico e, em vários momentos, proporciona a sensação de estar dentro do anime, com animações marcantes para os golpes clássicos.

Para agilizar o ritmo das batalhas, o jogo oferece recursos como auto-battle e ajuste de velocidade, que pode ir até 5x. Ele também conta com diversas opções de dificuldade. Se você perder muitas vezes, o jogo permite facilitar as batalhas, garantindo uma experiência acessível para quem não tem muita experiência com jogos de turno.

Tudo isso cria uma experiência variada e cheia de possibilidades. De quebra, há interações com botões surpresa e até momentos de história em algumas batalhas, tornando os confrontos mais envolventes. Para quem gosta do estilo e ama Digimons, este padrão pode oferecer muita diversão ao longo da jornada.

Os Digimons São as Estrelas da Aventura

Enquanto a história e a jogabilidade são divertidas, o grande destaque do jogo são, sem dúvida, os próprios Digimons. Com mais de 400 criaturas digitais para encontrar e interagir, Digimon Story Time Stranger é um verdadeiro parque de diversões para os fãs da franquia. Cada monstrinho traz suas particularidades.

A nostalgia é um sentimento presente ao explorar o Digimundo, que parece mais vivo do que nunca. Os cenários semi-abertos estão repletos de monstrinhos e referências que remetem à história da série. O jogo também inclui suporte para montarias, permitindo que você suba ou seja carregado por seus Digimons parceiros, facilitando a movimentação.

Além disso, os Digimons acompanham o jogador pelo mapa e podem realizar ataques no ambiente ou em outros monstros, sem a necessidade de entrar em combates por turnos. Essa mecânica ajuda a agilizar a exploração, evitando batalhas rápidas e desnecessárias que poderiam interromper o fluxo da jogatina.

O método de recrutamento também é único: em vez de capturar Digimons, você os cria a partir de dados coletados nas batalhas. Quanto mais vezes você enfrenta uma criatura, maior será sua taxa de “Scan”, que pode chegar a 200%. Isso resulta na geração de Digimons mais fortes, com estatísticas aprimoradas.

Essa abordagem permite que você tenha diferentes tipos de Digimons rapidamente, e até mesmo várias cópias da mesma espécie. Enquanto em outros jogos ter criaturas repetidas pode ser inútil, aqui é um diferencial estratégico: você pode treiná-las de maneiras distintas para seguir diferentes linhas evolutivas e adaptar sua equipe.

Falando em treinamento, o game oferece muitas opções. Os monstrinhos ganham XP mesmo quando estão guardados, o que facilita a evolução até das criaturas mais fracas. Além disso, o jogo conta com o “Teatro Limiar”, um espaço que funciona como uma fazenda de Digimons, permitindo treinar atributos específicos para evoluções personalizadas.

Outra mecânica interessante é a possibilidade de conversar com os Digimons, o que influencia sua personalidade. Embora os diálogos com os monstrinhos possam ser engraçados, o jogo possui árvores de habilidades para diferentes tipos de personalidades. Essa escolha afeta diretamente o estilo de luta de cada Digimon digital.

E se você mudar de ideia, é fácil reverter: o game permite retornar os monstrinhos para formas anteriores, possibilitando conhecer as versões fofinhas dos bebês Digimons. Essa combinação de coleta, treino e vínculo reforça a ideia central do jogo: o elo entre humano e Digimon é tão importante quanto qualquer combate na aventura.

Durante a experiência com o jogo, o gerenciamento dos Digimons foi um dos pontos mais divertidos. É gratificante sintetizar um Digimon do zero, treiná-lo e tentar descobrir, com base nas silhuetas da interface, qual será a próxima evolução. Essa sensação de ser um digiescolhido ganhando vida é um atrativo, mas a jornada tem seus próprios desafios.

Os Desafios Enfrentados na Jornada Digital

Enquanto a história, o combate e os monstrinhos são cativantes em Digimon Story Time Stranger, alguns aspectos do game geraram uma sensação complexa durante a jogatina. Infelizmente, existem problemas na jornada que podem afastar jogadores mais casuais ou frustrar quem busca uma experiência mais polida e sem atritos.

Os desafios começam logo no início do jogo. As principais qualidades da história, do combate e dos Digimons ficam ofuscadas nas primeiras horas por uma narrativa introdutória que é lenta e arrastada. Essa lentidão vem acompanhada de um combate inicial que pode parecer limitado e repetitivo para muitos jogadores.

Além disso, os cenários em algumas partes do gameplay deixam a desejar, gerando uma sensação de oportunidade perdida. Apesar de o jogo ter múltiplas possibilidades com o Digimundo inteiro à disposição, em certos momentos, o jogador é obrigado a explorar cenários repetitivos e sem grandes atrativos, como esgotos, escombros e ambientes industriais.

A falta de inspiração também é percebida na trilha sonora, que por vezes pode se tornar irritante. Em alguns cenários, o loop musical é tão curto que o jogador ouve as mesmas batidas diversas vezes seguidas. Em um dos trechos, a música chega a soar como o barulho de uma furadeira, prejudicando a imersão.

O mesmo ocorre com as movimentações e animações. Assim como em outros JRPGs, o jogo apresenta algumas limitações visuais e de deslocamento durante a exploração. Isso pode tornar a experiência monótona com o tempo, o que é um incômodo em um game com dezenas de horas de duração e muitas áreas a serem exploradas.

Por fim, há o desafio da acessibilidade: os menus do game são bastante carregados, com cores fortes e pouco contraste. Mesmo jogando em uma TV 4K no PS5 e tendo poucos problemas de visão, foi difícil usar certos comandos. As sessões de jogo precisaram ser cadenciadas para evitar dores de cabeça visuais.

Mesmo com toda a diversão, o jogo transmitiu a sensação de que não alcançou seu potencial máximo, perdendo a chance de se tornar um lançamento histórico. Talvez uma eventual sequência possa trazer as melhorias necessárias e explorar ainda mais as possibilidades deste universo.

A Experiência Completa: Vale a Pena Mergulhar?

Digimon Story Time Stranger oferece uma experiência de contrastes. A jogabilidade em turnos e a nostalgia são elementos que prendem o jogador, mas alguns problemas estruturais podem gerar uma relação desafiadora. O game consegue criar um forte laço com o universo Digimon, mas não sem seus momentos complicados.

As referências nostálgicas presentes no game são muito atraentes, conquistando rapidamente quem sente saudade desse mundo digital. No entanto, para um crescimento e aprimoramento, como um bom Digimon, é importante reconhecer os erros, aprender com eles e evoluir para uma experiência ainda mais forte e refinada no futuro.

Repetições de cenários, uma trilha sonora que poderia ser melhor aproveitada, menus carregados e uma introdução cansativa podem afastar até mesmo os digiescolhidos mais fiéis. Para um jogo que se propõe a ser uma grande porta de entrada para novos jogadores da franquia, esses são desafios que precisam ser evitados em futuros lançamentos.

Felizmente, muitos desses pontos que podem incomodar estão presentes na demonstração gratuita do jogo, disponível para PC, PS5 e Xbox Series S/X. Com isso em mente, vale a pena baixar o conteúdo e testar para ver se você está disposto a fazer algumas concessões durante o gameplay para mergulhar neste mundo digital.

Para jogadores mais antigos da franquia, esses pontos negativos podem não ser tão problemáticos, pois são situações comuns em certos JRPGs. No entanto, é evidente que o gênero evoluiu muito nos últimos anos. Não é possível ignorar questões de qualidade de vida tão marcantes em um jogo que custa até R$ 350, especialmente com a concorrência atual.

Considerando o porte da Bandai Namco e a força da franquia Digimon, seria interessante ver a empresa aproveitando o potencial máximo da série em futuras sequências. Quando Digimon Story Time Stranger acerta, ele acerta de forma impactante, entregando momentos realmente memoráveis e divertidos para os fãs.

O gameplay em turnos é engajante, colecionar os Digimons é muito divertido e a história, com legendas em português brasileiro, explora muito bem o mundo das criaturas digitais. Se você conseguir relevar algumas falhas, ou já estiver acostumado com elas, certamente encontrará muita diversão nesta aventura digital.

Nota: 75

Pontos Positivos:

  • História que aproveita bem os Digimons e o Digimundo;
  • Exploração com Digimons, incluindo montaria e golpes fora de batalha;
  • Combate em turnos engajante e estratégico;
  • Sistema de evolução cheio de possibilidades;
  • Mais de 400 Digimons para conhecer;
  • Legendado em português brasileiro.

Pontos Negativos:

  • Problemas de ritmo no começo do game;
  • Cenários pouco inspirados em certas partes do jogo;
  • Trilha sonora limitada em certos locais, com loops curtos e irritantes em alguns trechos;
  • Menus carregados e poluídos, com baixa acessibilidade visual.

Digimon Story Time Stranger está disponível no PC, PS5 e Xbox Series S/X. Uma cópia do game para PS5 foi cedida pela Bandai Namco para a realização desta review.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.