Análise de Dying Light: The Beast destaca melhorias sem revolucionar a jogabilidade

Descubra as novidades de Dying Light: The Beast, com combate corpo a corpo, parkour e desafios em primeira pessoa.
Publicado dia 18/09/2025
Análise de Dying Light: The Beast destaca melhorias sem revolucionar a jogabilidade
(Imagem/Reprodução: Tecmundo)
Resumo da notícia
    • Dying Light: The Beast é o último título de uma trilogia de ação e parkour em primeira pessoa da Techland.
    • Você acompanha a história de Kyle Crane enfrentando inimigos e desenvolvendo habilidades de fera para sobreviver.
    • O jogo mantém elementos clássicos, traz desafios intensos e aprimora sistemas como combate e parkour, afetando fãs e novos jogadores.
    • Atualizações prometem corrigir bugs e melhorar a experiência visual e de jogabilidade nas próximas versões.
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Prepare-se para mergulhar no mundo de Dying Light: The Beast, o mais recente lançamento da Techland que promete fechar uma emocionante trilogia. Este jogo de ação em primeira pessoa combina elementos intensos de combate corpo a corpo e a fluidez do parkour. Nele, você enfrenta não só os desafios externos de um território perigoso, mas também uma fera interior poderosa.

O título expande a jogabilidade iniciada há mais de uma década, quando a Techland introduziu uma abordagem semelhante na série Dead Island, mais focada no terror. Agora, o foco se volta para a sobrevivência em um cenário hostil, onde criaturas ameaçadoras espreitam e a confiança é um luxo raro. Veja todos os detalhes sobre essa nova aventura.

A Jornada de Kyle Crane em Dying Light: The Beast

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Em Dying Light: The Beast, os jogadores retornam ao controle de Kyle Crane. Após os sofrimentos do jogo anterior, Crane é capturado e submetido a terríveis torturas pelas mãos daquele que é conhecido apenas como Barão. Este personagem atua como um cientista-chefe, buscando a criatura perfeita através de experimentos com cobaias humanas.

O Barão exerce controle sobre a região de Castor Woods, que serve de palco para o novo game, comandando um exército particular. Depois de anos de experiências aterrorizantes, Crane consegue escapar e inicia sua busca por vingança pessoal contra o vilão. Para isso, ele precisa se aliar a outros sobreviventes e unir forças contra o inimigo.

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Ao mesmo tempo, Crane deve lidar com a fera que habita seu próprio corpo. Desenvolver suas habilidades é crucial, tanto para entender a natureza do que o transformou, quanto para evoluir esse monstro interno. Para fortalecer essa forma bestial, será necessário enfrentar e derrotar outras criaturas temíveis, conhecidas como Quimeras, para assim absorver seus poderes únicos.

A tarefa já é desafiadora por si só, mas a trama se aprofunda com outras histórias paralelas. O enredo inclui traições de pessoas em quem Crane depositava sua confiança, além da descoberta de um ser semelhante a ele. Essa criatura parece ser o experimento bem-sucedido do Barão, exibindo força e habilidades ainda mais assustadoras.

Contudo, o próprio vilão não tem total controle sobre essa criatura. Isso força Crane a iniciar uma investigação para aprender mais sobre o monstro, ao invés de apenas tentar eliminá-lo. Embora essa narrativa possa parecer familiar para os fãs da franquia, seu desenvolvimento se destaca por apresentar uma história mais envolvente e convincente.

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Houve um cuidado notável em construir uma trama que, além de ser um excelente pano de fundo para a ação, consegue prender a atenção do jogador. O jogo até permite criar uma certa empatia com alguns personagens secundários, aprofundando a experiência narrativa.

Combate e Parkour: Sangue, Suor e Escuridão

É importante mencionar que a jogabilidade de Dying Light sempre gerou debates. Desde sua introdução em Dead Island, desenvolvida também pela Techland, a perspectiva de combate em primeira pessoa contra zumbis, com uma dose elevada de realismo e brutalidade, foi algo que chamou a atenção no mundo dos games. O Xbox Series S/X é uma das plataformas onde os jogadores podem experimentar essa aventura.

Muitos jogadores apreciam o realismo de enfrentar as criaturas de perto, especialmente quando há vários inimigos por perto, exigindo instintos aguçados para fugir do perigo. Por outro lado, há quem critique a falta de precisão na distância do ataque da arma até o inimigo, ou se sinta desconfortável com a movimentação ágil em primeira pessoa.

Nesse aspecto, Dying Light: The Beast mantém a fórmula que agrada aos fãs da mecânica. Há adições específicas, como os poderes de fera do protagonista e algumas armas novas, mas o sistema de combate e parkour continua o mesmo. Essa consistência beneficia tanto os fãs de longa data quanto os novatos, pois o game é bastante acessível para quem joga pela primeira vez.

Para quem está começando, o jogo oferece um vídeo de resumo completo sobre os acontecimentos dos títulos anteriores e seus conteúdos adicionais. Na parte da jogabilidade, tutoriais detalhados são disponibilizados para cada novo comando ou habilidade que Crane desbloqueia, incluindo vídeos curtos que mostram como tudo funciona. Para os jogadores já familiarizados, é possível desativar ou pular os tutoriais logo no início da aventura.

Sobre os combates, o foco inicial ainda está na obtenção, criação e modificação de armas para o combate corpo a corpo. Essa mecânica é predominante na fase inicial do game, onde recursos são escassos e armas de fogo, assim como arcos e flechas, são bem limitadas. A progressão na aventura permite fabricar munições e até criar armas mais potentes, como lança-chamas e lança-foguetes.

Ainda assim, mesmo com opções mais avançadas, você provavelmente vai preferir usar pás, martelos e canos modificados para enfrentar os monstros. As habilidades que Crane adquire ao se transformar em uma fera são um dos pontos altos do jogo. Conforme ele sofre dano, uma barra de energia se enche, e ao ser completada, ativa o Modo Besta.

Nesse modo, Crane se transforma em um zumbi poderoso e gigantesco, com força suficiente para esmagar inimigos. Como mencionado, ao derrotar as criaturas chamadas Quimeras, é possível adquirir suas habilidades, como realizar saltos de grandes distâncias e gerar pequenos terremotos com socos no chão. Ao longo do jogo, o jogador consegue ter um controle aprimorado sobre a barra do Modo Besta, podendo ativá-lo e desativá-lo para gerenciar o poder.

A dificuldade do game continua sendo um de seus aspectos centrais. Existem criaturas espalhadas por todo o mapa, tornando uma simples travessia de um ponto a outro uma verdadeira jornada de caos. Além disso, o temível período noturno é quando as criaturas mais fortes e difíceis de derrotar aparecem. É praticamente impossível enfrentá-las sem estar muito bem armado, o que adiciona uma camada extra de tensão.

Essa alta dificuldade noturna pode afastar jogadores menos pacientes ou que preferem evitar confrontos intensos. Para quem busca uma alternativa, existe a opção de “dormir” perto do cair da noite para não correr riscos. No entanto, algumas missões obrigatórias acontecem à noite e são, de longe, as mais desafiadoras e intensas do jogo.

Criaturas Horripilantes e o Mundo de Castor Woods

Para a análise de Dying Light: The Beast, foi utilizada uma versão para PC, que contou com uma configuração de hardware robusta. O sistema incluía uma placa-mãe Asus Rog Strix Z790-h Gaming, uma placa de vídeo GeForce 4070 Ti Super, um processador Intel i7 14700k e 32GB de memória RAM Kingston Fury Renegade. Esses componentes são essenciais para um desempenho de ponta, assim como uma fonte de 3000W compatível com padrão ATX 3.1 para máquinas de alto desempenho.

O jogo foi executado com todas as opções gráficas no Ultra e a 120 quadros por segundo. Apesar de algumas pequenas quedas de quadros em momentos de muita ação, como fugas de hordas de inimigos ou em cenários muito amplos, o desempenho geral foi satisfatório. Além disso, o game incorpora tecnologias da NVIDIA, como DLSS e Ray Tracing. Esta última proporciona um sistema de sombras, luzes e reflexos que contribui para um visual mais imersivo e realista.

A atenção aos detalhes se estende às criaturas. É notável o cuidado com que o game construiu seus principais adversários, cada um com feições distintas. As criaturas apresentam variações físicas, com alguns zumbis seminus, e também detalhes em suas vestimentas e outros acessórios, aumentando a diversidade e o impacto visual dos inimigos.

O jogo não economiza em cenas de violência explícita. Desde esmagar e desmembrar inimigos até as animações de finalização em batalhas contra Quimeras ou em momentos cruciais da história, a brutalidade é uma constante. A qualidade sonora do game também se destaca, contribuindo para a imersão. Sons de ossos quebrando e pele de zumbis sendo rasgada podem ser intensos para os mais sensíveis, mas aumentam o realismo da experiência.

No entanto, a mesma dedicação visual não se aplica a todo o cenário. A cidade fictícia de Castor Woods, na Europa, traz uma atmosfera diferente para a franquia. Ela substitui a sensação de claustrofobia dos títulos anteriores, que, apesar de terem mapas grandes, muitas vezes apresentavam construções apertadas, becos e vielas.

Em Dying Light: The Beast, a região é bem distribuída, com elementos como rios, lagos, estradas, fábricas e fazendas. A sensação é de que diversos elementos de diferentes locais da Europa foram combinados em uma única cidade. Passar por praças típicas da Itália, estradas encontradas em vários países do continente e fazendas rurais, é um acerto que confere uma nova identidade visual.

Mas nem tudo é perfeito no visual dos cenários. Ao tentar incorporar tantos elementos europeus, o jogo revela uma falta de atenção aos detalhes em algumas partes. Isso não significa que os cenários são mal construídos, mas que poderiam ser mais refinados. O exemplo mais evidente disso é ao atingir acampamentos em torres elevadas.

Dessa altura, com uma visão mais ampla, é mais fácil perceber elementos serrilhados ou até mesmo reutilizados na composição do cenário. Além disso, o sistema de mudança de horário também apresenta pontos a serem melhorados. Como já foi dito, o jogo tem criaturas poderosas que são sensíveis à luz solar. Elas vivem em cavernas e só saem à noite, o que exige que o jogador evite ficar na rua após as 19h.

Sendo assim, buscando um realismo visual maior, os cenários começam a escurecer conforme a noite chega. Contudo, a transição para a escuridão não parece totalmente natural, parecendo mais um embaçamento do que uma queda real de luz, causando uma certa estranheza. Isso contrasta com outros jogos que buscam aprimoramentos visuais com shader completo e mais realismo. Por precaução, o ideal é evitar atividades nesse horário, realizando apenas missões noturnas obrigatórias.

Atualizações e Melhorias Constantes

É importante destacar que a maior parte da avaliação de Dying Light: The Beast foi realizada no período de pré-lançamento. Isso ocorreu antes da chegada de um patch que promete trazer diversas melhorias e correções de bugs no jogo. Essa foi a razão pela qual as análises do título demoraram um pouco mais para serem publicadas, já que a atualização de lançamento foi liberada no início da semana.

Dessa forma, alguns dos bugs encontrados durante a jornada antes da atualização podem já ter sido corrigidos. Segundo informações da Techland, o update aborda modificações na locomoção dos personagens, balanceamento no sistema de dia e noite e refinamentos na escalada e no parkour, além de aprimoramentos nas reações dos infectados.

Embora tenham sido notadas melhorias significativas ao jogar nos últimos dias com o patch, especialmente em relação aos bugs, não foi possível testar todo o jogo novamente com a nova atualização. Por isso, fica o aviso de que algumas das falhas encontradas na versão para PC podem já ter sido solucionadas ou estão no radar da Techland para futuras correções. Mesmo que o game ainda precise de melhorias visuais nos cenários e precise solucionar bugs específicos, a experiência na versão de lançamento é satisfatória. A expectativa é que as atualizações corrijam problemas e aprimorem a jogabilidade ainda mais.

Experiência Geral e Recomendações

Dying Light: The Beast é um jogo que tende a agradar principalmente aos fãs da franquia. A escolha de implementar melhorias pontuais, mantendo grande parte dos elementos que fizeram sucesso nos títulos anteriores, é uma abordagem que pode ser considerada arriscada. No entanto, diferentemente de outros jogos onde essa estratégia não funciona, neste caso ela se mostrou bem-sucedida.

O resultado é um dos títulos mais divertidos da saga, tanto pelo enredo, que, apesar de seguir alguns clichês, se encaixa perfeitamente na proposta do game, quanto pelas novidades adicionadas à já conhecida jogabilidade. A decisão de incluir melhorias específicas, mantendo aspectos bem-sucedidos dos jogos anteriores, é uma aposta considerável. Enquanto essa abordagem pode falhar em alguns títulos, aqui ela funcionou bem, tornando este o jogo mais divertido da série. Isso acontece tanto pelo enredo, que se encaixa na proposta, quanto pelas novidades na jogabilidade, oferecendo um desafio, assim como em outros games que misturam RPG, desafio e batalha.

Mesmo que o game ainda precise de melhorias visuais na composição de seus cenários e precise solucionar bugs específicos, a experiência na versão de lançamento é bastante satisfatória. Para os novos jogadores, apesar de uma quantidade considerável de tutoriais e um resumo completo da história anterior, a dificuldade elevada e não progressiva pode ser um fator que afaste os menos pacientes ou corajosos.

  • Pontos Positivos:
    • A jogabilidade se mantém divertida.
    • O enredo é envolvente e alinhado com a proposta do game.
    • Existe uma boa variedade de armas e habilidades da Besta.
    • A dificuldade oferece um desafio estimulante.
  • Pontos Negativos:
    • Alguns cenários não são tão detalhados quanto poderiam.
    • O sistema de mudança de horários apresenta deslizes visuais.
    • Ainda existem bugs que podem atrapalhar o progresso, embora muitos já estejam sendo corrigidos.

Uma cópia de Dying Light: The Beast para PC foi cedida pela Techland para a realização desta análise. Além da versão para computador, o jogo também está disponível para PS5 e Xbox Series S/X. Agora, a decisão é sua: você dará uma chance a esta nova aventura? Compartilhe sua opinião nas redes sociais!

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.