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O lendário compositor Yuzo Koshiro, conhecido por trilhas sonoras de games que parecem ter vindo direto dos fliperamas dos anos 90, está de volta. Após emocionar fãs na Retrocon no Brasil, ele apresenta Earthion, um jogo de nave no estilo shoot’em up. O título, que remete ao clássico Mega Drive, já está disponível para PC via Steam.
Earthion não é apenas uma homenagem visual; o jogo foi feito com estética 16-bit utilizando hardware da época. Ele serve como uma carta de amor aos tempos em que perder uma vida significava recomeçar a fase inteira. Mas, será que essa proposta de jogo retrô consegue prender os jogadores em 2025? Analisamos o game para te contar se o investimento e a paciência valem a pena.
Um jogo curto, mas difícil (como nos velhos tempos)
Earthion pode ser descrito como um projeto direto ao ponto, lembrando muito os títulos que o inspiraram. A jornada de jogo conta com oito fases de ação intensa no clássico estilo shoot’em up. Você vai encontrar muitos tiros, chefes enormes e uma dificuldade que não perdoa erros.
Durante o jogo, você pilota a nave YK-IIA, no papel da cientista Azusa Takanashi. Sua missão é enfrentar ondas de inimigos e, ao mesmo tempo, tentar salvar o planeta Terra de um colapso ambiental e de um ataque alienígena. Embora o enredo seja grandioso, a jogabilidade é simples e direta, evocando os tempos de fliperama.
O diferencial do gameplay está no ritmo, que realmente lembra os tempos áureos do Mega Drive. O jogo é curto, mas exige bastante habilidade e paciência do jogador. Earthion se destaca ao forçar você a decorar padrões de ataques, a combinar power-ups de forma estratégica e a não desperdiçar vidas, entregando uma experiência muito parecida com a de um fliperama de antigamente.
Se o desafio parecer muito grande, é possível ajustar o nível de dificuldade. No entanto, a sugestão é jogar no modo mais intenso. Afinal, como o título é breve, a maior parte da diversão está em testar seus próprios limites durante cada partida. A sensação de dominar cada fase é parte da experiência.
No controle ou no teclado, a jogabilidade se mostra fluida e responsiva, oferecendo uma experiência digna dos clássicos jogos de nave. Ao jogar no Steam Deck, a sensação foi de viajar no tempo, pois o game combina muito bem com a experiência portátil. A interface e os gráficos contribuem para essa imersão.
Em geral, jogar Earthion é como uma viagem ao passado, com a nave YK-IIA te levando para uma época mais simples. Contudo, é importante mencionar que alguns aspectos podem ser, de fato, excessivamente simples, o que impacta a experiência de forma negativa para alguns jogadores.
Análise de Earthion: Nostalgia é boa, mas tem seus limites
Se por um lado o visual 16-bit e a trilha sonora de Yuzo Koshiro são elementos bem executados, por outro, o apego excessivo aos tempos antigos pode ser um ponto de atrito. A dificuldade faz parte da jogabilidade e é um pilar do gênero, mas o jogo não incorpora soluções modernas que poderiam agilizar a experiência, como um sistema de checkpoints ou retornos mais suaves após uma derrota.
Um dos pontos mais desafiadores, e que pode gerar frustração, são as interfaces do jogo. Todos os menus simulam consoles antigos, o que é um charme inicial, mas pode se tornar irritante depois de algumas horas de jogo. O sistema de passwords e os menus limitados são interessantes à primeira vista, mas demonstram que nem toda a saudade do passado precisa se tornar uma funcionalidade presente.
Um exemplo prático dessa dificuldade ocorreu ao abrir o game pela primeira vez no PC, após várias horas jogando no Steam Deck. Mesmo com a plataforma da Valve sincronizando as preferências, o jogo iniciou em japonês. Foi necessário usar o Google Tradutor para conseguir navegar pelos menus e chegar até o gameplay. Essa experiência foi nostálgica de certa forma, mas definitivamente seria melhor não ter que passar por isso atualmente.
É importante entender que os fãs mais dedicados do gênero certamente vão apreciar cada segundo da experiência. Se você sente falta da época do Mega Drive, é fã de fliperama e adora retrogaming, vai se sentir em casa com Earthion. Por outro lado, quem está acostumado com checkpoints mais frequentes e soluções modernas pode acabar se frustrando com o jogo.
Vale a pena jogar Earthion?
Earthion é, sem dúvida, um presente para os fãs de jogos de nave e uma homenagem fiel à era 16-bit, com todos os seus acertos e desafios. A trilha sonora se destaca como um ponto forte, o visual é autêntico dentro da proposta, e a dificuldade vai agradar os jogadores veteranos em busca de um bom desafio.
Mas é fundamental ter em mente que o jogo não busca modernizar sua fórmula. Earthion quer ser exatamente o que os jogos eram nos anos 90, funcionando praticamente como um título do Mega Drive lançado em 2025. É uma experiência pura e sem concessões ao design de jogos contemporâneos.
Se você iniciar o game com as expectativas alinhadas, Earthion oferecerá uma boa dose de diversão retrô. Ele tem uma campanha curta, mas com alto grau de rejogabilidade e muitos desafios que incentivam a aprimorar suas habilidades. No entanto, se você busca algo mais acessível ou com uma vasta quantidade de conteúdo, talvez os R$ 110,99 cobrados na Steam sejam um valor alto; pode ser melhor esperar por uma promoção.
Nota do Voxel: 80
- Pontos positivos:
- Visual autêntico de 16 bits;
- Trilha sonora de qualidade por Yuzo Koshiro;
- Desafio à moda antiga com forte apelo nostálgico.
- Pontos negativos:
- Campanha curta;
- Ausência de algumas modernizações que poderiam melhorar a qualidade de vida no jogo.
Earthion já está disponível para jogar no PC. Uma cópia do game foi cedida pela Limited Run Games para a realização desta análise. E então, você pretende dar uma chance a este jogo retrô? Compartilhe sua opinião nas redes sociais do Voxel e TecMundo!
Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
