Análise do Jovi V50: smartphone intermediário com resistência e câmeras de destaque

O mercado brasileiro de smartphones ganhou um novo jogador: a Jovi. Essa submarca da gigante asiática Vivo chegou ao país com dois aparelhos, incluindo o Jovi V50. Este modelo intermediário, com hardware equilibrado e câmeras competentes, busca seu espaço. No entanto, seu preço de lançamento de R$ 4.999 o coloca em uma disputa acirrada com concorrentes estabelecidos como Samsung e Motorola.

Um Olhar no Design

O Jovi V50 apresenta um design que prioriza a suavidade. Seus cantos arredondados, combinados com a tela que também possui um acabamento curvo nas quatro extremidades, contribuem para uma pegada confortável. Com um peso de aproximadamente 189g, o aparelho se encaixa bem na mão, facilitando o uso prolongado.

Na cor cinza com tom azulado, o aparelho exibe um acabamento fosco na parte traseira, contrastando com as laterais mais espelhadas. Um detalhe que chama atenção no design é o módulo de câmeras. Ele possui um formato que lembra uma pílula, mas com um círculo dedicado apenas às lentes. Este módulo pode até recordar o Motorola Aura de 2008.

Um recurso interessante neste módulo é o seu ring light completo, que não se limita a um simples flash LED. Ele oferece quatro níveis de intensidade, permitindo ajustar a luz de forma brilhante ou mais suave. Além disso, é possível escolher a temperatura da cor, o que ajuda bastante na qualidade das fotografias.

O aparelho mantém a organização habitual com botões na lateral direita, posicionados de maneira confortável para o uso. O leitor de digitais óptico, que é bem rápido, fica sob a tela, embora um pouco próximo da borda inferior.

Entre outros destaques, o Jovi V50 conta com a certificação IP68. O aparelho ainda adiciona a certificação IP69, que oferece proteção extra contra jatos d’água de alta pressão, uma tendência crescente no mercado de smartphones. Essa resistência é um ponto a favor para quem busca durabilidade ao comprar um smartphone.

É importante notar que a versão cinza do aparelho tem o corpo feito totalmente de plástico, o que pode não agradar quem prefere um acabamento em vidro. A Jovi oferece uma versão vermelha com traseira de vidro, que é cerca de 10 gramas mais pesada e mantém as laterais em plástico.

Tela e Som do V50

A tela do Jovi V50 contribui para o seu design, sem excessos. Ela mede 6,77 polegadas e conta com tecnologia AMOLED, oferecendo uma resolução Full HD+ e uma taxa de atualização de 120 Hz. Esta configuração resulta em uma experiência visual competente e fluida.

A tela alcança um brilho de até 1.300 nits em uso comum, com um pico de brilho de 4.500 nits, ativado em situações específicas pelo sistema. As bordas finas ajudam a tornar o conteúdo mais imersivo, com cores vibrantes e um contraste notável. O brilho é suficiente para garantir boa legibilidade sob luz solar intensa.

A Jovi promete que a tela é até 50% mais resistente a quedas em comparação com o vidro da geração anterior, o Vivo V40. No entanto, os cantos curvos no padrão 2.5D, mesmo que discretos, podem gerar uma certa preocupação quanto à proteção. A película que acompanha o celular não cobre a tela por completo.

Quanto ao áudio, as saídas de som do Jovi V50 são satisfatórias, mas não se destacam em comparação com alguns concorrentes na mesma faixa de preço. O volume é adequado para o uso diário e a clareza sonora é presente, embora o som não ofereça uma experiência totalmente imersiva.

Desempenho e Bateria do Jovi V50

O Jovi V50 foi projetado para o uso cotidiano, priorizando fluidez em vez de desempenho bruto. O conjunto de hardware e software funciona bem para as tarefas do dia a dia, entregando uma experiência satisfatória sem travamentos.

O aparelho vem equipado com o chipset Snapdragon 7 Gen 3, lançado em 2023. Este é o mesmo processador encontrado nos modelos Vivo V40 e V30, o que significa que esta é a terceira geração da linha sem uma atualização nesse componente. O smartphone chega ao mercado brasileiro com 12 GB de memória RAM e 512 GB de armazenamento interno.

Apesar do chipset não ser o mais recente, o desempenho geral é fluido. Navegar pela interface, abrir e alternar entre aplicativos, e até mesmo jogar são atividades realizadas sem engasgos. A multitarefa se mantém estável, o que é um ponto positivo para usuários que exigem um pouco mais do aparelho.

Em jogos, o V50 oferece um desempenho satisfatório. Embora não seja ideal para títulos pesados com gráficos no máximo, ele mantém uma média confortável. Mesmo em sessões de jogos mais longas, o aparelho não apresentou perda de desempenho nem problemas de superaquecimento significativo, apenas o esperado aquecimento sem impacto na performance.

A fluidez no desempenho pode ser resultado das otimizações feitas pela empresa no software do celular. O aparelho roda Android 15 com a interface Funtouch OS 15, que se concentra em melhorar o desempenho. Isso inclui a redução da carga total na CPU e GPU, maior velocidade na abertura de apps e otimização da memória para impulsionar a multitarefa. Para comparar interfaces, vale notar o Android 16 QPR1 e HyperOS 2.3.

A interface também se destaca pelas cores vibrantes, animações diversas e várias opções de personalização. É possível alterar animações da tela e a velocidade de abertura dos aplicativos, por exemplo. O software inclui ainda recursos como o AI Erase, que remove objetos ou pessoas de fotos, e a capacidade de recortar elementos de imagens. Há uma função que aprimora fotos ajustando luz, foco e realce.

O gravador de áudio do Jovi V50 pode gravar áudio e transcrever o conteúdo de reuniões ou entrevistas. Além disso, o celular possui um tradutor de texto e chamadas, pode extrair textos de imagens e conta com um assistente de notas para organizar e formatar informações. Para quem joga, há um modo específico, e a multitarefa permite abrir apps em janela ou dividir a tela facilmente.

A Jovi promete três gerações de atualizações do Android para o smartphone, o que, se o Google mantiver a sequência, o levaria até o Android 18. Este período está alinhado com algumas concorrentes como a Motorola. Contudo, em termos de longevidade, ainda pode ser considerado limitado para um produto.

O Snapdragon 7 Gen 3, embora eficiente para intermediários, não se compara aos chips mais recentes da concorrência. Por exemplo, o Galaxy A56 supera um pouco o V50 em desempenho, e o Motorola Edge 60 Pro se mostra superior a ambos. Mesmo assim, o V50 se mantém relevante para o uso diário.

A bateria de 6.000 mAh do Jovi V50, combinada com suporte a carregadores de 90W, oferece uma autonomia confortável para o dia a dia. Em uso moderado, o aparelho registrou cerca de 8 horas de tela ligada, permitindo que, em alguns dias, houvesse cerca de 30% de carga restante ao final do dia. É uma bateria de 6.000 mAh que garante um dia inteiro de uso constante.

Assistir a vídeos online, por exemplo, resultou em uma descarga de apenas -4% por hora, em plataformas como YouTube, Disney+ e HBO Max. Para jogos, a média de descarga variou entre -8% e -12% por hora, dependendo se eram títulos offline ou online. O carregador rápido de 90W consegue restaurar quase 40% da bateria em 15 minutos e 70% em 30 minutos. Uma carga completa leva aproximadamente 50 minutos.

Capacidades das Câmeras

As câmeras são um dos pontos de destaque do Jovi V50 em relação à concorrência. Todos os três sensores possuem 50 MP: o principal, o de ângulo aberto e o frontal para selfies. O aparelho não inclui um sensor telefoto, o que pode limitar a qualidade das fotos com zoom digital em grandes aproximações, embora em 2x as imagens ainda se mantenham boas.

As configurações das câmeras são as seguintes:

• Câmera principal: 50 MP (f/1,9), 23 mm, OIS, 1/1.55″, Sony IMX921;
• Câmera ultra-angular: 50 MP (f/2), 15mm, 119º, Isocell JN1;
• Câmera frontal: 50 MP (f/2), 21mm.

A parceria com a Zeiss, especialista em lentes, é um grande diferencial. As fotos do V50 são processadas com o estilo fotográfico da Zeiss, o que se traduz em cores naturais e realistas. Há também a opção de escolher outros estilos mais vívidos. O efeito de desfoque natural da câmera é agradável e as imagens são detalhadas.

Em ambientes com pouca luz, as imagens tendem a ser mais suaves e com menos detalhes. Apesar de o aparelho compensar bem a iluminação, fotos medianas em condições de baixa luz não são incomuns. É nessas situações que o ring light traseiro se mostra útil, funcionando como um flash LED potente ou uma luz de preenchimento. Ele permite ajustar intensidade e temperatura, sendo uma alternativa mais interessante para retratos do que o modo noturno.

Para quem foca em fotografia, o V50 entrega bons resultados. Os vídeos também se destacam, com a capacidade de filmar em até 4K a 30 fps em todas as câmeras. Apesar de alguns concorrentes oferecerem 60 fps, o V50 produz vídeos estáveis e com cores vibrantes, especialmente com a câmera principal que possui estabilização óptica.

O sensor de ângulo aberto perde detalhes naturalmente, mas os vídeos não ficam tremidos. Em iluminação baixa, o aparelho tende a escurecer excessivamente as áreas de sombra nos vídeos. É importante notar que o ring light não funciona em vídeos, as fotos com modo retrato são exclusivas da câmera principal, e os arquivos RAW são extraídos em 12,5 MP, não em 50 MP.

Considerações sobre o Aparelho

O Jovi V50 oferece um conjunto robusto para a categoria de intermediários, com câmeras eficientes, bateria de longa duração e um hardware que não decepciona no uso diário. O software é polido e suave, contribuindo para uma boa experiência do usuário.

Contudo, existem alguns pontos a serem considerados. O celular tem acabamento em plástico na versão cinza, não filma em 4K a 60 fps, não possui carregamento sem fio e seu hardware, embora capaz, não é o mais recente. Apesar disso, esses detalhes não configuram problemas grandes para a maioria dos usuários.

O maior desafio do Jovi V50 no Brasil é o seu preço sugerido de R$ 4.999. Por esse valor, o mercado oferece opções como o Galaxy S25, S24 FE, A56, Motorola Edge 60 Pro e 60 Fusion, que muitas vezes apresentam vantagens em câmeras, desempenho e acabamento.

A Jovi tem planos de produzir seus smartphones localmente no futuro, o que é uma notícia positiva para o mercado. Atualmente, apenas o modelo V50 Lite é produzido no Brasil. Apesar do preço inicial elevado, a empresa busca investir no relacionamento com o cliente, oferecendo uma garantia de dois anos, estendendo-se por cinco em um pacote de benefícios.

Essa extensão inclui uma troca gratuita de tela (com taxa de serviço de R$ 300), troca de capinhas e películas, troca de bateria e uma revisão anual de hardware e software. A chegada da Jovi é uma primeira aposta no mercado brasileiro, e a empresa tem potencial para se consolidar, dado o catálogo de smartphones em seu país de origem.

Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.