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- O filme do Quarteto Fantástico no MCU foi lançado apresentando uma equipe já consolidada e com uma estética retrofuturista.
- Este filme busca introduzir os personagens e suas histórias de forma dinâmica, mas enfrenta problemas no roteiro.
- A presença de ameaças cósmicas como Galactus e a Surfista Prateada aumenta a tensão da narrativa.
- Apesar de sua estética e elenco talentoso, o roteiro questionável prejudica a experiência do espectador.
- Há potencial para futuras histórias mais elaboradas dentro do universo Marvel com esses personagens.
A sexta fase do universo cinematográfico da Marvel começou oficialmente com Quarteto Fantástico: Primeiros Passos. O filme chega aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (24), apresentando a primeira família dos quadrinhos ao MCU. Com uma estética retrofuturista, a produção busca um visual distinto. No entanto, o longa-metragem, dirigido por Matt Shakman, enfrenta desafios em seu roteiro, o que gera discussões sobre sua narrativa.
A história de um Quarteto extremamente Fantástico
Para Quarteto Fantástico: Primeiros Passos, a história se desenrola na Terra 828. Esta é uma versão alternativa do universo que os fãs do MCU já conhecem. O planeta tem uma ambientação retrofuturista marcante, que compartilha a mesma linha do tempo que a nossa, mas com um detalhe crucial.
A principal diferença é que um grupo de astronautas, em algum momento, viajou ao espaço. Lá, eles foram atingidos por uma tempestade cósmica e, como resultado, ganharam poderes. Essa premissa estabelece o cenário para a chegada dos heróis de forma única.
A produção opta por não ser mais um filme de origem tradicional. Em vez disso, ela nos introduz aos heróis durante um especial de televisão. Este evento celebra as atividades do grupo, já consolidado em seu papel de defensores.
Uma breve retrospectiva é utilizada para apresentar o Quarteto Fantástico do MCU. Esse método permite ao público conhecer os membros da equipe de forma dinâmica e eficiente, sem a necessidade de recontar o início de suas jornadas.
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O filme deixa claro que esses heróis já atuaram ativamente. Eles já salvaram o mundo, em especial a cidade de Nova York, em diversas ocasiões. A fama do grupo é tanta que eles possuem até mesmo um desenho animado.
As fofocas do público também são abordadas, mostrando como a sociedade percebe o Quarteto. Uma das conversas envolve a possível chegada de um quinto membro: Franklin Richards, filho de Reed e Sue. Isso adiciona uma camada de vida pessoal à narrativa.
Para que você conheça os membros dessa equipe, o grupo é formado por:
- Reed Richards, conhecido como Senhor Fantástico, um gênio da ciência com a capacidade de esticar seu corpo. O personagem é interpretado por Pedro Pascal.
- Sue Storm, a Mulher Invisível, que consegue desaparecer e criar campos de força. Ela é interpretada por Vanessa Kirby.
- Ben Grimm, o Coisa, um piloto experiente que teve seu corpo transformado em rocha. Seu intérprete é Ebon Moss-Bachrach.
- Johnny Storm, o Tocha Humana, capaz de cobrir seu corpo em chamas. Este papel é de Joseph Quinn.
A ameaça de Galactus e a Surfista Prateada
Com a família se preparando para a chegada de Franklin, surge uma ameaça sem precedentes. Uma surfista prateada, interpretada por Julia Garner, aparece na Terra. Ela traz um alerta grave: o mundo será consumido por Galactus, uma entidade cósmica conhecida por devorar planetas.
A introdução de Galactus eleva a tensão do filme. Adaptar um ser gigante que se alimenta de mundos para o cinema sempre foi um desafio. Em outras produções do Quarteto Fantástico, essa adaptação chegou a ser simplificada para uma forma menos literal.
No MCU, a representação do vilão é feita de maneira que, apesar de trazer pouco histórico, se mostra crível. Isso é válido mesmo para quem não está familiarizado com os quadrinhos. A construção do personagem funciona dentro da narrativa estabelecida.
A Surfista Prateada também se encaixa bem no universo do filme. O longa não gasta muito tempo em explicações diretas sobre sua origem ou motivações. Sua aparição e propósito são compreendidos de forma orgânica, contribuindo para o desenrolar da trama.

Contudo, o ritmo acelerado para resolver certas questões. A trama, ao tentar introduzir e solucionar conflitos rapidamente, acaba prejudicando o desenvolvimento dos próprios membros do Quarteto Fantástico. Isso afeta a experiência central do espectador.
Momentos tolos podem tirar o espectador do longa-metragem
O filme do Quarteto Fantástico dedica tempo para mostrar a fama e o poder de seus integrantes. A inteligência de Reed Richards é frequentemente evidenciada, com o personagem demonstrando suas habilidades científicas em grandes quadros.
Apesar dessa apresentação, a capacidade intelectual de Reed Richards, interpretado por Pedro Pascal, é posta em xeque diversas vezes. Isso ocorre devido a decisões presentes no roteiro, que geram momentos de questionamento sobre a lógica das ações.
Excluindo a inevitável aparição de Galactus, muitos dos pontos de virada da trama dependem de escolhas duvidosas feitas pelo Quarteto Fantástico. O líder da família, Reed Richards, é o protagonista de várias dessas decisões.
Algumas dessas movimentações podem parecer pouco críveis, beirando o absurdo para um grupo de heróis. Outras são vistas como escolhas simples que poderiam ser facilmente evitadas, especialmente por personagens com a suposta inteligência de Reed.
Roteiro de Quarteto Fantástico é marcado por escolhas questionáveis.
Esses deslizes do roteiro, embora específicos, acabam influenciando a narrativa de forma significativa. Eles se tornam pontos centrais para o desenrolar dos eventos, o que pode impactar negativamente a percepção geral do filme, tornando-o menos atraente.
Assim, quanto mais o espectador reflete sobre a trama, mais as falhas narrativas se destacam. Isso é um desafio para qualquer produção cinematográfica que busca coerência. Apesar desses pontos, o filme tem seus momentos de destaque e continua sendo relevante para os fãs do MCU.
Quarteto Fanástico encanta aos olhos e ouvidos
Mesmo com algumas decisões de roteiro que podem parecer ilógicas, a jornada visual e emocional do filme é bem elaborada. A produção apresenta uma estética cativante, especialmente nas cenas ambientadas na cidade de Nova York.
Essa ambientação na metrópole dá vida a um universo retrofuturista, que evoca as ilustrações clássicas das revistas em quadrinhos. O visual único contribui para uma experiência imersiva e estilosa, que agrada aos olhos.

As sequências que se passam no espaço também oferecem um espetáculo visual. Um dos confrontos entre as estrelas é notável pelos seus belos gráficos e pela qualidade da animação.
A trilha sonora do longa-metragem complementa perfeitamente essas cenas, tornando os momentos mais emocionantes e grandiosos. Em certos instantes, a combinação de imagem e som é realmente impressionante e envolvente para o espectador.
Elenco brilha, mas personagens não ganham tanto destaque
Um ponto forte do filme é a performance do elenco principal. Os quatro atores que compõem o Quarteto Fantástico demonstram uma química notável e um carisma que se destaca na tela.
Cada um deles traz uma nova perspectiva para seus personagens. Joseph Quinn e Ebon Moss-Bachrach, em particular, se sobressaem. Eles entregam cenas divertidas e mostram um potencial para ter ainda mais tempo de tela.
Apesar do talento do elenco, a escolha de evitar uma história de origem completa limitou o desenvolvimento pessoal dos protagonistas. Ao longo das duas horas de filme, há pouca exploração de suas vidas antes de se tornarem heróis.
A rotina civil do grupo também não é muito abordada. Essa decisão pode ter sido uma forma de usar o elenco de renome para compensar a falta de profundidade inicial. No futuro, espera-se que esses personagens retornem em tramas ainda maiores, o que pode dificultar aprofundar suas relações com o público.
Um futuro promissor para o MCU, mas que precisa melhorar
O filme Quarteto Fantástico: Primeiros Passos se destaca no MCU por ser uma produção que pode ser assistida sem prévios conhecimentos. Ele funciona como uma porta de entrada para novos espectadores.
Apesar de visualmente impressionante, a narrativa do longa-metragem não atinge o potencial esperado, especialmente considerando o peso de seu elenco. Isso acaba por diminuir a experiência geral para o público.

Mesmo com alguns pontos fracos, a chegada do Quarteto Fantástico sugere um futuro com boas possibilidades para o universo cinematográfico da Marvel. O filme indica direções promissoras para as próximas etapas da franquia.
Uma das cenas pós-créditos do filme oferece um vislumbre do que está por vir na fase 6 do universo compartilhado. Essa fase promete destacar a família fantástica em novos e importantes arcos narrativos.
Com um elenco de atores talentosos, o Quarteto Fantástico tem a capacidade de conquistar muitos fãs. Os personagens possuem um potencial significativo para se tornarem favoritos do público.
A Marvel precisa dedicar mais atenção ao roteiro para entregar algo à altura de personagens e atores tão grandiosos.
No entanto, para que isso aconteça plenamente, a Marvel Studios precisa investir mais atenção no roteiro. É essencial que a experiência narrativa esteja à altura dos personagens e do talento dos atores que agora fazem parte desse universo.
Kevin Feige já indicou que o MCU passará por um “reset” após Vingadores: Guerras Secretas. Isso posiciona o novo filme do Quarteto Fantástico como um marco, marcando o início da fase final do MCU como o conhecemos atualmente nos cinemas.
Resta aguardar para ver se a empresa irá manter o padrão atual ou implementará melhorias substanciais. O objetivo seria encerrar essa era do universo de super-heróis de forma memorável e com grande impacto.