Analista confirma cancelamento do jogo Fairgame$ e critica estratégia da Sony

O analista Michael Pachter, da Wedbush Securities, trouxe uma informação que agitou o mundo dos games: o jogo Fairgame$ foi cancelado. Ele também comentou sobre a saída de Jade Raymond, fundadora do Haven Studio, e criticou as decisões da Sony em relação aos jogos como serviço. Pachter argumenta que a empresa estaria “perdida” em sua estratégia de mercado.

A notícia foi compartilhada durante um episódio recente do podcast Pachter Factor. Segundo o analista, o título Fairgame$, que estava sendo desenvolvido, não faz mais parte dos planos da Sony. Essa revelação surgiu enquanto ele discutia a mudança da empresa para o segmento de jogos como serviço.

O analista também mencionou a saída de Jade Raymond, que fundou o Haven Studio em 2021. Sua partida havia sido anunciada oficialmente em maio, mas na época, a informação era que o jogo seria adiado de 2025 para 2026. Fairgame$ foi descrito como uma experiência competitiva de roubo, desenvolvida para PlayStation 5 e PC.

Fairgame$ Foi Cancelado, Segundo Analista

Se a notícia do cancelamento de Fairgame$ for confirmada, representará mais um obstáculo significativo para os planos da Sony no universo dos jogos como serviço. A empresa já enfrentou situações semelhantes com outros títulos importantes que estavam em desenvolvimento neste formato.

Vale lembrar que este não é o primeiro título de serviço ao vivo que a Sony teria cancelado. Anteriormente, a empresa descontinuou projetos como Concord, do estúdio Firewalk Studios, e The Last of Us Online, que estava sendo desenvolvido pela Naughty Dog. Essas decisões indicam uma série de desafios na transição para este modelo de negócio.

Michael Pachter, em seu podcast, direcionou duras críticas à Sony. Ele alegou que a empresa “perdeu o rumo” e que seus gestores “não sabem o que estão fazendo” em relação ao desenvolvimento e aquisição de estúdios. Para ele, a Sony deveria focar no que faz de melhor e adquirir o que não domina.

O analista sugeriu que a Sony deveria ter direcionado seus investimentos de forma diferente. Em vez de adquirir estúdios focados em jogos de console, que já são uma área forte da Sony, a empresa deveria ter buscado desenvolvedoras experientes em jogos gratuitos com serviço ao vivo, focando em diversificar seu portfólio.

Visão Crítica sobre as Aquisições e Gestão

Pachter criticou a aquisição da Bungie pela Sony, que custou 3,6 bilhões de dólares. Embora a Bungie tenha desenvolvido jogos de sucesso como Halo e Destiny, com uma receita de 300 milhões de dólares, o analista questiona o valor pago em comparação com outras empresas do mercado de jogos como serviço.

Ele comparou a Bungie a editoras de jogos mobile com receitas muito maiores, como a Scopely, adquirida por 4,9 bilhões de dólares e com receita de 3 a 3,5 bilhões de dólares, ou a Niantic, com 1,5 bilhão de dólares em receita. Para Pachter, a Sony não adquiriu quem realmente entende de jogos como serviço, mas sim quem já fazia jogos de console.

Pachter argumenta que, ao invés de adquirir estúdios já experientes em jogos de console, a Sony deveria ter investido em empresas com expertise comprovada no modelo de serviço ao vivo e gratuito para jogar. Ele citou exemplos de empresas que seriam mais adequadas para essa estratégia, caso a Sony realmente quisesse expandir nessa área.

Alguns dos nomes mencionados por Pachter como potenciais aquisições para a Sony, visando o crescimento no segmento de jogos como serviço, incluem:

• King
• Zynga
• Supercell
• Peak Games
• Respawn

Essas empresas são conhecidas por sua atuação e sucesso em jogos gratuitos e com monetização baseada em serviços contínuos. A capacidade de oferecer jogos gratuitos e engajar os jogadores por um longo tempo é crucial para esse modelo.

O Cenário dos Jogos Como Serviço na PlayStation

A transição da Sony para o desenvolvimento de jogos como serviço tem levado alguns de seus estúdios focados em títulos de console a mudarem sua abordagem. Essa mudança de foco, segundo Pachter, resultou não apenas no cancelamento de Concord, mas também na desativação do estúdio responsável por ele.

A situação de Fairgame$ e a saída de Jade Raymond do Haven Studio, se confirmadas, seriam mais um sinal dos desafios que a Sony tem enfrentado em sua tentativa de consolidar uma presença forte no mercado de jogos como serviço. O setor de jogos continua em constante mudança, e essa adaptação pode ser complexa.

A própria Sony já reconheceu que seus esforços no campo dos jogos como serviço não têm sido completamente tranquilos. A empresa admitiu publicamente que a transição para esse modelo de negócios apresenta dificuldades, mas afirmou que está comprometida em aprender com os erros e ajustar sua estratégia para o futuro.

O mercado de games está sempre em evolução, com novidades e tendências surgindo a todo momento, como o sucesso de pré-vendas de outros títulos, exemplificando a complexidade de previsões e investimentos. A demanda por diferentes tipos de jogos exige uma estratégia flexível das grandes empresas.

A Sony continua buscando seu caminho neste cenário competitivo, com a promessa de que os próximos anos trarão mais clareza sobre suas apostas no segmento de jogos como serviço e o papel de grandes eventos na divulgação de novidades. O calendário de lançamentos e eventos é sempre muito aguardado pelos jogadores.

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