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- Um apagão em 2025 na Espanha e Portugal levou usuários a usarem Starlink, rede de internet via satélite.
- Se você precisa de internet confiável durante crises, a Starlink se mostrou uma alternativa viável.
- O incidente evidenciou a fragilidade das redes móveis, que falharam sob alta demanda.
- O apagão levanta questões sobre a necessidade de investimentos em infraestrutura de telecomunicações resiliente.
Em 2025, um grande apagão na Espanha e Portugal fez com que muitos usuários de internet e celular recorressem à Starlink, a rede de internet via satélite de Elon Musk. O incidente revelou a fragilidade das redes de telecomunicações convencionais e impulsionou o uso da Starlink a níveis nunca vistos.
Aumento Recorde no Uso da Starlink
Durante o apagão, o uso da Starlink aumentou 35% acima da média, conforme dados analisados pelo Financial Times. Na Espanha, o aumento chegou a 60% no dia seguinte, enquanto as redes móveis lutavam para se restabelecer.
A empresa de análise de acesso à internet Ookla confirmou que o uso da Starlink atingiu um pico histórico no país. Milhares de pessoas utilizaram o serviço, mas a empresa não divulgou números exatos. Apesar do aumento no número de usuários, a qualidade da cobertura da Starlink não foi interrompida, embora tenha diminuído um pouco.
Mesmo com algumas estações terrestres da Starlink na Espanha continental perdendo o serviço, as conexões permaneceram ativas através de outros países, como a Itália. Isso mostra a capacidade da rede de se manter funcional mesmo em situações de crise.
Limitações da Cobertura via Satélite
Apesar do sucesso durante o apagão, a cobertura via satélite ainda não é suficiente para atender a milhões de usuários em eventos semelhantes no futuro. Além disso, os usuários precisam ter carga suficiente em seus dispositivos móveis para acessar o serviço, o que pode ser um problema durante um apagão prolongado.
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As autoridades espanholas ainda investigam a causa exata da interrupção, mas alguns especialistas acreditam que a rede elétrica do país não conseguiu lidar com o alto volume de energia solar. O incidente levantou questões sobre a necessidade de redes de telecomunicações mais resilientes.
Impacto na Cobertura Móvel Tradicional
O apagão teve um impacto significativo na cobertura móvel tradicional na Espanha e em Portugal. A consistência da rede, um indicador de confiabilidade, caiu para cerca de metade do normal na tarde da segunda-feira.
Muitas antenas móveis ficaram inoperantes devido à falta de energia, restando apenas aquelas com geradores de reserva. Claudio Fiandrino, pesquisador do Instituto IMDEA Networks em Madri, explicou que a dificuldade em manter a conectividade estável durante a recuperação se deve ao grande número de pessoas tentando acessar um número limitado de opções. Para saber mais sobre desastres como esse, confira como resolver erros de conteúdo indisponível na internet.
Medidas de Resiliência em Redes de Telecomunicações
As redes de telecomunicações geralmente possuem geradores de reserva em alguns locais, mas seu uso é limitado. A Vodafone España informou que seus geradores de backup foram ativados em 70% de suas estações na Espanha no início do apagão. No entanto, diversas regiões ainda apresentavam baixos níveis de tráfego móvel, com áreas como Galícia, Castilla La Mancha e Múrcia registrando apenas 20% de cobertura.
A Telefónica, outra grande operadora local, priorizou infraestruturas críticas, como serviços de emergência e hospitais, e conseguiu restaurar 95% de sua rede móvel em pouco mais de 24 horas, voltando à normalidade na quinta-feira (1º).
Luke Kehoe, da Ookla, destacou que a Espanha e Portugal não são os únicos países sem uma presença significativa de geradores reservas com bateria na rede de estações móveis. Essa falta de investimento em infraestrutura de reserva pode comprometer a resiliência das redes em situações de emergência.
Comparativo Internacional e Custos de Implementação
No Reino Unido, um relatório recente da Ofcom revelou que, em caso de apagões curtos, cerca de dois terços da população poderiam contar com opções de emergência por pelo menos uma hora, graças aos geradores de reserva em um quinto das estações de torres. No entanto, menos de 5% dessas estações possuem backup de pelo menos 6 horas.
A Ofcom estimou que seriam necessários cerca de 1 bilhão de libras (R$ 7,5 bilhões) para atualizar as redes móveis e garantir quatro horas de acesso para contatar serviços de emergência para quase todos os cidadãos. As empresas de telecomunicações argumentam que os custos de manter uma reserva são “proibitivos”. Quer saber mais sobre o mundo da tecnologia? Conheça o Chrome do Perplexity, que transforma a maneira de fazer buscas na web.
Desafios Financeiros e Adoção de Medidas em Outros Países
De acordo com Kehoe, as empresas de telecomunicações espanholas e portuguesas operam com “margens muito apertadas” devido aos preços baixos, o que dificulta o investimento em situações de emergência. Em contraste, países nórdicos, onde a receita média por usuário é maior, possuem uma geração reserva mais robusta.
O aumento de eventos climáticos extremos tem levado governos a focar na resiliência das redes de telecomunicações. Na Noruega, as operadoras devem financiar backup de bateria de duas horas nas cidades e quatro horas nas áreas rurais. A Austrália também introduziu subsídios para que as operadoras forneçam 12 horas de reserva de bateria para estações em áreas remotas.
O Futuro da Resiliência em Telecomunicações
As causas do apagão na Espanha ainda estão sendo investigadas, mas sua magnitude serve como um alerta para que governos e reguladores prestem mais atenção à resiliência das redes, conforme Grace Nelson, analista da empresa de pesquisa Assembly Research. Este cenário de crise oferece uma perspectiva valiosa sobre a importância de preparar as redes de telecomunicações para enfrentar eventos inesperados, garantindo a continuidade dos serviços essenciais e a segurança da população.
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Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificial, mas escrito e revisado por um humano.
Via Folha de S.Paulo