Aplicativos de transporte defendem que regulamentação não ultrapasse acordo existente

Empresas de transporte por aplicativo alertam sobre riscos de novas regras que possam afetar o acordo já estabelecido no Brasil. Saiba mais.
Atualizado há 17 horas
Aplicativos de transporte defendem que regulamentação não ultrapasse acordo existente
Empresas de transporte por app temem novas regras que podem impactar acordos no Brasil. (Imagem/Reprodução: Mobiletime)
Resumo da notícia
    • A regulamentação de aplicativos de transporte e entrega está em debate no Brasil, com discussões sobre direitos de motoristas e entregadores.
    • Você pode ser afetado por mudanças nas tarifas e no tempo de trabalho dos motoristas de aplicativo.
    • O resultado dessas discussões pode impactar o preço das corridas e a disponibilidade de serviços.
    • Empresas defendem que novas regras não prejudiquem o modelo de negócios já estabelecido.
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A regulamentação de apps de transporte de passageiros e entrega tem sido tema de intensos debates no Brasil. Recentemente, a Comissão de Assuntos Sociais do Senado promoveu uma discussão entre representantes de aplicativos, motoristas e entregadores sobre os direitos desses colaboradores. As empresas temem regras que não foram amplamente discutidas, enquanto os trabalhadores buscam o reconhecimento de suas demandas. O impasse envolve questões cruciais como custos operacionais, garantias e a sustentabilidade do modelo de negócio.

O debate sobre a regulamentação no Ministério do Trabalho, que durou dez meses em 2023, resultou no projeto de lei complementar (PLP) 12/2024. Este projeto, apresentado em março do ano passado, aguarda análise na Câmara dos Deputados e propõe limitar o tempo de conexão nos aplicativos a 12 horas diárias, restringir a desativação unilateral de cadastros e garantir ganhos mínimos por tempo de viagem.

Trabalhadores defendem reajustes nas taxas por quilômetro rodado e valores mínimos para as viagens. Essas discussões visam equilibrar os interesses de todos os envolvidos, garantindo um ambiente de trabalho justo e sustentável para os motoristas e entregadores de aplicativos.

Empresas de apps de transporte e suas visões

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Para Ricardo Leite Ribeiro, diretor de Políticas Públicas da Uber no Brasil, mudanças que afetem os custos da operação trazem riscos. “Qualquer discussão regulatória vai precisar combinar o impacto. Há um impacto regulatório sobre o setor, e esse custo vai ter que ser absorvido, seja pelos consumidores, seja pelas empresas, seja pelos trabalhadores.”

Ribeiro ainda complementa: “Se a gente não fizer uma avaliação global, holística e abrangente, podemos danificar o modelo e acabar diminuindo o número de trabalhadores, porque os custos podem aumentar e, com isso, reduzir o número de usuários, porque o valor final pode ficar proibitivo para uma série de consumidores”.

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O diretor da Uber defende que o projeto que tramita no Congresso seja aproveitado. Segundo ele, houve um esforço de mais de 10 meses e um acordo foi construído. Ribeiro acredita que se deve partir desse esforço já realizado, pois muitos passos foram demarcados, e novos requisitos demandam um recálculo total do impacto regulatório.

Alessandra Serrazes, Gerente de Políticas Públicas e Relações Governamentais da 99, também enfatizou que a regulamentação deve ser justa e equilibrada, considerando o tripé trabalhador, usuário e empresa, para manter a geração de emprego e renda.

André Alencar Porto, diretor-executivo da Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia, acredita que o caminho ideal não é o vínculo de emprego clássico nem a autonomia pura e simples sem direitos. Para ele, o PLP em tramitação seria uma base razoável para a regulamentação de apps.

Avanços e desafios na Regulamentação de apps

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O debate promovido no Senado Federal demonstra a complexidade da regulamentação de apps e a necessidade de considerar diversos pontos de vista. A busca por um modelo que equilibre os interesses de empresas, trabalhadores e consumidores é um desafio constante.

A discussão sobre a regulamentação de apps de transporte e entrega levanta questões importantes sobre o futuro do trabalho e a necessidade de adaptar as leis às novas realidades do mercado. O resultado dessas discussões poderá impactar significativamente a vida de milhares de trabalhadores e a economia do país. Para saber mais sobre temas como tecnologia, você pode conferir este artigo sobre cooperação tecnológica.

A expectativa é que o debate continue avançando no Congresso Nacional, buscando um consenso que beneficie a todos os envolvidos e promova um ambiente de trabalho mais justo e sustentável. Os próximos passos serão cruciais para definir o futuro da regulamentação dos aplicativos de transporte e entrega no Brasil.

Primeira: Este conteúdo foi auxiliado por Inteligência Artificiado, mas escrito e revisado por um humano.

André atua como jornalista de tecnologia desde 2009 quando fundou o Tekimobile. Também trabalhou na implantação do portal Tudocelular.com no Brasil e já escreveu para outros portais como AndroidPIT e Techtudo. É formado em eletrônica e automação, trabalhando com tecnologia há 26 anos.